A GUERRA DE QUARTA GERAÇÃO (4GW)
Guerras com linhas, colunas, campo de batalha ordenado e disciplina |
A teoria da Guerra de Quarta Geração (4GW) foi formulada em 1989 por William Lind (O rosto da guerra em transformação: até a quarta geração, 2004) e outros integrantes do Marine Corps. Trata-se do conflito pós-Clausewitz, que considerava a guerra a continuação da política por outros meios e, portanto, um instrumento par excellence do Estado nacional. Segundo o documento de Lind, as quatro gerações de guerra tiveram início com o Acordo de Paz de Westphalia, em 1648, quando os Estados nacionais assumiram o monopólio da guerra. A Primeira Geração (1648-1860) é a guerra de linhas e colunas, que exige um campo de batalha ordenado, disciplina e ordem.
Primeira Guerra Mundial: metralhadores a rtilharia |
A segunda geração refletiu as transformações da Revolução Industrial, marcando a incorporação de novas armas (mosquetes raiados, armas de retrocarga e metralhadoras). Desenvolvida pelo Exército francês, a Guerra de Segunda Geração procura solução no fogo concentrado, a maior parte dele da artilharia. Foi sintetizada no slogan: “a artilharia conquista e a infantaria ocupa”, sendo mais tarde incorporada a aviação na missão de conquista. Nesta fase, sobressaem o comando e o poder de fogo, amplo conhecimento e domínio sobre o campo de batalha para planejar as manobras e fazê-las cumprir.
Segunda Guerra Mundial: mobilidade e destruição |
A Guerra de Terceira Geração foi desenvolvida pelo Exército alemão depois da Primeira Grande Guerra, e baseia-se não tanto no poder de fogo e no atrito mas na velocidade, na surpresa e no deslocamento mental e físico do inimigo. É a blitzkrieg (guerra-relâmpago). A própria cultura militar foi afetada, retirando o foco do processo ou do método e direcionando-o ao resultado da batalha. Isso significa que a iniciativa, mais do que a obediência, se tornou fundamental para o êxito das missões.
A Guerra de Quarta Geração marca a mudança mais radical desde a Paz de Westphalia, porque o Estado perde o monopólio sobre a violência e a guerra, em um cenário em que forças militares estatais se defrontam com oponentes não-estatais. É a guerra de baixa intensidade e assimétrica, típica da era globalizada. Envolvem tanto guerrilhas, conflitos urbanos como tercerização da ação militar, com empresas particulares de segurança (como a Blackwater no Iraque) executando tarefas antes destinadas a Exércitos regulares. As principais caracerísticas dessa Guerra de Quarta Geração pode ser assim resumidas:
2) Sem fronteiras - difícil distinção entre guerra e paz, inexistência de declarações formais de guerra, de exércitos regulares, bandeiras, estandartes ou combatentes uniformizados;
3) Terra de ninguém - Não demarcação clara de fronts ou de campos de batalhas – o inimigo pode estar em toda parte e ao mesmo tempo em lugar algum;4) Uso da mídia - Inclusão de alvos com maior exposição midiática, que abalem os valores e os comportamentos da sociedade oponente. Espetacularização das ações sobre alvos militares e não-militares, abalando a autoestima das populações e impondo a perda de confiança nas autoridades civis e militares;
5) Colapso do inimigo - Impedir a transmissão de dados ou de energia elétrica por alguns dias pode ser mais impactante que o afundamento de um porta-aviões; provocar uma crise especulativa ou abalar o funcionamento do sistema financeiro é mais eficaz do que uma tentativa de sitiar uma sede de governo e
6) Novas tecnologias – Modificação da dimensão do combate e da forma de atuação de combatentes, regulares ou não. Uma fração de tropa dotada de equipamento e armamento de última geração (comandos)pode causar danos a instalações ou paralisar um comboio de suprimentos; especialistas em TI podem paralisar comunicações de satélites e inviabilizar sistemas de comando e controle de armas inteligentes contra o inimigo.
Essa teoria é interessante porque explica tanto a natureza dos ataques terroristas made in Al Qaeda quanto permite estabelecer um paradigma para as sotisticadas estratégias desenvolvidas pelas superpotências para atingir seus objetivos em países emergentes.
Boa noite
ResponderExcluirUm Salmo, sem motivo especifico por ter deixado no seu blogger, mas especifico para que leia, simplesmente pela leitura das Escrituras de Deus, que sempre fala ao nosso SER.
SALMO 18
30 O caminho de Deus é perfeito; a palavra do SENHOR é provada; é um escudo para todos os que nele confiam.
31 Porque quem é Deus senão o SENHOR? E quem é rochedo senão o nosso Deus?
32 Deus é o que me cinge de força e aperfeiçoa o meu caminho.
Existem muitos caminho tortuosos, cheios de dificuldades, caminhos perigosos e que passa por várias provações. Mas o caminho de Deus é perfeito, o caminho junto ao Senhor é perfeito pois ele é quem prepara esta direção na sua vida, nas dificuldades o Senhor estará contigo, lhe protege dos perigos, são caminhos planos e cheios de alegrias.
O Senhor lhe convida para caminhar junto a ele, por estes caminhos de alegrias e proteção.
Que a graça de Deus, Jesus Cristo e o Espírito Santo de Deus, ilumine o caminho de todos nós.
Abraços.