Os conservadores que apoiam o direito de possuir armas de fogo também apoiam, naturalmente, a pena de morte - e ela continua vigente em 36 dos 50 Estados americanos, depois de ter sido suspensa por um breve período de tempo (1972-1976). À exceção dos EUA, os países que ainda adotam a pena capital são ditaduras ou semiditaduras: Irã, China, Coréia do Norte, Cuba, Arábia Saudita, Egito, Iraque, Paquistão. Toda a Europa e a maioria da América Latina a aboliu. Curiosamente, os mesmos conservadores que defendem o direito à posse de armas de fogo e a pena de morte consideram que o aborto é um crime...
terça-feira, 29 de junho de 2010
O FASCÍNIO DAS ARMAS
Os conservadores que apoiam o direito de possuir armas de fogo também apoiam, naturalmente, a pena de morte - e ela continua vigente em 36 dos 50 Estados americanos, depois de ter sido suspensa por um breve período de tempo (1972-1976). À exceção dos EUA, os países que ainda adotam a pena capital são ditaduras ou semiditaduras: Irã, China, Coréia do Norte, Cuba, Arábia Saudita, Egito, Iraque, Paquistão. Toda a Europa e a maioria da América Latina a aboliu. Curiosamente, os mesmos conservadores que defendem o direito à posse de armas de fogo e a pena de morte consideram que o aborto é um crime...
sábado, 26 de junho de 2010
A FANTÁSTICA MÚSICA DO MALI
sexta-feira, 25 de junho de 2010
LÊNIN CONTRA MARX
Antonio Gramsci, A Revolução contra O Capital
quinta-feira, 24 de junho de 2010
OS JESUÍTAS FORAM OS BOLCHEVIQUES DA IGREJA?
Leon Trotsky, A moral deles a a nossa
quarta-feira, 23 de junho de 2010
NA AMÉRICA PELO MENOS NÃO FLORESCEM CÉSARES
Stanley McChrystal, até ontem comandante das forças da Otan e dos EUA no Afeganistão, conhecido pelo apelido de Comandante Jedi, foi a manifestação mais recente de indisciplina. Ele foi demitido pelo presidente Barack Obama depois de ter ridicularizado seus superiores civis numa entrevista à revista Rolling Stone. O título da reportagem é O general em fuga. Stanley McChrystal, o comandante de Obama no Afeganistão assumiu controle da guerra ao nunca se esquecer de quem são os inimigos de verdade: os maricas da Casa Branca. Saiu fora da linha, dançou. Como disse Obama: "(A atitude de McChrystall) faz pouco do controle civil dos militares que está na base de nossa democracia". Nos EUA, pelo menos, não há perigo de "pronunciamientos" ou "fúria das legiões".
segunda-feira, 21 de junho de 2010
SALVE A BATINA DO BISPO TUTU!
domingo, 20 de junho de 2010
OS 70 ANOS DA 'FINEST HOUR' DE CHURCHILL
"A 'batalha da Grã-Bretanha' está para começar. Desta batalha depende a sobrevivência da civilização cristã. [...] Toda a fúria e o poder do inimigo devem muito em breve se virar contra nós. Hitler sabe que terá que nos fazer sucumbir nesta ilha ou perder a guerra. Se nós pudermos enfrentá-lo, toda a Europa poderá ser livre e a vida no mundo poderá continuar sua direção de campos amplos e ensolarados.
Mas, se nós falharmos, o mundo inteiro [...] irá afundar no abismo de uma nova era de trevas, tornada mais sinistra e talvez mais prolongada, pelas luzes da ciência pervertida. Vamos, portanto, nos unir em torno de nossos deveres. E saber que, se o Império Britânico e a Comunidade dos Estados Britânicos durarem mil anos, os homens ainda dirão: 'Este foi o seu melhor momento'"
Winston Churchill, 18 de junho de 1940, discurso à Câmara dos Comuns
A civilização cristã eu não sei, mas a civilização deve muito a ele, que se recusou a fazer um acordo com Hitler no momento mais grave da guerra, quando a França capitulava, a União Soviética era aliada do III Reich e os EUA ainda estavam oficialmente fora do conflito
sábado, 19 de junho de 2010
UMA DEMOCRACIA SEQUESTRADA?
Mas apesar de sua defesa apaixonada do sistema representativo, Bobbio era o primeiro a reconhecer que o paradoxo da democracia moderna é sua efetivação em condições cada vez mais desfavoráveis: "nada é mais difícil que fazer respeitar as regras do jogo democrático nas grandes organizações: e as organizações, a começar pela estatal, tornam-se sempre maiores" (a "lei de ferro da oligarquia", na definição de Robert Michels). "O processo de democratização e o processo de burocratização não somente ocorrerem ao mesmo tempo, mas o segundo é consequência direta do primeiro" [...] "Tecnocracia e democracia entram sempre em choque. A tecnocracia é o governo dos especialistas, isto é, daqueles que sabem uma só coisa, mas sabem, ou deveriam saber bem; a democracia é o governo de todos, isto é, daqueles que deveriam decidir não com base na competência, mas com base na própria experiência. O protagonista da sociedade industrial é o sábio, o especialista, o experto; o protagonista da sociedade democrática é o cidadão comum, o homem da rua [...] Segundo o ideal democrático, o único especialista em negócios políticos é o cidadão [...]. Mas, na medida em que as decisões se tornam sempre mais técnicas e menos políticas, não fica mais restrita a área de competência do cidadão e, consequentemente, sua soberania? Não é, portanto, contraditório pedir sempre mais democracia em uma sociedade sempre mais tecnicizada? [...] Pedir mais democracia significa pedir a extensão das decisões que competem àquele que, pelas condições objetivas do desenvolvimento da sociedade moderna, se torna sempre mais incompetente: o que é válido sobretudo no setor da produção, justamente o que escapou até agora a qualquer forma de controle popular, e que é aquele no qual se vence ou se perde o desafio democrático". O texto é da década de 70 (Qual Socialismo?) e permanece atual, bastando trocar o "setor da produção" por "setor financeiro".
Lembrei-me de tudo isso agora, por ocasião da morte de José Saramago. Em uma de suas conferências veiculadas no YouTube, ele diz claramente que hoje discutimos tudo, menos o conceito de democracia, que aparece como uma "santa no altar". O escritor diz que, na verdade, a democracia na era globalizada foi "sequestrada, condicionada e amputada" e que o poder do cidadão se limita a trocar governos; as grandes decisões são tomadas no âmbito das organizações financeiras internacionais (FMI, Banco Mundial, OMC, OCDE), nenhuma delas democrática.
A luta contra ditadura fez com que a esquerda desse adeus às ilusões bolcheviques, adotando a defesa irrestrita da democracia antes dita "burguesa", mas para ampliá-la, como defendia Bobbio. Mas não dá para discordar de Saramago. Se ele tiver razão, temo que, em sentido amplo, o espaço de democracia que nos resta é a "negativa" (a democracia dos modernos, apud Benjamin Constant, em contraposição à dos antigos, em que os cidadãos decidiam os destinos do Estado), cujo alcance máximo é a ampliação das liberdades individuais.
http://www.youtube.com/watch?v=m1nePkQAM4w
sexta-feira, 18 de junho de 2010
AS INTERMITÊNCIAS DA MORTE
quarta-feira, 16 de junho de 2010
COISA DE POBRE...
Matéria de Patrícia Campos Mello no Estadão informa que a direita americana escolheu o futebol como seu novo alvo, identificando-o como "esporte de pobre", resultado da crescente influência hispânica nos EUA, e também das "políticas socialistas" (?) de Barack Obama. "A esquerda está impondo o futebol nas escolas americanas, porque a América está se 'amarronzando'", disse o analista conservador Dan Gainor, do Media Research Center. "Os esquerdistas são contra nossa rejeição ao futebol, da mesma maneira que são contra nossa rejeição ao socialismo", disse Matthew Philbin, do Culture and Media Institute. "Eles estão nos enfiando o futebol goela abaixo", rosnou o radialista Mark Belling. A matéria informa também que nos últimos dez anos, o futebol realmente conquistou tantos adeptos que hoje rivaliza com o beisebol e o basquetebol, tradicionais esportes americanos. Na visão lunática desses trogloditas, talvez Obama seja o alter ego do Pelé...
terça-feira, 15 de junho de 2010
TUDO O QUE NÃO É SÓLIDO SE DESMANCHA NO AR
Ironicamente, o território belga foi palco de grandes batalhas em que a Europa se dilacerou, desde Waterloo, onde Napoleão foi definitivamente derrotado em 1815, até Ypres, Passchendaele (Primeira Guerra Mundial) e Ardennas (Segunda).
A Bélgica se equilibrava sobre um pacto federativo que se imaginava duradouro, mas que agora, com a vitória do partido separatista N-VA, do flamengo Bart de Wever, pode chegar ao fim. E pior, se a Bélgica se "evaporar", mesmo pacificamente como defende De Wever, haverá reflexos graves na União Europeia. Afinal, a Bélgica foi pioneira, ao lado da França e Alemanha, do Plano Schumann-Jean Monnet, que há 60 anos criou as bases da unidade europeia como forma de ultrapassar os traumas das duas guerras mundiais. Como levar adiante essa ideia se, à grave crise econômica que ora assola a comunidade, se juntar a ameaça de um de seus membros-fundadores de implodir?
Não é por acaso que a capital da União Europeia é Bruxelas: a Bélgica foi o modelo sobre o qual projetou-se a ideia da Comunidade Europeia - um superestado artificial capaz de suprimir conflitos nacionais, impedindo a eclosão de novas guerras. Uma bela ideia, mas um tanto utópica, como a proposta de tornar o mundo "um lugar seguro para a democracia" do presidente americano Woodrow Wilson, que abominava o realismo político e o "equilíbrio do poder".
A realidade acaba se impondo sobre as abstrações históricas, como sabiam Churchill, De Gaulle e Stálin, mais do que Roosevelt. E se tudo o que é sólido se desmancha no ar, imagine o que não é...
sexta-feira, 11 de junho de 2010
NADA MERECE CERTEZA
quinta-feira, 10 de junho de 2010
ESPANHA: UMA UTOPIA AFOGADA EM SANGUE
Ay Carmela! (ou El Ejército del Ebro, hino dos republicanos)
http://www.youtube.com/watch?v=uX7fKMHdYKQ&feature=grec_browsev=uX7fKMHdYKQ&feature=grec_browse
quarta-feira, 9 de junho de 2010
QUEM IMITA QUEM?
terça-feira, 8 de junho de 2010
UMA REBELIÃO ESQUECIDA
http://www.youtube.com/watch?v=GoKYOFQw0cE&feature=related
segunda-feira, 7 de junho de 2010
ESTADO DE SÍTIO MENTAL EM ISRAEL
O que conta, ao contrário da estratégia declarada de Israel, é que tudo continue exatamente como está. A comunidade internacional é complacente; o mundo árabe é impotente e Gaza está sob controle. Enquanto tudo continuar como hoje, Israel deixa correr sua economia em crescimento. Os eleitores israelenses, que veem como normal o domínio do Exército em todos os aspectos da vida, veem a opressão dos palestinos como única realidade da vida passada, presente e futura, em Israel.
[...]
Mas erra quem supuser que o apoio dos EUA e a fraca reação dos europeus às políticas criminosas de Israel, como a que sitia Gaza, seriam as principais explicações para por que Israel mantém o bloqueio e o estrangulamento de Gaza.
A parte provavelmente mais difícil de explicar aos leitores é o quanto essas percepções e atitudes lançaram raízes profundas na psiquê e na mentalidade dos israelenses. E, sim, é difícil entender o quanto os mesmos fatos disparam reações diametralmente opostas na sociedade israelense e, por exemplo, no homem comum na Grã-Bretanha.
A resposta de homens e mulheres em todo o mundo parte do pressuposto de eventuais futuras concessões aos palestinos e diálogo continuado com a elite política israelense produzirão nova realidade em campo. O discurso oficial no Ocidente pressupõe que haja solução à vista e alcançável, se todos os lados se reunirem em torno de um esforço final rumo à Solução dos Dois Estados.
Nada poderia estar mais distante da realidade, que esse cenário otimista. A única versão dessa solução que seria aceitável para Israel é totalmente inaceitável pelos palestinos, sejam os domesticados líderes da Autoridade Palestina em Ramalá, seja o Hamás, mais assertivo. A única proposta que Israel consideraria é aprisionar os palestinos, sem Estado algum, em enclaves. Em troca, os palestinos desistiriam da resistência.
Assim, antes de sequer poder considerar seja uma solução alternativa – um só Estado democrático para todos, ideia que apoio –, ou explorar algum acordo mais plausível com vistas a dois Estados, seria preciso transformar fundamentalmente a mentalidade oficial e pública dos israelenses. Aquela mentalidade é a principal barreira a qualquer reconciliação pacífica nas dilaceradas terras de Israel e Palestina”
sexta-feira, 4 de junho de 2010
UM POUCO DE CAOS, QUE NINGUÉM É DE FERRO
"Toda a obra de pintura ou plástica é inútil; que ela seja um monstro
que faça medo aos espíritos servis, e não adocicada para ornar os
refeitórios dos animais com roupas humanas, ilustrações desta triste
fábula da humanidade" (Idem)
Dada Polka: Girate like a giroscope, collide like a calleidoscope, frieze: do something, anything, something... please:
http://www.youtube.com/watch?v=yFkXg2yFFSM
quarta-feira, 2 de junho de 2010
RUMO AO ESTADO TEOCRÁTICO
A última reflexão continua válida até hoje e, em certas regiões como o Oriente Médio, onde a política e a religião estão interligadas, teria que se acrescentar: “a guerra é uma coisa demasiada grave para ser confiada aos militares ... e aos religiosos”. Veja-se o caso de Israel. As Forças Armadas israelenses – conhecidas como Forças de Defesa – estão entre as mais eficientes do mundo. Tiveram vitórias militares estrondosas em 1948, 1967 e 1973. Mas nos últimos anos, a ação dos militares israelenses, quase sempre brutal e desproprocional às ameaças, vêm se revelando um desastre atrás do outro. O episódio mais recente foi o ataque de comandos israelenses à flotilha internacional que levava ajuda humanitária a Gaza.
Como notou o comentarista Giles Lapouge, talvez isso se deva ao aumento da influência dos religiosos sobre o Exército de Israel – que sempre se orgulhou de suas tradições liberais, como a incorporação de mulheres e gays em suas fileiras. Segundo o jornal Haaretz, em 1990 apenas 2% dos oficiais militares israelenses eram religiosos; hoje eles são 30%. “Na brigada Golani, seis dos sete coroneis são religiosos. Na brigada Kfir, especializada em ações antiterroristas na Cisjordânia, sete tenente-coroneis usam a kipá”, diz Lapouge. Há 20 anos, os oficiais do Exército vinham da esquerda (trabalhista) e dos kibutzim; hoje eles vêm de colônias ultranacionalistas. “E o Haaretz explica que, nestas colônias selvagens instaladas ilegalmente, os militares fornecem uma ajuda tácita aos colonos extremistas que residem ali”, conclui Lapouge.
terça-feira, 1 de junho de 2010
ISRAEL NA MÃO DE PIROMANÍACOS
Dia em que o governo de Israel enlameou o nome do país ante todo o mundo, juntou mais provas, a comprovar que a imagem de um Israel brutal, agressivo, não é invenção da propaganda. [...]
Sim, houve um ato de provocação no litoral de Gaza. Mas os provocadores não foram os ativistas pacifistas convidados a vir à Palestina e que tentavam chegar. Provocação houve, isso sim, praticada pelos comandos armados e encapuzados dos barcos de guerra, a mando do governo de Israel, que, para bloquear o avanço dos barcos dos pacifistas, não vacilou em atirar e matar! [...]
É hora de levantar o cerco que sufoca a Faixa de Gaza e que tanto sofrimento causa aos palestinos. Hoje, o governo de Israel arrancou a máscara da face - com as próprias mãos - e mostrou a verdade: Israel jamais se 'desengajou' de Gaza. Nenhum desengajamento há se Israel bloqueia o acesso à área ou manda soldados com ordem para matar e ferir quem tente chegar a Gaza" (Um governo de piromaníacos põe fogo no Oriente Médio)