tag:blogger.com,1999:blog-24173505281108089662024-02-19T07:17:41.389-08:00breviário da autodecomposiçãoTrata-se de um blog despretensioso de um jornalista dublê de sociólogo que deixou as grandes redações depois de ter acumulado décadas de experiência e, em função disso, acredita que tenha algo a transmitir a eventuais leitores... além de, claro, cumprir o dever de ofício de ajudar a "desafinar o coro dos contentes", como dizia Torquato Neto, e de "consolar os aflitos e afligir os consolados", como pregava Joseph Pulitzer.Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.comBlogger920125tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-19633567377803601512016-08-26T05:03:00.000-07:002016-08-26T05:08:18.353-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: x-large;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><u><b>Lembrai-vos de Dimitrov</b></u></span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; line-height: 19.32px;"><span style="color: #1d2129; font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;"></span></span><br />
<div class="getty embed image" style="background-color: white; color: #a7a7a7; display: inline-block; font-family: 'Helvetica Neue',Helvetica,Arial,sans-serif; font-size: 11px; max-width: 396px; width: 100%;">
<div style="margin: 0; padding: 0; text-align: left;">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRgXWLPb0rInmKaf9HqLp-fhvnAJbRz5jxAsb9aCrdHvzCJfpgRg5i2AsGsTAt7OmXl5fzipPFTtj-f2iXgU8cqatVzW8fZ6aBHa2pU0yvJGlAeV09o61Lhwl-f2csa5nrWg9T820C_bE/s1600/dimitrov.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: left;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRgXWLPb0rInmKaf9HqLp-fhvnAJbRz5jxAsb9aCrdHvzCJfpgRg5i2AsGsTAt7OmXl5fzipPFTtj-f2iXgU8cqatVzW8fZ6aBHa2pU0yvJGlAeV09o61Lhwl-f2csa5nrWg9T820C_bE/s320/dimitrov.jpg" width="213" /></a></div>
<br /></div>
<div style="margin: 0;">
</div>
</div>
<span style="background-color: white; line-height: 19.32px;"><span style="color: #1d2129; font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;">
</span></span><br />
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Se Dilma optasse por fazer sua defesa no Senado, poderia tentar repetir a performance de seu conterrâneo George Dimitrov - o político dos anos 1930 e 1940, não o tenista atual. Acusado pelo Tribunal de Leipzig de ser o autor intelectual do incêndio no Reichstag em 1933, Dimitrov inverteu os papéis transformando-se de acusado em acusador e colocando seus algozes - inclusive o poderoso Hermann Goering - na defensiva. Mostrou que por trás do autor do atentado - Marinus Van der L</span><span class="text_exposed_show" style="background-color: white; color: #1d2129; display: inline; line-height: 19.32px;">ubbe - estavam os nazistas, que usaram o incêndio como pretexto para acabar com o que restava da democracia de Weimar. "Estou convencido de que Van der Lubbe não foi o Fausto que provocou o incêndio. Atrás dele se esconde, sem dúvida, algum Mefistófeles. O pobre Fausto se encontra agora no banco dos réus, mas o Mefistófeles desapareceu”, disse Dimitrov. Acabou absolvido, pois o nazismo ainda engatinhava. Ninguém espera que Dilma seja absolvida, mas se ela quiser denunciar o golpe, deveria aproveitar a oportunidade.</span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-5908722507373851002016-08-25T04:44:00.002-07:002016-08-25T04:46:53.511-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;">Voltando à lida, três anos depois, com o mesmo personagem da última postagem...</span></span><br />
<span style="background-color: white; color: #1d2129; font-size: 14px; line-height: 19.32px;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><br /></span></span>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><b><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: x-large;"><u>Oportunismo, garantismo e opacidade</u></span></b></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLi6CLKjZ5Qnwcr83akd7xojNW4mT5ZRCEWV3SPTyjnuP_DB6NNa4Jc2qECNzq8oMmG8GG80W2MPZmG-bES93basWDbMuS03UMX8HNWx3C8dHwIEnyJcfdG_s30ughYRFXM5hxL3nj6j8/s1600/GM.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhLi6CLKjZ5Qnwcr83akd7xojNW4mT5ZRCEWV3SPTyjnuP_DB6NNa4Jc2qECNzq8oMmG8GG80W2MPZmG-bES93basWDbMuS03UMX8HNWx3C8dHwIEnyJcfdG_s30ughYRFXM5hxL3nj6j8/s320/GM.jpg" width="320" /></span></a></div>
<span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;"><b><span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace; font-size: large;"><br /></span></b></span>
<span style="font-family: "courier new" , "courier" , monospace;"><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Três questões devem ser ponderadas sobre a ofensiva do ministro Gilmar Mendes contra o Ministério Público:</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">- A primeira, mais evidente, diz respeito ao oportunismo e ao corporativismo. Mendes reagiu ao vazamento do MP sobre uma suposta citação do ministro Dias Toffoli na delação de Léo Pinheiro. O procurador Rodrigo Janot chiou, esperneou, mas acabou suspendendo a delação. Como assinalou o jornalista Bernardo Mello Franco hoje na sua coluna da Folha, Mendes pede que sejam colocados freios nos procuradores da Lava Jato, que se sentem “onipotentes” e com “delírios totalitários”. </span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Ora, em março, lembra o jornalista, quando a Lava Jato divulgou a gravação de Lula e Dilma, Mendes não ficou indignado com o vazamento; ao contrário, disse que o importante era discutir “o conteúdo” do grampo. Ainda segundo a Folha (Painel), um procurador reagiu da seguinte maneira às críticas de Gilmar Mendes: “Éramos lindos até o impeachment se tornar irreversível; agora que nos usaram para tirar quem queriam, desejam dizer chega”. Isso só reforça a tese do impeachment como golpe.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">- O segundo ponto, excluindo-se o oportunismo de Mendes, é o mérito da questão. De acordo com o ministro, os promotores estão ‘possuídos por uma teoria absolutista de combate ao crime a qualquer preço’, incluindo métodos, digamos, heterodoxos. Não creio que, nesse ponto, se possa discordar de Gilmar Mendes, a menos que se queira buscar atalhos ao Estado Democrático de Direito. Note-se que, além dos atropelos da Lava Jato, está em tramitação no Congresso Nacional um ‘pacote’ de medidas anticorrupção defendidas pelo MP e pelo juiz Sergio Moro que, entre outras coisas, propõe que provas ilícitas, desde que utilizadas ‘de boa fé’, possam ser utilizadas em investigações. “Imagine que amanhã eu possa justificar a tortura porque eu fiz de boa fé”, fulminou Mendes. </span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">De fato, esse é o discurso de todo torturador, a começar pelos torcionários da ditadura. Como bons cristãos, eles justificavam a tortura como meio cruel, mas eficaz, de “salvar” inocentes, a família, a pátria e o escambau, jamais como ato de má fé. Afinal, os fins justificam os meios para esses Maquiavéis de galinheiro e utilitaristas de ocasião.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">- A última questão remete ao problema da opacidade x transparência do poder. Com todos os defeitos, os poderes Executivo e Legislativo estão sob escrutínio permanente. As ações dos políticos são expostas, comparadas, criticadas; eles sobem e caem pelas urnas – às vezes até pela ação da Justiça. Já o Judiciário é o único poder não eleito e não submetido a nenhum escrutínio que não o próprio. Resultado: uma operação como a Lava Jato pode destruir todo o sistema político – embora, pelo seu partidarismo, dificilmente chegará a tanto –, mas certamente se deterá, como já está se detendo, quando chegar perto do Judiciário. </span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">O Judiciário sempre se colocou acima do bem e do mal. Mas, convenhamos, magistrados não são deuses, embora frequentemente tentem se passar por divindades. Só para ficar no caso do Brasil, é preciso lembrar que foi o Supremo que autorizou a deportação de Olga Benário Prestes – judia e comunista – para a Alemanha nazista. E isso antes do Estado Novo. Foi também o Supremo Tribunal Federal que sancionou a tese de vacância de João Goulart na Presidência, abrindo caminho à ditadura.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Como assinala o filósofo político italiano Norberto Bobbio, a tendência do poder ao ocultamento e à invisibilidade é irresistível. E, para que a democracia avance, é preciso que as ações do poder sejam cada vez mais visíveis e transparentes. É o inverso da situação que ocorre com o cidadão, cuja privacidade deve ser protegida da bisbilhotice do Estado. </span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Nas palavras de Bobbio: “O princípio fundamental do Estado democrático é o princípio da publicidade, ou seja, do poder visível. Deste princípio derivam muitas regras que diferenciam um Estado democrático de um Estado autocrático. Por uma simples razão: governo democrático é aquele em que os governantes devem exercer o poder sob o controle dos cidadãos”.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">A transparência avançou bastante no Executivo e no Legislativo, mas ainda tropeça quando se aproxima do Judiciário. A opacidade predomina.</span><br style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;" /><span style="background-color: white; color: #1d2129; line-height: 19.32px;">Finalmente, os cemitérios estão cheios de heróis, como disse Gilmar Mendes. Mas também estão cheios de canalhas e de bandoleiros.</span></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-40501425178016107102013-04-26T13:49:00.002-07:002013-04-26T13:49:13.959-07:00QUEM AMEAÇA O EQUILÍBRIO DE PODERES<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-zKs9V9ZVv41A8gqJe2f_rON6lccgwoIvJouGmelXNjsoaWV3EEYeFUdu-XmFQ3NaCFcnD7BsPKTu_QU1Ani-xaqzUiM-AE0wbAoAD78pXnYEhbD22EVn_FnMU3a1tf7yhxlxDvgcw8c/s1600/gilmar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj-zKs9V9ZVv41A8gqJe2f_rON6lccgwoIvJouGmelXNjsoaWV3EEYeFUdu-XmFQ3NaCFcnD7BsPKTu_QU1Ani-xaqzUiM-AE0wbAoAD78pXnYEhbD22EVn_FnMU3a1tf7yhxlxDvgcw8c/s400/gilmar.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="line-height: 15pt;">O Congresso
Nacional preparava-se para votar um projeto de lei que limita a criação de
novos partidos políticos, mas uma liminar do ministro Gilmar Mendes, do Supremo
Tribunal Federal, congelou sua tramitação até a apreciação do projeto pelo plenário
da Corte. No mesmo dia, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou
um Projeto de </span></span></div>
<br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Emenda Constitucional (PEC) que dá ao Parlamento o poder de rever
decisões do STF sobre ações de inconstitucionalidade. O presidente do Senado,
Renan Calheiros, classificou a liminar como “invasão” do Poder Judiciário sobre
as competências do Poder Legislativo e disse que iria recorrer. <span style="line-height: 15pt;"> </span><span style="line-height: 15pt;"> </span><span style="line-height: 15pt;"> </span><span style="line-height: 15pt;"> </span><span style="line-height: 15pt;"> </span><span style="line-height: 15pt;"> </span></span><br />
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Bem, o
projeto limitando o tempo de TV e o acesso ao Fundo Partidário aos novos
partidos se faz necessário, face à proliferação de legendas de aluguel no país.
Mas sua votação agora é oportunista, porque vem no exato momento em que líderes
de oposição articulam a criação de mais dois partidos, a Rede, de Marina Silva,
e o Mobilização Democrática, fusão do PPS com o PMN, com vistas a 2014. No ano
passado, quando Gilberto Kassab criou o seu PSD, ele teve as vantagens que hoje
se pretende eliminar. Mesmo assim, a votação faz parte do jogo político, mas
esse jogo se complica quando quem não tem votos apela para o Poder Judiciário. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFdGTqZ8MX0EO1eYSFWE3HGhQQCHwBh5OwHrYN93bbP0vbvlM_toiL_3AsxmKfRvt5Y-GJZMkDSbnp9snHR_-HP3b2wLT8yzfPSJAXqerUA0j3WkmggizgDunqs_8fxmKGKFclXhWVqt0/s1600/justica.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="324" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgFdGTqZ8MX0EO1eYSFWE3HGhQQCHwBh5OwHrYN93bbP0vbvlM_toiL_3AsxmKfRvt5Y-GJZMkDSbnp9snHR_-HP3b2wLT8yzfPSJAXqerUA0j3WkmggizgDunqs_8fxmKGKFclXhWVqt0/s640/justica.jpg" width="640" /></a><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Por causa de
ações dessa natureza, o Parlamento vem se mostrando incapaz de cumprir seu
papel. O resultado é um processo perigoso de judicialização da política e conseqüente
politização do Judiciário. O protagonismo do Supremo chegou a empossar candidatos
derrotados e não eleitos (caso do Maranhão) e a definir a fidelidade partidária,
o que seria finalidade dos partidos políticos. E, no caso da Ação Penal 570 – o
caso do mensalão –, o STF cedeu à pressão da “opinião publicada” e julgou os réus
em período eleitoral, ignorando a jurisprudência e o princípio da inocência dos
réus até prova em contrário, entregando cabeças ao gosto do “clamor popular”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 0cm; margin-top: 0cm;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEsM57llmdhg_2cBYqg90Tu9Y5UO0vq2YB89ErkDsabwwzoTRvwjRNSy2n-KylghkslReE8Kl_VFq6zRR2T5NGpNIK0NaXcOjqeYoNicXorXeQ4qlRZY2UdAnue87zjkOV-DnrkfJ-h1Y/s1600/justi%C3%A7a+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="298" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEsM57llmdhg_2cBYqg90Tu9Y5UO0vq2YB89ErkDsabwwzoTRvwjRNSy2n-KylghkslReE8Kl_VFq6zRR2T5NGpNIK0NaXcOjqeYoNicXorXeQ4qlRZY2UdAnue87zjkOV-DnrkfJ-h1Y/s400/justi%C3%A7a+II.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">E as últimas
decisões do STF comprometem a autonomia do Congresso, o que constituiu uma violação
flagrante da Constituição de 1988, que garante o equilíbrio de poderes, um dos
fundamentos da democracia representativa. Segundo o art. 102 da Carta Magna, o
Supremo Tribunal é o “guardião da Constituição”, mas o Congresso Nacional tem
poderes, sim, para anular quaisquer decisões, do Executivo e do Judiciário
(art. 49). Um Congresso soberano tomando decisões políticas sobre os destinos da
nação não é ameaça, mas fundamento da democracia. Atualmente, o que estamos
vendo é um poder técnico e não-eleito (o Judiciário) avançando celeremente, com
o aplauso da mídia, sobre a competência de um poder democraticamente eleito e
soberano (o Legislativo). Quem realmente ameaça a democracia? <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15pt; margin: 0cm 0cm 11.25pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Repetindo o que eu já disse aqui, segundo os clássicos pensadores
do Direito (Montesquieu e os Federalistas, por exemplo), o Legislativo pode e
deve exercer o controle sobre o Judiciário, a exemplo do que já acontece em
relação ao Executivo. Como dizia o filósofo do Direito Norberto Bobbio, “a democracia
nasceu com a perspectiva de eliminar para sempre das sociedades humanas o poder
invisível e de dar vida a um governo cujas ações deveriam ser desenvolvidas
publicamente”.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-58927679837468480492013-04-24T09:33:00.005-07:002013-04-24T19:42:18.235-07:00A VOLTA DA VELHA FRATURA DA FRANÇA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqUJZhFogWa-_8L1uyp7JFGP_53VR4CbZevIqhQ3ibRHIGReBDupTsvC26efZy7r8yA8yYHOWgTYGy0zlmpNBh96i2e7Y0byvMfgi8todQ2f-fURnBjb9P_G053uko4mkEDUqETY8tjN8/s1600/fran%25C3%25A7a.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjqUJZhFogWa-_8L1uyp7JFGP_53VR4CbZevIqhQ3ibRHIGReBDupTsvC26efZy7r8yA8yYHOWgTYGy0zlmpNBh96i2e7Y0byvMfgi8todQ2f-fURnBjb9P_G053uko4mkEDUqETY8tjN8/s400/fran%25C3%25A7a.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manifestação a favor da lei do casamento homossexual </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A França se tornou o mais
recente país europeu a legalizar o casamento entre pessoas do mesmo sexo. A
medida, de iniciativa dos socialistas, foi recebida com festa por boa parte
da população, mas repudiada violentamente por outra parte dos franceses. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMzzLsDj-IB_P1tvYzin3pxKTO5uHklqFwrDg4uTCEWuvIohpLB4u2_108W-xMw0f7KOIo_SUy1UpUQVOPUzQonRGiDWUEn4sxNYLl1dS-W3D_72X2mJd2XEZlBrzr7TiiUj3UcclWIqQ/s1600/fran%C3%A7a+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMzzLsDj-IB_P1tvYzin3pxKTO5uHklqFwrDg4uTCEWuvIohpLB4u2_108W-xMw0f7KOIo_SUy1UpUQVOPUzQonRGiDWUEn4sxNYLl1dS-W3D_72X2mJd2XEZlBrzr7TiiUj3UcclWIqQ/s400/fran%C3%A7a+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Protestos contra a lei: curiosamente, elas usam o barrete vermelho</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A
Igreja Católica mobilizou contra o projeto sua vasta rede de escolas e paróquias
e os representantes do islamismo e do judaísmo na França também repudiaram
unanimemente o casamento gay. Ironicamente, os manifestantes contrários ao projeto estão usando barretes frígios vermelhos, símbolo revolucionário. O fato é que a velha fratura da França em duas nações antagônicas
e inconciliáveis, nascida com a Revolução de 1789, parece não ter fim. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A França viveu jornadas
revolucionárias em 1789, 1830, 1848 e 1871, nas quais sempre ficou claro a luta
fratricida que, em linhas gerais, opunha os partidários da liberdade e da igualdade
social, de um lado, aos defensores da aristocracia, da ordem hierárquica e dos
privilégios, de outro. E, em quase todos esses episódios, os primeiros levaram a
melhor. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMX_0O769-EhkU20ii6D6A9rEf9NoTzkgB-vrysJRqMfrh_1ON6xSxKAQOepyOKinT2Ww-7Peim35s9EqtRNLJxeX0wPtV7rGg8aS8W76Bv15YD67LR8xxZAWlSYJW45eYQQ5yghcWpWI/s1600/dreyfus.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiMX_0O769-EhkU20ii6D6A9rEf9NoTzkgB-vrysJRqMfrh_1ON6xSxKAQOepyOKinT2Ww-7Peim35s9EqtRNLJxeX0wPtV7rGg8aS8W76Bv15YD67LR8xxZAWlSYJW45eYQQ5yghcWpWI/s400/dreyfus.jpg" width="336" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O capitão Dreyfus é expulso do Exército</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Essa divisão ganharia
contornos dramáticos a partir do final do século XIX, com o chamado “Caso
Dreyfus” (<i>Affaire Dreyfus</i>, em francês).
Em 1894 Alfred Dreyfus, capitão de artilharia do Exército francês, de origem judaica, foi
condenado por alta traição por uma Corte Marcial, num processo fraudulento e
conduzido a portas fechadas. Quando alguns oficiais descobriram as irregularidades,
o alto comando militar tentou encobrir o erro apelando para o antissemitismo e
a xenofobia. O caso saiu dos quartéis e ganhou dimensão nacional. Ao lado dos militares se postaram os os <i>antidreyfusards: </i>a Igreja Católica, que havia perdido os privilégios na educação; os contrarrevolucionários; os monarquistas e os políticos de direita. Em defesa do
capitão Dreyfus, exilado na Ilha do Diabo, se colocaram os <i>dreyfusards: </i>revolucionários, socialistas, republicanos, radicais
e intelectuais, como o escritor Émile Zola. Os <i>dreyfusards</i>
venceriam a contenda muitos anos depois, mas o confronto não terminaria. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAGn_nbq1f-YB6N5P3LfBfBL_k97wk4mRs9p2tOLoAotcyyGhKw5sUNdhGEXoZRnh_i49MmrwP4_-1guqSzz_fz53dLSycQvEV63QDnnN46UH7NpVaViWuo_0MtgIOhGGFDVqz4MnsnA/s1600/blum.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="265" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiKAGn_nbq1f-YB6N5P3LfBfBL_k97wk4mRs9p2tOLoAotcyyGhKw5sUNdhGEXoZRnh_i49MmrwP4_-1guqSzz_fz53dLSycQvEV63QDnnN46UH7NpVaViWuo_0MtgIOhGGFDVqz4MnsnA/s400/blum.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">León Blum, líder do Front Populaire </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A fratura entre as duas
Franças reapareceria com força em 1936, com a vitória do <i>Front Populaire</i>, liderado pelo socialista León Blum; mas essa fratura ficaria
realmente exposta com a ocupação alemã e a instauração do regime colaboracionista
de Vichy, chefiado pelo marechal Philippe Petáin. Esse regime representava, grosso
modo, os mesmos setores <i>antidreyfusards</i>
do passado e tinha talvez a metade da nação atrás de si, ao contrário do mito da
“França resistente”, propagado no pós-guerra pelo gaullismo para tentar restaurar a <i>grandeur française</i> humilhada
pela ocupação.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWbIBRqdjNnea7NK5nWeLDboYfVDCnneMsNs1RutSTj0tC5lv7pzyTAqr3JhjJDRQWrIX-xSjZ3OfZciQ6j48kE4J0Y2SO9pmQ-5g5YSsiZg5xQGAY33CU3UnzMM9xxKtpHNhaJ06Fh8/s1600/de+gaulle+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="250" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTWbIBRqdjNnea7NK5nWeLDboYfVDCnneMsNs1RutSTj0tC5lv7pzyTAqr3JhjJDRQWrIX-xSjZ3OfZciQ6j48kE4J0Y2SO9pmQ-5g5YSsiZg5xQGAY33CU3UnzMM9xxKtpHNhaJ06Fh8/s400/de+gaulle+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O general Charles De Gaulle</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A Guerra da Argélia (1954-1962)
foi outro episódio a confrontar as duas Franças, mas desta vez as cartas ficaram
um pouco embaralhadas. Isso porque, na IV República, os socialistas integraram vários
gabinetes e apoiaram decididamente a repressão ao movimento de independência
argelino, com todas as suas conseqüências, como a institucionalização da
tortura. Paradoxalmente, o general Charles De Gaulle, que os militares viam
como o “salvador” da França para esmagar os argelinos, iniciou a negociação com
os insurgentes, atraindo o ódio eterno da extrema direita.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNi2psNSr-GmU_ahD82ovh1ckkiefxxRiwQbykiWEVljzzxcHCKvdjw2i2GTaTMOS9_xRQ_Md-hwUqUua2yytzyw_QEwNwb_n4IPbQenaV9OQlP1wQlRWRkvcBhRYHKaxqADg-aZIjcSc/s1600/68.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNi2psNSr-GmU_ahD82ovh1ckkiefxxRiwQbykiWEVljzzxcHCKvdjw2i2GTaTMOS9_xRQ_Md-hwUqUua2yytzyw_QEwNwb_n4IPbQenaV9OQlP1wQlRWRkvcBhRYHKaxqADg-aZIjcSc/s400/68.jpg" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Maio de 1968</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em maio de 1968, os
estudantes franceses foram às ruas para exigir “a imaginação no poder” e chegaram
a assustar os vetustos líderes da V República. Mas a velha elite dirigente da França
conseguiu se unir e o <i>status quo</i> foi
preservado, com o governo inclusive ganhando as eleições gerais. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div style="text-align: left;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">E, agora, a liberdade sexual,
uma das heranças daquela época de rebelião comportamental, se tornou o mais novo campo de batalha entre <i>dreyfusards</i> e <i>antidreyfusards</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;"> </span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-55195282768780417472013-04-23T13:06:00.001-07:002013-04-23T13:15:53.104-07:00O PARAGUAI VOLTA A SER O PARAGUAI<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisW231ZxyhrIWxaFHtOhupY-QHl5pKX395ED_uvGGhoUMALL11gZZvWOw797BqdlikJJP88HixP_Fqg8xCaQTLNTl3mGQ1ONPSUCSGzR4Jj9BrANxyDm51R5kDx-_gng2TnZMo8S_xkM/s1600/cartes.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgisW231ZxyhrIWxaFHtOhupY-QHl5pKX395ED_uvGGhoUMALL11gZZvWOw797BqdlikJJP88HixP_Fqg8xCaQTLNTl3mGQ1ONPSUCSGzR4Jj9BrANxyDm51R5kDx-_gng2TnZMo8S_xkM/s400/cartes.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O presidente eleito do Paraguai, Horacio Cartes</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Com a vitória de Horacio
Cartes na eleição presidencial de domingo no Paraguai, o país volta a ser governado
pelo Partido Colorado, que ficou seis décadas no poder, mais da metade das
quais sob uma ditadura militar. Cartes é dono de
um conglomerado de bebidas, cigarros e charutos. Ele é acusado de lavagem
de dinheiro e ligações com o narcotráfico. Assim, pode-se dizer que, com esta eleição, o Paraguai voltou a ser o Paraguai. Para o bem ou para o mal.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihgSNmPTylU_T6WNp8xNsqsVpxCn1v-FYMNSG3a31QC98vOM2llSAtGT3gq1K9u3GmBDrpLfQCLEh82EqOv1-KTj6w1JC8Cpp_QM7GSPTgLITUYW7_IT0Dql2AdsRCIhxAvo6-pPepV04/s1600/lugo.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEihgSNmPTylU_T6WNp8xNsqsVpxCn1v-FYMNSG3a31QC98vOM2llSAtGT3gq1K9u3GmBDrpLfQCLEh82EqOv1-KTj6w1JC8Cpp_QM7GSPTgLITUYW7_IT0Dql2AdsRCIhxAvo6-pPepV04/s400/lugo.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Fernando Lugo, presidente deposto em 2012</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A eleição do bispo Fernando
Lugo à Presidência, em 2009, parecia ter marcado uma mudança decisiva nos rumos
do Paraguai. Isso porque, além de quebrar a longa hegemonia dos colorados, Lugo foi
o primeiro presidente “de esquerda” e ligado aos movimentos sociais,
particularmente aos sem-terras, a ser eleito no país. Sua plataforma política
previa uma reforma agrária e a renegociação dos preços da </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">energia gerada por Itaipu com
o Brasil. Para vencer, Lugo teve que aliar-se aos liberais, adversários
históricos dos colorados e o outro braço da oligarquia latifundiária paraguaia.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A condução dessa aliança com os liberais foi inepta, pois alienou o apoio dos trabalhadores ao
mesmo tempo em que bloqueou a possibilidade de reformas. Os conflitos sociais
aumentaram e, no ano passado, um deles resultou no assassinato de 11 camponeses
numa ação repressiva. Aproveitando o cenário de instabilidade, os
liberais e os oviedistas (dissidentes colorados) articularam um <i>impeachment</i> e derrubaram Lugo. O
presidente foi acusado de responsabilidade pelos conflitos e teve duas horas para se defender. Nada menos do que um golpe constitucional.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Do ponto de vista
geopolítico, no entanto, a eleição de Cartes representa um avanço. Isso porque,
com o golpe contra Lugo, o Paraguai tinha sido afastado do Mercosul e da Unasul
e estava isolado na América do Sul. O país ameaçava inclusive estabelecer
acordos unilaterais de livre comércio. Agora, o futuro presidente já acena com
a volta do Paraguai ao clube sul-americano. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPkw8ObAW7V-ZuZeQ8rMsRlUHc1727RpMIOdqTAKxzuwYbiO3EyP8pffciS5WpATaZ65JBfo9CXtk2jEV1jGCBaKE2fxYwsrYWjMoGLaXSqSNCBzmJ1DSF4OPweTti7aWctzsfDb8uJXs/s1600/stroessner.gif" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPkw8ObAW7V-ZuZeQ8rMsRlUHc1727RpMIOdqTAKxzuwYbiO3EyP8pffciS5WpATaZ65JBfo9CXtk2jEV1jGCBaKE2fxYwsrYWjMoGLaXSqSNCBzmJ1DSF4OPweTti7aWctzsfDb8uJXs/s400/stroessner.gif" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O general ditador Alfredo Stroessner </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Ironicamente, as relações do
Brasil com o Paraguai sempre foram melhores com os colorados no poder. O
próprio partido nasceu no século XIX com o apoio da diplomacia brasileira para
contrabalançar a influência da Argentina, que tinha o apoio do Partido Liberal.
As relações entre Brasil e Paraguai foram de vento em popa sob a ditadura do
general Alfredo Stroessner (1954-1989). De acordo com o professor Moniz
Bandeira, “a amizade com o Brasil constituía fundamento da política exterior do
Paraguai, onde o Partido Colorado, fomentando internamente o nacionalismo
contra a supremacia de Buenos Aires, a ela recorria como esteio para eventuais
pressões quer contra a Argentina quer até mesmo contra os EUA” (<i>Brasil, Argentina e Estados Unidos –
Conflito e Integração na América do Sul (Da Tríplice Aliança ao Mercosul</i><span style="color: #333333;">).</span><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-44818544957489003202013-04-22T18:33:00.003-07:002013-04-23T09:39:57.507-07:00O HORROR DA GUERRA QUÍMICA <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCadkGkVbOV9DjT9Wtewwl3PSesgx8anhhO6udnd3HhMYZ7YY0TrOtb0Ti9AwYvdjL8V6dsXTsLg2EgNKuXK0Q0D677f6OpbDDBpq_ciYQmFCJJSHR-_YjQw_D16zhyphenhyphen3holFKROGjNMsc/s1600/qu%C3%ADmica.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="251" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCadkGkVbOV9DjT9Wtewwl3PSesgx8anhhO6udnd3HhMYZ7YY0TrOtb0Ti9AwYvdjL8V6dsXTsLg2EgNKuXK0Q0D677f6OpbDDBpq_ciYQmFCJJSHR-_YjQw_D16zhyphenhyphen3holFKROGjNMsc/s400/qu%C3%ADmica.jpg" width="400" /></a><span style="letter-spacing: 0pt;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A pequena cidade de Yprès, na Bélgica, sofreu as
conseqüências da Primeira Guerra Mundial pela primeira vez quando britânicos e
alemães se enfrentaram em 1914 e o resultado foi um massacre das tropas alemãs
pelos britânicos. Em 22 de abril de 1915 os alemães voltaram ao campo de
batalha, desta vez contra franceses e canadenses, e lançaram toneladas de gás
venenoso contra as tropas inimigas. Depois de um intenso bombardeio, uma nuvem
cinza-esverdeada começou a viajar das trincheiras alemãs em direção aos aliados.</span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusQeKdHhR93LB241GdX5b45inomNOsB15aRdiWOwuvbRlD7uiQH-0P9Rky_eg-Ge92OFtOZOLLR7DSNmyt-A0Ea0QEGglgg1VQWUPsSKJz065cMRtKETiAowlXK7f5txT2jzBjk6GQqo/s1600/qu%C3%ADmica+III.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="255" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhusQeKdHhR93LB241GdX5b45inomNOsB15aRdiWOwuvbRlD7uiQH-0P9Rky_eg-Ge92OFtOZOLLR7DSNmyt-A0Ea0QEGglgg1VQWUPsSKJz065cMRtKETiAowlXK7f5txT2jzBjk6GQqo/s400/qu%C3%ADmica+III.jpg" width="400" /></a><span style="letter-spacing: 0pt; position: relative; top: 0pt;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O pânico se instaurou entre os
soldados aliados. Desesperados, com as mãos na garganta, cambaleantes, eles tossiam
<st1:personname productid="em retirada. Dos" w:st="on">em retirada. Dos</st1:personname>
dez mil soldados aliados que defendiam Ypres, cinco mil morreram em dez minutos
pelo efeito asfixiante do gás, que mata ao forçar os pulmões a produzir fluidos
suficientes para afogar a vítima. Outros dois mil soldados foram capturados
pelos alemães. Foi a primeira vez que armas químicas foram usadas numa guerra,
no que ficaria conhecido como Segunda Batalha de Ypres.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRq1OlwBwfbqdwG0ppzP9qbmsfdNxRyrN5yRdQy21lCSQhhv9_cwcaETdSReimF4kwn5MnyUtbyeW9KuBuMW-sNOLGsWPDuQaZADl__scFcBZT49izDTQtuRXKrVaX-u-cyfg_gRHJioo/s1600/quimica+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgRq1OlwBwfbqdwG0ppzP9qbmsfdNxRyrN5yRdQy21lCSQhhv9_cwcaETdSReimF4kwn5MnyUtbyeW9KuBuMW-sNOLGsWPDuQaZADl__scFcBZT49izDTQtuRXKrVaX-u-cyfg_gRHJioo/s400/quimica+II.jpg" width="400" /></a><span style="letter-spacing: 0pt; position: relative; top: 0pt;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Logo após o ataque alemão, a França e
o Reino Unido começaram a desenvolver suas próprias armas químicas e máscaras
de gás. Os gás mostarda, desenvolvido pelos alemães em 1917, cobria a pele de
bolhas e afetavam olhos e pulmões, matando lentamente milhares de soldados.<o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Os Estados Unidos, que entraram na Primeira Guerra
Mundial em 1917, também desenvolveram e utilizaram armamento químico. No total,
mais de cem mil toneladas de agentes químicos foram despejadas na guerra, cerca
de 500 mil soldados foram feridos e cerca de 30 mil mortos.<span style="letter-spacing: 0pt; position: relative; top: 0pt;"><o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: white; margin-bottom: 11.25pt;">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_eUINinw75E0oTQZ2S3Ymyo2LMsQPE3Fn-3w7p64OfWlFSV7UnUOP0D3Z2JqUSjv1E36c65B-z6pTWnfgeJiPWrSXdNpdYvADHKAeJ-ypl8Q9d12qYKhDbIUmVOjGS9ASrFkzcLm09FY/s1600/abyssinia.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="271" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh_eUINinw75E0oTQZ2S3Ymyo2LMsQPE3Fn-3w7p64OfWlFSV7UnUOP0D3Z2JqUSjv1E36c65B-z6pTWnfgeJiPWrSXdNpdYvADHKAeJ-ypl8Q9d12qYKhDbIUmVOjGS9ASrFkzcLm09FY/s400/abyssinia.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Italianos na Abissínia (atual Etiópia) em 1936</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em 1925, o Protocolo de Genebra
baniu o emprego das armas químicas em conflitos armados, mas não proibiu seu
desenvolvimento e armazenagem. A maioria das grandes potências formou reservas
de armas químicas. Nos anos <st1:metricconverter productid="1930, a" w:st="on">1930,
a</st1:metricconverter> Itália empregou gases venenosos contra os etíopes da Abissínia
e o Japão usou armas químicas contra a China. Na Segunda Guerra Mundial não houve
guerra química, porque os beligerentes tinham tanto a</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">s armas quanto as suas
defesas. Mas a Alemanha nazista usou Zyklon B para exterminar milhões em suas câmaras
de gás.</span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Nos anos 1980, durante a Guerra Irã-Iraque, o Iraque usou gás mostarda contra os iranianos e contra a própria comunidade curda. </span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-6299818220262125552013-04-19T16:05:00.001-07:002013-04-19T17:39:50.321-07:00GRAMSCI PRECISARIA ESCREVER AS "CARTAS DO TÚMULO'"<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS7JkOyIuM3EJA0IRSmw7uEeG2tTv0gvvkX5Zb3ZbiE_A2K09zF5AMr49uhwUJX6XVUYNl8s4L35Y67Cb5aYMGAHhNsLZbrhGDc5z9eWaVd7XfSgkI8lkzrXWf1KNz7PasPfpCPm8SHtA/s1600/napa.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjS7JkOyIuM3EJA0IRSmw7uEeG2tTv0gvvkX5Zb3ZbiE_A2K09zF5AMr49uhwUJX6XVUYNl8s4L35Y67Cb5aYMGAHhNsLZbrhGDc5z9eWaVd7XfSgkI8lkzrXWf1KNz7PasPfpCPm8SHtA/s320/napa.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O presidente Giorgio Napolitano</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">A eleição do próximo
presidente da República italiano, que é indireta (feita pelo Parlamento), está mostrando
duas coisas: 1) Tornou-se mais complicada do que um Conclave para eleger o bispo
de Roma; e 2) A esquerda italiana não precisa de adversários; suas divisões
internas bastam.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A sucessão do presidente
Giorgio Napolitano tem de ser realizada mesmo na falta de um governo, já que
ninguém conseguiu formar um gabinete depois das eleições gerais de março. Para
ganhar, o candidato tem que conquistar 2/3 dos 1.007 eleitores (630 deputados, 319
senadores e 58 delegados regionais) em uma das primeiras três rodadas. A partir
da quarta, basta conseguir a maioria simples para se eleger o presidente da República.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSvjhUSwSFMfj80qV28AXlgfij_3yqXbh7X3gGPEhNUTG62_MyEk61BWUloUNzwFAkpkH0lTnGb2JJnr9jUKxhF-vNmhsev1luJwq-jQ-OyGN4Q56mlbaTPDbLKXwZiFOIGd8epUTyNgA/s1600/italia+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="211" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjSvjhUSwSFMfj80qV28AXlgfij_3yqXbh7X3gGPEhNUTG62_MyEk61BWUloUNzwFAkpkH0lTnGb2JJnr9jUKxhF-vNmhsev1luJwq-jQ-OyGN4Q56mlbaTPDbLKXwZiFOIGd8epUTyNgA/s400/italia+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O ex-dirigente do PD Pierluigi Bersani</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Pois bem: Pierluigi Bersani,
líder do Partido Democrático, sucessor do outrora poderoso Partido Comunista
Italiano, tentou emplacar a candidatura do ex-sindicalista católico Franco
Marini. Para tanto, buscou o apoio do arqui-inimigo da esquerda, o ex-premiê
Silvio Berlusconi, líder do Popolo della Libertà (PdL), além do premiê interino
Mario Monti. O comediante Beppe Grillo, do Movimento 5 estrelas, apoiou o nome
do jurista Stefano Rodotà. As três primeiras rodadas não produziram nenhum
vitorioso, já que muitos parlamentares do PD se recusaram a votar em Marini em
protesto contra o acordo com Berlusconi. Fracassada a primeira tentativa do PD,
este se voltou, na quarta rodada, para o ex-premiê Romano Prodi, detestado por
Berlusconi e por sua coalizão de direita. A deputada Alessandra Mussolini, neta
do ex-ditador fascista, exprimiu essa irritação ao aparecer em plenário vestida
com uma camiseta: “o diabo veste Prodi”...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVn7A_tR6ROc5xcSH3UFsw4dwG5frE8QyHSYhNrFEcSh7VUUL7Rth5zdHUa1xF2grBj3B_cTKpO0s2YsDzNhOUkroxymVsMGQI6d0wgJcUYmsgCfwnU7tsBW437UnJMaBaMNH6qFK36GU/s1600/italia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgVn7A_tR6ROc5xcSH3UFsw4dwG5frE8QyHSYhNrFEcSh7VUUL7Rth5zdHUa1xF2grBj3B_cTKpO0s2YsDzNhOUkroxymVsMGQI6d0wgJcUYmsgCfwnU7tsBW437UnJMaBaMNH6qFK36GU/s400/italia.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A neofascista Alessandra Mussolini: "O diabo veste Prodi"</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas a eleição do “professore” parecia barbada, já que o PD e seus aliados do SEL (Esquerda, Ecologia e
Liberdade) tinham 496 votos, oito a menos que a maioria simples. Só que a direita não
precisou fazer força, já que 101 deputados do bloco de centro-esquerda votaram
contra Prodi.</span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Humilhado, Bersani pediu demissão da liderança do PD nesta
sexta-feira. E a esquerda italiana, que já teve dirigentes do porte de Palmiro
Togliatti, Luigi Longo e Enrico Berlinguer, está acéfala. O próximo passo
do PD é reapresentar a candidatura de Prodi, buscando votos da Escolha Cívica,
ligada aos católicos, ou indicar o ex-premiê Massimo D’Alema, do PD, um oportunista
sem coluna vertebral, que no passado manobrou para derrubar o premiê Romano
Prodi e hoje teria o apoio de Berlusconi.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmyhIT3kv8SDRTJPCf9Da0kpu93JP10oZBLLBHTcDhm-66QEBxS53Du5lq0ZUw7kz8Qp-OwYc1R6tCmOwBHVR-0dcENfafHInP2I_IxVoKSnnssdjDS_VYhi8skBJNt2v7EV0-UPDay0k/s1600/gramsci.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmyhIT3kv8SDRTJPCf9Da0kpu93JP10oZBLLBHTcDhm-66QEBxS53Du5lq0ZUw7kz8Qp-OwYc1R6tCmOwBHVR-0dcENfafHInP2I_IxVoKSnnssdjDS_VYhi8skBJNt2v7EV0-UPDay0k/s1600/gramsci.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Antonio Gramsci</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Quando estava preso nas
masmorras do fascismo, Antonio Gramsci, fundador do PCI, escreveu as Cartas do
Cárcere, em que analisava a história italiana e elaborava a estratégia e a tática
para combater o fascismo e preparar a revolução socialista. Seu legado foi responsável pela construção do maior e mais dinâmico Partido Comunista do Ocidente. Talvez agora, face à
falta de rumos da esquerda italiana, ele possa escrever as Cartas do Túmulo
para orientá-la... </span><span style="font-size: medium;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-27922257733838499932013-04-18T14:20:00.004-07:002013-04-18T14:30:51.503-07:00EM DIREÇÃO CONTRÁRIA E OBSTINADA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgripoTdnvrgbnTqqIC10uB9yYMMPiTWhG4Rt65_j6XtzQNGgGMC3bOOpjZd1BAwknDQQUMm-dOgN-PX9buM7ZsHqP2O8kSofb3vH1XVPjAVh9h5hiXZ06vZ-L3xnxwz6X2-REGVRdhTTE/s1600/freire.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgripoTdnvrgbnTqqIC10uB9yYMMPiTWhG4Rt65_j6XtzQNGgGMC3bOOpjZd1BAwknDQQUMm-dOgN-PX9buM7ZsHqP2O8kSofb3vH1XVPjAVh9h5hiXZ06vZ-L3xnxwz6X2-REGVRdhTTE/s400/freire.jpg" width="290" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Roberto Freire, o coveiro</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A fusão do PPS (antigo
partidão) com o PMN, com o nome orwelliano de Mobilização Democrática, é o
último prego no caixão do que um dia foi a maior organização de massas da
esquerda brasileira. Roberto Freire, essa execrável figura, é, com todos os
títulos, o grande coveiro do partidão, que nasceu revolucionário, virou
tenentista, ficou reformista, centrista, transformista (no sentido sociológico
do termo) e, finalmente, desacaradamente direitista. Essa trajetória do partidão
é tão desavergonhada que lembra aquela canção do compositor italiano Fabrizio de André, <i>En direzione ostinata e contraria</i> (Em
direção obstinada e contrária), só que no sentido de caminhar celeremente na
direção oposta às suas origens. </span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLd1iALgnlur1wKu175Skb6jGq5Fh0Eply7FSKVEx0Jc78HxlzuDKZC95AQ0CFmSYGbCCMV0liaCbahlM-YrNLMBb7vWrwY3uPatj25SvtHaDzggP-5nFjDGdIPEY_SW0odR_xYpJ9ZA/s1600/PCB.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="313" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjMLd1iALgnlur1wKu175Skb6jGq5Fh0Eply7FSKVEx0Jc78HxlzuDKZC95AQ0CFmSYGbCCMV0liaCbahlM-YrNLMBb7vWrwY3uPatj25SvtHaDzggP-5nFjDGdIPEY_SW0odR_xYpJ9ZA/s400/PCB.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A quartelada de 1935: a ilusão armada do PCB</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O Partido Comunista do Brasil
(PCB) nasce em 1922, como seção brasileira da Internacional Comunista (IC).
Suas origens eram anarco-sindicalistas, mas logo o partido se adapta às “21
condições” da IC bolchevique. Sob o comando do ex-capitão Luís Carlos Prestes e com o apoio de Moscou, o partidão cai na ilusão do positivismo fardado, acreditando que poderia tomar o poder só com o apoio dos quartéis. Paga caríssimo com a
repressão que recai sobre seus quadros depois da tentativa de assalto ao poder em 1935. Na Conferência da
Mantiqueira, em 1943, <st1:personname productid="em pleno Estado Novo" w:st="on"><st1:personname productid="em pleno Estado" w:st="on">em pleno Estado</st1:personname> Novo</st1:personname>,
o PCB apóia a entrada do Brasil na II Guerra ao lado dos aliados. Os
comunistas têm a sabedoria de se aliar a Getúlio Vargas em 1945, no episódio do
“queremismo”, quando percebem que a direita conspirava para </span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">derrubá-lo.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtADHPMwIBdHHY5jdxAyBcxhETKSxCkzdU9gZUQnCqpT72-tE-oEoh2-U2iKRt31geYtpR5gPd692oMTSCVc4Y9E7TpNBc5hS3AXoudajcA_FiQbyoUevJS25RnNtlNdDJwRu8glaPa4Y/s1600/PCB+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjtADHPMwIBdHHY5jdxAyBcxhETKSxCkzdU9gZUQnCqpT72-tE-oEoh2-U2iKRt31geYtpR5gPd692oMTSCVc4Y9E7TpNBc5hS3AXoudajcA_FiQbyoUevJS25RnNtlNdDJwRu8glaPa4Y/s400/PCB+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Parte da bancada comunista de 1946: Marighella, Prestes e Gregório Bezerra </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O partido conhece o apogeu
entre 1945 e 1964. Nas eleições de 1945, o PCB elege 14 deputados federais –
entre os quais Carlos Marighella e Jorge Amado – e um senador (Prestes),tendo a bancada mais aguerrida do Congresso. Com os registros e os
parlamentares cassados em 1947, o partidão faz uma desastrada guinada esquerdista,
que o impede de ver a conspiração direitista contra Getúlio Vargas em 1954. Mas
no período o PCB comanda grandes movimentos de massa, como a greve dos 300 mil <st1:personname productid="em São Paulo" w:st="on">em São Paulo</st1:personname> em 1953, organizada
por Carlos Marighella. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqoy93zSjoZVxmmmgRS2juIlETdmgg3AR1Guh6uoOEtt7sxeA7gwwVfEMxL7WqQYPFKLPdQbFs06Wg3RuK9wkRG08Vq5TRE6iovKL89KoargTwuYCffI_F_CVxcjAjTEQWwL0MSfrcfUo/s1600/pcb+III.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqoy93zSjoZVxmmmgRS2juIlETdmgg3AR1Guh6uoOEtt7sxeA7gwwVfEMxL7WqQYPFKLPdQbFs06Wg3RuK9wkRG08Vq5TRE6iovKL89KoargTwuYCffI_F_CVxcjAjTEQWwL0MSfrcfUo/s400/pcb+III.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Manifestação pelas reformas de base com apoio do PCB</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em 1958, com a Declaração de
Março, o PCB acompanha os ventos da desestalinização e adota a tese de
“revolução democrática e nacional”, apoiando alianças com setores
“progressistas” da burguesia. O V Congresso muda o nome do partido para Partido
Comunista <u>Brasileiro</u>, com vistas à legalização. O partidão apóia o
governo de João Goulart e as reformas de base, mas comete o erro de apostar no
“dispositivo militar” de Jango para deter a conspiração dos conservadores. O golpe de
1964 marca o ocaso do PCB como organização significativa da esquerda
brasileira. De seu ventre surgem inúmeras organizações (entre elas a ALN e o
PCBR) que criticam o oportunismo e partem para a luta armada. Em 1968 o PCB
apóia a invasão da Tchecoslováquia pelas tropas do Pacto de Varsóvia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPg1XmwYPOxN83ZMFpnNVpmxbL5uXre83jDGGKAkBbHzyk-uNGPsytDB6Dh7a58rvi1ZKJLHi1gaAhm20ki_KGS6xRaHL-uQkVx3_o1m3NhL5vrJ9nR_ZiHlnKfKvJ_KGa-5LaUVJBAKs/s1600/david+capistrano.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjPg1XmwYPOxN83ZMFpnNVpmxbL5uXre83jDGGKAkBbHzyk-uNGPsytDB6Dh7a58rvi1ZKJLHi1gaAhm20ki_KGS6xRaHL-uQkVx3_o1m3NhL5vrJ9nR_ZiHlnKfKvJ_KGa-5LaUVJBAKs/s320/david+capistrano.jpg" width="227" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">David Capistrado, assassinado em 75</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Apesar de condenar a oposição
armada à ditadura, o PCB não se vê livre da repressão: em 1975, vários
dirigentes são assassinados, entre eles David Capistrano. Em 1979, vem a
anistia e os comunistas voltam à luz do dia. Luis Carlos Prestes, o líder
histórico, rompe com o partido em 1980. Um setor mais esclarecido, identificado
com os eurocomunistas (Armênio Guedes, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho),
sai do partidão em 1982, depois do golpe do general Jaruzelski na
Polônia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"> <o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTiGkyLKLS8iwuHZXcwGQD5OPq8ZBqQIk-P4FXhUigi1l9Daiio1KPkOt8xdUbC784mOAZlIanApftTu6mEqXvv-CFrZl-1iF1x0X0PPcRoCXyqvF513AHHqWnArVPBFX9MXn5uJbnQIw/s1600/prestes.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="237" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiTiGkyLKLS8iwuHZXcwGQD5OPq8ZBqQIk-P4FXhUigi1l9Daiio1KPkOt8xdUbC784mOAZlIanApftTu6mEqXvv-CFrZl-1iF1x0X0PPcRoCXyqvF513AHHqWnArVPBFX9MXn5uJbnQIw/s400/prestes.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O retorno de Luís Carlos Prestes, em 1979</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em 1985, o PCB finalmente
reconquista a legalidade. Neste período, muitos de seus membros já estavam
debandando descaradamente para as fileiras da direita, alguns virando
malufistas, como os ex-dirigentes sindicais Hércules Corrêa e Jarbas de Holanda;
o ex-deputado Luís Tenório de Lima e o jornalista Rodolfo Konder. Em janeiro de
1992, no X Congresso, seguindo uma tendência mundial depois do colapso da URSS,
o PCB vira Partido Popular Socialista (PPS).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Sob o comando de Roberto
Freire, o PPS inicia a marcha inexorável à direita. O partido apóia o impeachment
de Collor e o governo Itamar Franco (Freire foi o líder do governo) e em 1994,
apóia o PT contra FHC, mas logo em seguida se aproxima do tucano. Raul
Jungmann, do PPS, vira ministro da Reforma Agrária. Em 2002 o PPS apóia Lula,
mas deixa a base governista em 2005. De lá para cá, os ex-comunistas se tornam
virulentamente antipetistas, defendendo inclusive a violenta guinada à direita
da campanha de José Serra à presidência em 2010.<o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja1ud0vhJTk11sNGnKRnFU-2WrvZpQEVq2N4dOAQAhX2KbkmAqUKv7Frq7OCNmezDGjfmBXgvFYtaz9pBhyXqVhmfbbd5Lg0CqOfE94qilpf89HZNCF_4nmofs3ZcKqBUdaTC01NYJgC4/s1600/FerreiraGullar.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="213" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEja1ud0vhJTk11sNGnKRnFU-2WrvZpQEVq2N4dOAQAhX2KbkmAqUKv7Frq7OCNmezDGjfmBXgvFYtaz9pBhyXqVhmfbbd5Lg0CqOfE94qilpf89HZNCF_4nmofs3ZcKqBUdaTC01NYJgC4/s320/FerreiraGullar.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Ferreira Gullar, o stalinista da direita </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Hoje, não há nada mais conservador
e patético do que as cantilenas arquirreacionárias de ex-comunistas
arrependidos, como Arnaldo Jabor ou Ferreira Gullar. Triste fim de Policarpo
Quaresma... </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-74750545523537988352013-04-18T14:08:00.004-07:002013-04-18T14:10:28.790-07:00O LOBBY DAS ARMAS DERROTA OBAMA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgopnFE7NMO8hFZRm8ItnGtL7gianq4Jg0vVmS0nHIukRZPFeESR2rD38U56x112f2AV0EPnKMVvSuXmOD_MBlMvjc7Py9p43rS5kzhvxHabVOp1ddqjAJmsqPJt3Fvb4SxzIBykDRyUNQ/s1600/Obama+NRA.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgopnFE7NMO8hFZRm8ItnGtL7gianq4Jg0vVmS0nHIukRZPFeESR2rD38U56x112f2AV0EPnKMVvSuXmOD_MBlMvjc7Py9p43rS5kzhvxHabVOp1ddqjAJmsqPJt3Fvb4SxzIBykDRyUNQ/s400/Obama+NRA.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O presidente Barack Obama assina projetos para controlar armas</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">O poderoso lobby das armas
dos Estados Unidos representado pelo NRA (National Rifle Association) ganhou
mais uma. A proposta do presidente Barack Obama de expandir a checagem de
compradores de armas, de modo a vedar o acesso a elas por meio da internet a criminosos
e doentes mentais, e de proibir a venda de fuzis de assalto e carregadores de
alta capacidade não teve votos suficientes e foi derrotada no Senado, onde os
democratas têm maioria de um voto. A proposta teve 54 votos favoráveis e 46
contrários; para que a restrição fosse aprovada, seriam necessários 60 votos. Cinco
democratas votaram contra o projeto apoiado pelo presidente.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">“Este foi um dia bem
vergonhoso para Washington”, disse Obama, ecoando o “Dia da Infâmia” de
Franklin Roosevelt, em dezembro de 1941, quando os japoneses atacaram a base americana
de Pearl Harbour, no Pacífico. “Eles estavam preocupados que o lobby das armas
gastasse muito dinheiro retratando-os como contrários à Segunda Emenda”, disse
o presidente em referência aos democratas que votaram contra o projeto. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A votação representou uma
derrota fragorosa para Obama, que fez desse tema uma das prioridades de seu
segundo mandato depois do massacre na cidade de Newtown, em dezembro último,
quando 20 crianças e um adulto foram mortos em uma escola. As pesquisas mostram
que cerca entre 80% e 90% da população defendem a restrição proposta pela Casa
Branca. Apoiando nesses dados, Obama apelou à mobilização para impedir que a
minoria impusesse seus pontos de vista à ampla maioria da população.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisXGRibkgdC2eqstE1GM7Y8-v5iz5pAbD4L4SXAkin7eem3LO0Tzy36LCbalJJaj7SapyLdqASRgIfoKIfX655qL9iQLCRdRSTo9M9mRo20ELvqzimcOeIUBl_DF0Q-vaGjQNoeExe5N4/s1600/NRA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisXGRibkgdC2eqstE1GM7Y8-v5iz5pAbD4L4SXAkin7eem3LO0Tzy36LCbalJJaj7SapyLdqASRgIfoKIfX655qL9iQLCRdRSTo9M9mRo20ELvqzimcOeIUBl_DF0Q-vaGjQNoeExe5N4/s400/NRA.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Propaganda da NRA comparando limitadores de armas a ditadores</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Se
aqui no Brasil temos a “bancada da bala”, ela é brincadeira de criança perto da
NRA. Fundada em 1871 <st1:personname productid="em Nova York" w:st="on">em Nova
York</st1:personname>, a NRA teve até hoje oito presidentes e ex-presidentes
como membros vitalícios: Ulysses S. Grant, Theodore Roosevelt, William Taft,
Dwight Eisenhower, Johnn Kennedy (o único democrata), Richard
M. Nixon, Ronald Reagan e George H.W. Bush. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="line-height: 15.0pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Apesar
disso, a NRA não apoiou candidatos presidenciais até 1980, quando fez campanha aberta
para Ronald Reagan contra Jimmy Carter. Nas eleições do ano passado, a NRA
contribuiu para republicanos e democratas numa proporção de 6 para 1. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp6419352BtC10GgtwrMC-EjJOHOweHFVwu3tjjyTGV_UiQMq6sjGkgDs5bAGIaJ7u4iEaAgZXTDHwQ0L8UzeXdT_c14JGskHou8d2c8AShTURoCRGynTcQKR3mEVb65raD4og0jYX_TA/s1600/NRA+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="224" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhp6419352BtC10GgtwrMC-EjJOHOweHFVwu3tjjyTGV_UiQMq6sjGkgDs5bAGIaJ7u4iEaAgZXTDHwQ0L8UzeXdT_c14JGskHou8d2c8AShTURoCRGynTcQKR3mEVb65raD4og0jYX_TA/s400/NRA+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Outra propaganda da NRA chamando Obama de "elitista hipócrita"</td></tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Os métodos de persuasão da NRA não são
primários; ao contrário, alguns são intelectualmente sofisticados. Uma de suas
peças publicitárias compara a tentativa do Estado americano de controlar as
armas de seus cidadãos a iniciativas de regimes totalitários. Eles lembram que,
em 1935, Adolf Hitler se vangloriava de que a Alemanha se tornara a primeira
nação civilizada a ter um registro total das armas. O texto subliminar é o
seguinte: o registro de armas levou ao Holocausto; os nazistas desarmaram os
cidadãos, principalmente judeus, para depois mandá-los para as câmaras de gás.<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-bqG8j3OFknKqumshyphenhyphenWx2TSvorvhtSwVe0hJJe81BOFeTlr-8j6qLRShpzX4SE7HVS_ZM3A1rNj4UR7zdDGJtGoWyMzb2sNDNFsghRLFZHs9KeLe9tVqnhiEUA2FE3Y-mTclVUCwPYQ/s1600/obama.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="240" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhC-bqG8j3OFknKqumshyphenhyphenWx2TSvorvhtSwVe0hJJe81BOFeTlr-8j6qLRShpzX4SE7HVS_ZM3A1rNj4UR7zdDGJtGoWyMzb2sNDNFsghRLFZHs9KeLe9tVqnhiEUA2FE3Y-mTclVUCwPYQ/s320/obama.jpg" width="320" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Obama e suas duas filhas, alvos do NRA</td></tr>
</tbody></table>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">É evidente que comparar controle de armas
de regime totalitário com o de uma democracia é pura má-fé. Mas o NRA não fala
sozinho: apesar do apoio maciço dos cidadãos à modesta proposta de Obama, é
pouco provável que os americanos abandonem seu fascínio pelas armas. Existem no
país nada menos que 300 milhões de armas. Um massacre de inocentes, como em
Newtown, provoca um surto temporário de indignação nacional. Mas é nuvem
passageira. O NRA toca no fundo da alma americana quando chama Obama de
“elitista hipócrita” porque agentes armados do serviço secreto protegem suas
filhas. “As filhas do presidente são mais importantes do que seus filhos”,
provoca uma propaganda da NRA. <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"> <o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"></span></div>
<br />
<br />
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O vídeo da NRA que acusa Obama de
“elitista hipócrita”<o:p></o:p></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/zKLA3BODXr0" width="560"></iframe><o:p></o:p></span></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">E o
video da organização <i>Moms demands Action
for Gun Sense in <st1:country-region w:st="on"><st1:place w:st="on">America</st1:place></st1:country-region><o:p></o:p></i></span></span></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<br /></div>
<div style="line-height: 15.0pt; margin-bottom: .0001pt; margin: 0cm;">
<span lang="EN-US"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/qFH1MtYhszs" width="560"></iframe></span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-21510508629638166632013-04-17T15:05:00.004-07:002013-04-17T15:09:48.106-07:00MEMÓRIAS DO EXÍLIO NO CHILE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div style="text-align: right;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivilCdETt_dUb5Gheo6HRckewgB11kx8b7t1x3m1bc1X39zPiCpowYSpKB57bRiQJxUFdlSLmes1ADTXHewhw-bW6jReFiMLlmO8XHsYmuQ-yqVNjeGQ6NpRnqhKGAlZoGH7zW51hgnN8/s1600/chile+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="276" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivilCdETt_dUb5Gheo6HRckewgB11kx8b7t1x3m1bc1X39zPiCpowYSpKB57bRiQJxUFdlSLmes1ADTXHewhw-bW6jReFiMLlmO8XHsYmuQ-yqVNjeGQ6NpRnqhKGAlZoGH7zW51hgnN8/s400/chile+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Presos políticos brasileiros embarcam para Santiago do Chile em 1970</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">Este é um documentário histórico,
feito por Pedro Chaskel em 1971 no Chile, então governado pelo presidente
socialista Salvador Allende. O filme mostra depoimentos de exilados brasileiros
denunciando as torturas que sofreram nas mãos dos agentes da repressão política.
A maioria desses exilados foi libertada da prisão graças aos seqüestros de
diplomatas estrangeiros feitos por grupos da resistência armada. Um deles é o
ex-operário Roque Aparecido da Silva, integrante da VPR (Vanguarda Popular
Revolucionária), meu ex-professor na Sociologia.</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Foi uma época tenebrosa, em
que a tortura e o assassinato corriam soltos nas masmorras do regime, enquanto
o país vivia narcotizado pela conquista do tricampeonato mundial de futebol, em
1970, e pelas altas taxas de crescimento econômico do chamado “milagre
brasileiro”. Naquela época sombria, falar sobre ditadura, as torturas ou
simplesmente ler livros ou jornais “subversivos” era passível de prisão. Ninguém
podia confiar em ninguém; seu amigo da empresa poderia ser um tira do DOPS
infiltrado.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhorQFmRze7rPxPWVTR2rl06sNvQ9H630MagcmDkhtf_qttui1v9JEawAW2SQ5UzRxzGAx4upAcPlSljr6Z0VbT-Hrx48u_WW4gMlWx4JwAVJLMTxo2mtQ58V8waUoOqF7JiYsmk0zVWqM/s1600/allende.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhorQFmRze7rPxPWVTR2rl06sNvQ9H630MagcmDkhtf_qttui1v9JEawAW2SQ5UzRxzGAx4upAcPlSljr6Z0VbT-Hrx48u_WW4gMlWx4JwAVJLMTxo2mtQ58V8waUoOqF7JiYsmk0zVWqM/s320/allende.jpg" width="214" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Allende sob o olhar de Pinochet</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Enquanto isso, a direita
chilena e o governo americano conspiravam para derrubar o governo da Unidade
Popular, o que ocorreria efetivamente a <st1:date day="11" ls="trans" month="9" w:st="on" year="1973">11 de setembro de 1973</st1:date>. Logo depois disso, o
governo brasileiro despachou agentes para Santiago para ajudar a capturar exilados
brasileiros e, posteriormente, ensinar aos chilenos métodos de tortura e
interrogatório.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt; mso-ansi-language: EN-US;"> <span lang="EN-US"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/fq6bKokg7iI" width="420"></iframe><o:p></o:p></span></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-69047463104299469762013-04-17T09:52:00.001-07:002013-04-17T09:56:21.434-07:00O LEVANTE CONTRA A INFÂMIA <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibtOn-nCuprjhtj8LMryZ6UB0girfiQ3A2UcIaFxa8EIozXKLImkfA7xktJ98eGo8xzFEetWFqy1d_DgWpwbe9nuBqfG1cW76uRIpb5gMxtsi7FkVQwG0z7oJK464La46fDTTMaA4fujE/s1600/gueto.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="268" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEibtOn-nCuprjhtj8LMryZ6UB0girfiQ3A2UcIaFxa8EIozXKLImkfA7xktJ98eGo8xzFEetWFqy1d_DgWpwbe9nuBqfG1cW76uRIpb5gMxtsi7FkVQwG0z7oJK464La46fDTTMaA4fujE/s400/gueto.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Outra
efeméride: há 70 anos, guerrilheiros judeus do Gueto de Varsóvia iniciaram uma luta
gloriosa, mas sem esperança, contra a barbárie nazista, escrevendo uma das mais
belas páginas da resistência à tirania. No início de 1943, dos 380 mil judeus
que foram confinados pelos nazistas no Gueto de Varsóvia, 300 mil já tinham
sido deportados para o campo de extermínio de Treblinka, a 100 km de Varsóvia. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYVrkCeKlWR_GX68s9fUF83xqf_P4Km7FavU6CfL3SCPaeEDxGePIu2d3srk6BUSMbfXca1h4iNQGbAKSyfANlbNcZNKVixTUtIfV41BWt4abmoXcYlAyfWTKs81ATwYLqWJFFTQ3wQdo/s1600/guetto.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="font-size: large;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYVrkCeKlWR_GX68s9fUF83xqf_P4Km7FavU6CfL3SCPaeEDxGePIu2d3srk6BUSMbfXca1h4iNQGbAKSyfANlbNcZNKVixTUtIfV41BWt4abmoXcYlAyfWTKs81ATwYLqWJFFTQ3wQdo/s1600/guetto.jpg" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="font-size: large;">Guerrilheiros da ZOB</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Era o início da Solução
Final, cujo objetivo era eliminar </span></span><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">todos os judeus europeus de forma sistemática
e industrial. Grupos sionistas, Bund (esquerda judaica antissionista) e
militantes comunistas organizaram a Organização Combatente Judaica (das
iniciais ZOB em polonês), liderada por Modercai Anielewicz, de apenas 23 anos. O ZOB, porém, não
tinha nenhuma ilusão e seu objetivo era simbólico: fazer com que os judeus
morressem lutando contra os nazistas, não em campos de extermínio.</span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBqF78SnCR5CPZqldOjbZ2V3FWUGku7MPSv1LdrWl-E0HkuKKC4xizLz5AtihPfFHMJSY6vcjagRGBEgCvd0S6PyKyCOMDka_s3WNBy6XidTTLGM7QzjFIg0qNi_5MznaPyjb-m5Ov3bs/s1600/guetto+III.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-size: large;"><img border="0" height="247" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgBqF78SnCR5CPZqldOjbZ2V3FWUGku7MPSv1LdrWl-E0HkuKKC4xizLz5AtihPfFHMJSY6vcjagRGBEgCvd0S6PyKyCOMDka_s3WNBy6XidTTLGM7QzjFIg0qNi_5MznaPyjb-m5Ov3bs/s400/guetto+III.jpg" width="400" /></span></a><span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em
janeiro de 1943, combatentes mataram 12 soldados alemães que tentavam agrupar moradores
do Gueto para deportá-los. Os guerrilheiros também atacaram a polícia judaica,
formada por membros da própria comunidade e controlada pelos nazistas. Henrich
Himmler, o chefão das SS, ordenou ao general Jürgen Stroop que extinguisse o
Gueto de Varsóvia até meados de fevereiro. O Levante propriamente dito começou em
19 de abril, quando unidades da ZOB realizaram uma emboscada e mataram vários
soldados alemães. </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Menos de mil resistentes mal armados e mal treinados
enfrentaram cerca de três mil soldados alemães muito bem equipados e treinados.
Os <i>partisans</i> judeus lutavam em becos,
esgotos e em janelas das casas. A repressão foi brutal. Mesmo assim, a resistência
durou quase um mês; em <st1:date day="16" ls="trans" month="5" w:st="on" year="19">16
de maio de 19</st1:date>43, na noite do <i>Pêssach</i>
(páscoa judaica), os últimos rebeldes foram cercados e muitos se suicidaram
para não serem levados a Treblinka. Dos 56 mil judeus remanescentes do Gueto, sete
mil foram fuzilados e o restante deportado para campos de extermínio. <o:p></o:p></span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: large;"><br /></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRzscPWEBh4J1aSDW6PyXt9baKiDOosaMkIZL5EyyMfo3ugKNdidUz9FnSmunMeqnn8W7Qt4wojYKYygOYLW2urfxltdd1lJv2WpDObmpz0nnRoBneqWLUpSYtRTrhvLGiiP91GxOOmp8/s1600/guetoII.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><span style="font-size: large;"><img border="0" height="286" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRzscPWEBh4J1aSDW6PyXt9baKiDOosaMkIZL5EyyMfo3ugKNdidUz9FnSmunMeqnn8W7Qt4wojYKYygOYLW2urfxltdd1lJv2WpDObmpz0nnRoBneqWLUpSYtRTrhvLGiiP91GxOOmp8/s400/guetoII.jpg" width="400" /></span></a></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="background-color: white;"><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O
Levante do Gueto de Varsóvia mostrou que os oprimidos pela barbárie nazista
podiam resistir, mesmo sem a menor esperança de vencer. Um dos panfletos da ZOB da época sintetizava
bem o espírito da revolta: “A infâmia de nosso extermínio não se deve
reproduzir. Que nenhum país aceite mais a morte de seus filhos. Que cada mãe
defenda seus filhos como uma leoa.”</span></span><span style="font-size: 14.0pt;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-43490434304573131392013-04-16T14:57:00.002-07:002013-04-16T18:52:35.108-07:00STUART ANGEL JONES FOI ABSOLVIDO DEPOIS DE MORTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UL8lhsL4kERzJG075M7Oo47OWUAlu_4pqsOhtCuB1LFKNn4gIiB6vOJfip4uNqS81k8M_IMu7bw5W2AIeSupNbJxkk6uHDdu3kLxsnqVKprK_R2m-rtdbaIu5I-XBcQPHDedqbOoE1A/s1600/stuart.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj5UL8lhsL4kERzJG075M7Oo47OWUAlu_4pqsOhtCuB1LFKNn4gIiB6vOJfip4uNqS81k8M_IMu7bw5W2AIeSupNbJxkk6uHDdu3kLxsnqVKprK_R2m-rtdbaIu5I-XBcQPHDedqbOoE1A/s400/stuart.jpg" width="285" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stuart Edgar Angel Jones, assassinado em 1971</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div style="background: white; line-height: 18.0pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="line-height: 18pt;">O
Wikileaks liberou há poucos dias um </span><strong style="line-height: 18pt;"><a href="https://www.wikileaks.org/plusd/cables/1973BRASIL01393_b.html" target="_blank"><span style="color: windowtext; text-decoration: none; text-underline: none;">documento da embaixada dos EUA em Brasília</span></a> </strong><span style="line-height: 18pt;">endereçado
aos escritórios de Assuntos Interamericanos do Departamento de Estado dos EUA,
em Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, no dia </span><st1:date day="14" ls="trans" month="3" style="line-height: 18pt;" w:st="on" year="1973">14 de março de 1973</st1:date><span style="line-height: 18pt;">. O documento menciona
o assassinato do militante comunista Stuart Edgar Angel Jones e, mais que isso,
faz a surpreendente revelação de que ele teria sido absolvido </span><i style="line-height: 18pt;">post mortem</i><span style="line-height: 18pt;"> pelo Superior Tribunal
Militar (STM)dois anos depois de seu assassinato por agentes do serviço secreto
da Aeronáutica.</span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="line-height: 18pt;"><br /></span></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 18pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Assinado pelo então embaixador
dos Estados Unidos no Brasil, William Manning Rountree, o telegrama narra “o
capítulo final do trágico caso” de Stuart Angel. “Na última semana, em </span></div>
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">sessão secreta, o Superior Tribunal Militar reafirmou a decisão do Tribunal da
Aeronáutica de absolver Jones de sua alegada violação à Lei de Segurança
Nacional. Como o departamento está consciente, Jones foi detido no Aeroporto
Galeão (Rio) em 1971 e subsequentemente assassinado por agentes da
Aeronáutica”.</span><br />
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ZgiqnW66glv71LJg55ARsEpJzICJhqKmNd4RjbN2-M9iAwfjD6JgVi2bQ38n8EZ68sfPT9Yy3oab_XlyIS61RmG5XK6W9s4blDoKvYk_qA9GLgG8i08NNDNGvXgpS8RoeFTs5d41za8/s1600/zuzu.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3ZgiqnW66glv71LJg55ARsEpJzICJhqKmNd4RjbN2-M9iAwfjD6JgVi2bQ38n8EZ68sfPT9Yy3oab_XlyIS61RmG5XK6W9s4blDoKvYk_qA9GLgG8i08NNDNGvXgpS8RoeFTs5d41za8/s400/zuzu.jpg" width="262" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A estilista Zuzu Angel, morta em 1976</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 18pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Então com 25 anos, Stuart Jones
era filho do americano Norman Jones e de Zuleika Angel Jones, mais conhecida
como Zuzu Angel, figurinista e estilista conhecida internacionalmente. Jones
foi estudante de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro e tinha dupla
nacionalidade, brasileira e americana. Zuzu Angel denunciou o assassinato do
filho pelos agentes da repressão e acabou morrendo em 1976 num acidente
automobilístico até hoje não esclarecido completamente. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 18pt;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><br /></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Jones era militante do MR-8, uma
das organizações de oposição armada à ditadura militar. Em <st1:date day="14" ls="trans" month="6" w:st="on" year="1971">14 de junho de 1971</st1:date>, ele
foi preso, torturado e morto por membros do CISA (Centro de Informações de
Segurança da Aeronáutica) nas dependências da Base Aérea do Galeão. Seu
principal carrasco foi o comandante daquela unidade, o brigadeiro facínora João
Paulo Burnier, já falecido. Stuart Jones foi casado com a também militante Sônia
Morais Jones, presa, torturada e morta dois anos depois e também “desaparecida”.<o:p></o:p></span></div>
<div style="background-color: white; background-position: initial initial; background-repeat: initial initial; line-height: 18pt;">
<br /></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-43871653677492936282013-04-16T13:32:00.001-07:002013-04-16T13:45:31.615-07:00CASO PROFUMO: O TURNING POINT<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnIYo0lXude8topBKUqeb5iew6aaF-gItGPJ8fD8K7MWqgawbUZeQ5-EzQGgSPm3Tw6l_odw3RrPUaHgSMop_oQQZxt5fT8Q2b1X3MIJTS6j7vvvj6G4g14Ku7peYlHHYNlyrjDQ80Wmw/s1600/profumo_john.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="257" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjnIYo0lXude8topBKUqeb5iew6aaF-gItGPJ8fD8K7MWqgawbUZeQ5-EzQGgSPm3Tw6l_odw3RrPUaHgSMop_oQQZxt5fT8Q2b1X3MIJTS6j7vvvj6G4g14Ku7peYlHHYNlyrjDQ80Wmw/s400/profumo_john.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">John Profumo, secretário de Guerra do Reino Unido em 1963 </td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Há 50 anos estourou na Grã
Bretanha o chamado Caso Profumo, talvez o primeiro escândalo cujas conotações
sexuais tenham sido mais amplamente exploradas pela mídia do que suas dimensões
políticas. John Profumo, então secretário da Guerra do Reino Unido, envolveu-se
com uma bailarina chamada Christiane Keeler. Até aí, tudo bem; na época os
jornais britânicos e anglo-saxões eram extremamente discretos com as puladas de
cerca de seus líderes. O problema é que Keeler também tinha um caso com Yevgeny
Ivanov, adido naval da embaixada soviética em Londres e tido como </span><span style="color: magenta; font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">espião pelo
MI-5 (serviço de contra-espionagem britânico).</span><br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Os rumores do triângulo
amoroso vieram à público em 1962; em março de 1963 Profumo foi obrigado a prestar
esclarecimentos à Câmara dos Comuns. Mas ele não só negou que tivesse qualquer relação
com Keeler como também ameaçou processar os deputados por calúnia, injúria e
difamação se o assunto saísse daquele âmbito, a Câmara dos Comuns (vejam só
como eles eram discretos naqueles tempos pré 1968...). <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3KpDr9IKsPENVh7lJE8DxSzEqgcCpVZ4l1ScPvErfUVyRMQl996JH13unxX7m1SL3RSRT2xu0ZJYkTdT-W7gHr3-9MtbgN3cISOkD38VoakyEjvCDT5fmIFP0VaXKQhMWqpSl1hMGRD4/s1600/christine-keeler.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3KpDr9IKsPENVh7lJE8DxSzEqgcCpVZ4l1ScPvErfUVyRMQl996JH13unxX7m1SL3RSRT2xu0ZJYkTdT-W7gHr3-9MtbgN3cISOkD38VoakyEjvCDT5fmIFP0VaXKQhMWqpSl1hMGRD4/s400/christine-keeler.jpg" width="318" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A" femme fatale"</td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A preocupação dos comuns se
justificava, pois na época a Guerra Fria estava em seu apogeu. O <i>affair</i> do secretário da Guerra com a
bailarina não era uma questão de mera infidelidade conjugal, como aconteceria décadas
mais tarde com o presidente americano Bill Clinton e a estagiária charuteira Monica
Lewinsky, mas um problema de segurança nacional. Afinal, fazia poucos meses que
o mundo havia escapado de uma hecatombe nuclear com a crise dos mísseis de Cuba
(outubro de 1962), quando EUA e URSS quase apertaram os botões. Que segredos de
Estado o secretário da Guerra poderia ter revelado na alcova a Keeler e esta ao
amante e espião soviético? <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglUZqEk9HiVu_QQZxz_AtP2HoDXjdowyQyK7hY-EeKvnxNXjSQN9gfKefuo1Snhp2eD85evyp0xpp_tsDZ7Y5Y4u-yZOPlXnu7sr8o3jcYRpBmH8lBAkIYk1pTEPBkWTg6pX1n4Z097fE/s1600/profumo+christine_keeler_arno.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEglUZqEk9HiVu_QQZxz_AtP2HoDXjdowyQyK7hY-EeKvnxNXjSQN9gfKefuo1Snhp2eD85evyp0xpp_tsDZ7Y5Y4u-yZOPlXnu7sr8o3jcYRpBmH8lBAkIYk1pTEPBkWTg6pX1n4Z097fE/s400/profumo+christine_keeler_arno.jpg" width="328" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Christiane Keeler, em fotos de Lewis Morley </td></tr>
</tbody></table>
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O caso resvalou para o escândalo
sexual quando fotos de Keller em poses eróticas, tiradas por Lewis Morley em maio
daquele ano, foram publicadas pelo <i>Daily
Mirror</i>, que obteve uma cópia sem autorização do fotógrafo. O <i>affair</i> pegou fogo e <st1:personname productid="em junho Profumo" w:st="on">em junho Profumo</st1:personname> acabou
confessando que mentira e renunciou. O governo do primeiro-ministro conservador
Harold Mcmillan cairia meses depois. E o médico que apresentou Keeler a
Profumo, o dr. Stephen Ward, suicidou-se. A moral ainda era vitoriana, mas a prática
desonesta do Mirror e a exploração sensacionalista de escândalos de
celebridades se tornaria um padrão na mídia britânica e mundial. </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-4856452733180559172013-04-15T14:36:00.000-07:002013-04-16T13:43:46.747-07:00PEDE PARA SAIR, JUAN CARLOS!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYxcgzEy6Rv9aa2gdBffEbPnG0sy0Kt3L7MP8TMCqJyK46xX0hLcxbIEdoixdLEQODG7mh9k15rCVczEmUz9rUe1RThn0uZ89ZWDsq0m9QOoBnzftjv70u81auwHDDi8cu1pfz5xJCuek/s1600/espanha.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="277" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhYxcgzEy6Rv9aa2gdBffEbPnG0sy0Kt3L7MP8TMCqJyK46xX0hLcxbIEdoixdLEQODG7mh9k15rCVczEmUz9rUe1RThn0uZ89ZWDsq0m9QOoBnzftjv70u81auwHDDi8cu1pfz5xJCuek/s400/espanha.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Em Madri, espanhóis pedem plebiscito pela III República</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">Milhares de pessoas realizaram
no domingo uma manifestação em Madri para comemorar os 82 anos da II República
(1931-1939) e exigir um referendo para saber se a população quer continuar a
ser governada por uma monarquia ou se prefere a instalação da III República. A
manifestação também reivindicava a nacionalização dos bancos, reforma política,
punição dos crimes da ditadura franquista e não-pagamento da dívida.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A monarquia espanhola, de
fato, é uma excrescência. A primeira república (1873-1874) foi uma experiência
efêmera; já a segunda, surgida em 1931 depois da ditadura de Primo de Rivera,
abriu um período de profundas transformações, crise institucional e guerra
civil, que culminou na instalação da ditadura direitista do general Francisco
Franco (1939-1975). O ditador assumiu todas as rédeas do poder, mas preparou o neto
do rei Alfonso XIII, Juan Carlos, para sucedê-lo. Um caso curioso de um regime
que interrompeu e, ao mesmo tempo, manteve a monarquia. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguicYpq84DxwgRlCEhHRKw7q1sBWRqb-y4M5zqRhaqQivFhw6PYAU30ZnWgB8Rbrf4UeSjfFg05a9AprytHvrQN7FiQOrdIxjHlPkw28Vu7RAlV8mLHpy30tU0XRAWnAB4jxDZAHJu9ws/s1600/juan.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="288" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEguicYpq84DxwgRlCEhHRKw7q1sBWRqb-y4M5zqRhaqQivFhw6PYAU30ZnWgB8Rbrf4UeSjfFg05a9AprytHvrQN7FiQOrdIxjHlPkw28Vu7RAlV8mLHpy30tU0XRAWnAB4jxDZAHJu9ws/s400/juan.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">His Finest Hour: Juan Carlos I impede o golpe militar em 1981 </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Rejeitado inicialmente como
franquista, o rei Juan Carlos I conquistou o apoio das forças progressistas ao
apoiar firmemente o processo de transição à democracia. O monarca se
legitimaria em fevereiro de 1981, quando abortou uma tentativa de golpe militar
capitaneada por oficiais de extrema-direita que não se conformavam com o fim do
regime. Na TV, o rei Juan Carlos exigiu respeito à sua autoridade e ao processo
democrático. Os militares enfiaram o rabo entre as pernas e se entregaram. Na época,
o líder comunista Santiago Carrillo, republicano histórico, disse que, em razão
do papel do monarca na transição, não teria problemas em virar monarquista.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas o tempo passou e a
monarquia espanhola virou uma relíquia do passado. E que exala mofo. O sintoma
mais recente disso é o caso de corrupção conhecido como <i>Operação Babel</i>, que envolve o ex-jogador de handebol Iñaki
Urdangarin, marido da princesa infanta Cristina, a duquesa de Palma de Mallorca.
Ele está sendo investigado pela polícia por uma suspeita de desvio de fundos
públicos, fraude e lavagem de dinheiro através do Instituto Nóos, uma ONG de
incentivo ao esporte. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCOUZ1Nr3EO8QZhVtCzFAuiFFvf6iGr6UEYk-wLM-FecDHHHHHX2KsPnMl85noMRzao7ApRU-bAnnXjRBkjXo6yejIA0YQdiGHlGUHrBrCcZZozSU3S4JHJMogCmfioI9zz6gWTIrSZ2Y/s1600/juan+carlos+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgCOUZ1Nr3EO8QZhVtCzFAuiFFvf6iGr6UEYk-wLM-FecDHHHHHX2KsPnMl85noMRzao7ApRU-bAnnXjRBkjXo6yejIA0YQdiGHlGUHrBrCcZZozSU3S4JHJMogCmfioI9zz6gWTIrSZ2Y/s400/juan+carlos+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Juan Carlos posando de Hemingway na Botsuana</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Já no ano passado, a imagem
da família real tinha ficado muito desgastada com uma viagem do rei Juan Carlos
para caçar elefantes na Bostuana no momento em que a crise da dívida européia atingiu
o país, além de um suposto escândalo amoroso do rei com uma empresária alemã. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Pesquisa publicada em
novembro de 2012 pelo jornal ABC indicava que apenas 45,8% dos espanhóis
acreditavam que a manutenção da monarquia contribuía para a democracia,
enquanto o apoio ao rei era de 55%. Na semana passada, o El País publicou uma
pesquisa na qual 53% dos entrevistados desaprovam a monarquia, contra 42% de
apoiadores.</span><o:p></o:p></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-85376023011011749312013-04-15T13:50:00.001-07:002013-04-15T13:51:04.948-07:00UM LEGADO NEFASTO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpUiZG17g4t54xMofDdv_op99OcQjHZeJzIRXQ2USCpK3lV_cobjmJe0SX_syYJcUmDv3i6McemDMFfhs-G4O6vSv7gGSyGIfoOdPBYc-8IOKN3q48peBkC2mJKJ9UAXnCI9utPovV8Ps/s1600/thatcher.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpUiZG17g4t54xMofDdv_op99OcQjHZeJzIRXQ2USCpK3lV_cobjmJe0SX_syYJcUmDv3i6McemDMFfhs-G4O6vSv7gGSyGIfoOdPBYc-8IOKN3q48peBkC2mJKJ9UAXnCI9utPovV8Ps/s320/thatcher.jpg" width="301" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Margaret Thatcher</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Margaret Thatcher deixa um
legado dos mais nefastos da história contemporânea: a desconstrução do <i>welfare state</i>, o Estado de bem-estar
penosamente erguido em toda a Europa ocidental, inclusive por governos
conservadores, depois da devastação das duas guerras mundiais. Isso sem falar
no apoio desavergonhado que a “dama de ferro” deu ao ditador chileno Augusto
Pinochet – aliás, ele próprio um thatcherista <i>avant la lettre</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas, acima de tudo, Thatcher
– e o americano Ronald Reagan – quase fizeram o Estado voltar a ser o “comitê
executivo da burguesia”, principalmente do setor financeiro, cuja hegemonia
representa o capitalismo mais rapace e voraz, com o assalto permanente aos direitos
sociais e trabalhistas. Essa ilusão com as virtudes da “mão invisível” do
mercado – que faria Adam Smith corar – durou quase 30 anos e só começou a
desmoronar com a crise de 2008. E, mesmo assim, essa crise não abalou a
teimosia da troika – leia-se, Alemanha – em receitar doses cavalares de
austeridade aos países da União Europeia que estão endividados até o pescoço.
Pouco importa se a adoção desse receituário significa jogar 50% dos jovens no
desemprego, como na Espanha – ou 70%, como na Grécia. No resto do mundo
desenvolvido, dos EUA ao Japão, os dirigentes já se convenceram de que o neoliberalismo
fracassou e seu arsenal é desastroso para enfrentar a crise econômica. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4oGOMpsh4Rb6naKSl-5twg00t4tOOv9BZq9UP3cIhPnUENNZZfAp08VdiUGKKCQLKjfb-9c7S8H3zwKBjZirmJceUM5JPXufyfDWvhtxaGXxdQZlbV-_uowCi7Yp-59Fcrab77-yBZxM/s1600/pinochet-thatcher.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="285" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi4oGOMpsh4Rb6naKSl-5twg00t4tOOv9BZq9UP3cIhPnUENNZZfAp08VdiUGKKCQLKjfb-9c7S8H3zwKBjZirmJceUM5JPXufyfDWvhtxaGXxdQZlbV-_uowCi7Yp-59Fcrab77-yBZxM/s400/pinochet-thatcher.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Thatcher e Augusto Pinochet</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Já no Brasil, a maioria da
grande mídia e de seus miquinhos amestrados – <i>oops</i>, quero dizer, comentaristas econômicos – vive no mundo da
fantasia e do passado. Para eles, o Consenso de Washington segue firme e forte
e quem não vê isso são apenas os “perfeitos idiotas latino-americanos”. Por
isso batem forte no governo porque a presidente Dilma Rousseff mostra disposição de se afastar cada dia mais
da ortodoxia incensada pela banca e seus representantes. O catastrofismo das
viúvas de Thatcher-Reagan – e de Roberto Campos, por que não? – teve início
quando o governo começou a baixar os juros; continuou quando foram lançadas as
bases de uma política industrial para o país e aumentou agora, quando o governo
resolveu desonerar a folha de vários setores econômicos. O último <i>round</i> foi a grita generalizada contra a ameaça
da inflação, um mero pretexto para que os juros voltem a ser aumentados e encham
as burras do setor rentista. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSKzozfLeXRvQ0kPx9u7kr29lH1rR_NvLjbpykssffJz4SR7DSGuL-tIY3BVAeukgsPyFsZxywHQI76xlQxySk2JVe0LQjtlfngDyfk5uhyphenhyphenZPy-tSSg3YEMA67X0AIbLAEXTrP6Gxp9g/s1600/adam+smith.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBSKzozfLeXRvQ0kPx9u7kr29lH1rR_NvLjbpykssffJz4SR7DSGuL-tIY3BVAeukgsPyFsZxywHQI76xlQxySk2JVe0LQjtlfngDyfk5uhyphenhyphenZPy-tSSg3YEMA67X0AIbLAEXTrP6Gxp9g/s1600/adam+smith.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Adam Smith</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Deveriam ler mais Adam Smith.
“É injusto que toda a sociedade contribua para custear despesas cujos
benefícios vão apenas para uma parte desta sociedade”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"> </span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;"> </span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-8664404235001360522013-04-04T14:41:00.003-07:002013-04-05T04:03:23.201-07:00HÁ MÉTODO NESSA LOUCURA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpveIYDlBscqSu95AWN8JxINUFPDM5C_tC-C5ZC3wQbRlr3dk4hws78CA_bpXKhDak1d30bd7kE3dydh6J8Q1ui6GBgnTbD-pR-mQT5M8TRsVoWZkRgq3-ajZ2Wr6_1XCa-4TfQumcYD0/s1600/coreia.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpveIYDlBscqSu95AWN8JxINUFPDM5C_tC-C5ZC3wQbRlr3dk4hws78CA_bpXKhDak1d30bd7kE3dydh6J8Q1ui6GBgnTbD-pR-mQT5M8TRsVoWZkRgq3-ajZ2Wr6_1XCa-4TfQumcYD0/s400/coreia.jpg" width="331" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O ditador Kim Jon-un e a suposta namorada</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">A maioria das notícias sobre
as tensões na península coreana está eivada de simplismos maniqueístas. Como se
tudo não passasse de ações tresloucadas de um ditadorzinho inexperiente,
herdeiro de uma dinastia cruel e desalmada. É evidente que a dinastia Kim (pai,
filho e neto), que governa a Coréia do Norte desde 1945, não é o melhor
exemplo de sanidade e compostura políticas, para dizer o mínimo. Mas é preciso
entender as crises entre as Coreias de um ponto de vista geopolítico. Por trás
de discursos grandiloqüentes e de ameaças guerreiras há muito mais cálculo político do que supõe nossa vã filosofia política.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Incrustada entre potências
como a China, Japão e Rússia, a península coreana sempre serviu como campo de
batalha desses países. Os coreanos sobreviveram tentando jogar um país contra o
outro e, ao mesmo tempo, manifestando subserviência, principalmente em relação aos
soberanos chineses. Mas, depois de vencer a China e a Rússia, entre o final do
século XIX e o início do XX, o Japão transformou a Coréia num protetorado, entre
1910 e 1945. Durante a Segunda Guerra, os coreanos foram usados pelo Japão como
força de trabalho semiescrava. Na Conferência de Yalta, em fevereiro de 1945, os
aliados concordaram que a Coréia integraria a futura “zona de influência”
soviética, em troca do apoio de Stálin aos EUA na guerra contra o Japão. Com a
derrota dos japoneses, os soviéticos ocuparam o norte da península, enquanto
que o Exército dos EUA ocupou o sul. Mas os americanos decidiram, unilateralmente e sem consultar sequer os coreanos, dividir a país em torno do
Paralelo 38º: a Coréia do Norte, comunista; e a Coréia do Sul, pró-americana. Esse
fato, mais o advento da bipolaridade EUA-URSS e da Guerra Fria, adiariam <i>ad infinitum</i> a realização das eleições
gerais no país, previstas para 1950.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd2reRwzn9V0CjiSrb1nMcCMJDWdwx4fEnSN-1t-CpUCrTlz_O2CmzeYTRvn4aWmG8Sav5i6SIV8MggvZa1qFciuukCXbbNaF8zEDiBi9n8b3bsaXRP8F2SKjGEtvX03eI4S_rT2zuuyg/s1600/coreia+VI.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgd2reRwzn9V0CjiSrb1nMcCMJDWdwx4fEnSN-1t-CpUCrTlz_O2CmzeYTRvn4aWmG8Sav5i6SIV8MggvZa1qFciuukCXbbNaF8zEDiBi9n8b3bsaXRP8F2SKjGEtvX03eI4S_rT2zuuyg/s400/coreia+VI.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O regime norte-coreano cultiva o mito da autossuficiência</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Em 1950, o ditador
norte-coreano Kim Il-Sung – que havia sido colocado no poder pelos soviéticos –
mandou suas tropas invadirem a Coréia do Sul, numa tentativa de unificar o país
<i>manu militari</i>. Então os EUA,
aproveitando o boicote temporário da URSS ao Conselho de Segurança da ONU,
fizeram a organização aprovar uma resolução autorizando o envio de tropas para
defender a Coréia do Sul. Sob a bandeira da ONU, os EUA enviaram soldados para a península, enquanto que a China comunista engajava seus exércitos para
ajudar a Coréia do Norte. A guerra terminou em 1953 em um impasse, com um
armistício e a divisão do país, que sobreviveu ao colapso do bloco
soviético e permanece até hoje. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5K7YyUjpF4IIcGjnfMK7sQGYk9mouQEPx9X9deaG3yjgxJcVN1WmrsZ6m7ChLvx_DfXftHLQziCc5Gu-QFezh0m_5XfKOtYUA9Ti28YstRdNU-bREcHcHhSGbog2Il7s48nk40sHijek/s1600/coreia+V.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="326" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5K7YyUjpF4IIcGjnfMK7sQGYk9mouQEPx9X9deaG3yjgxJcVN1WmrsZ6m7ChLvx_DfXftHLQziCc5Gu-QFezh0m_5XfKOtYUA9Ti28YstRdNU-bREcHcHhSGbog2Il7s48nk40sHijek/s400/coreia+V.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Guerra da Coréia terminou em 1953 e ficou inconclusa</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Como explicar a
permanência dessa divisão aparentemente anacrônica? Segundo o professor Ian
Buruma, do <i>Bard College</i>, “a dinastia Kim se arroga o direito à legitimidade com
base no <i>Juche</i>, a ideologia oficial do regime que enfatiza a determinação do
país a se tornar autossuficiente”. Com isso, durante a Guerra Fria, Kim
Il-sung tentou jogar a China contra a URSS para
garantir a proteção de ambos. “Para a dinastia Kim sobreviver, a ameaça de
inimigos externos é fundamental”, diz Buruma. Esse jogo acabou com o fim da
URSS, em 1991. Como restou apenas a China, o regime norte-coreano ficou totalmente
dependente dos humores dos governantes de Pequim. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpb6wWnHALq7lakiM9vz-sOg58Gtyi9_S4BddaM_MISLVzUSUCkWi4fuCRLwj_8QFbUwDQka5sLmygTuyDhukNln4ERKNnHoDbKMqlvt6dZPGKpIQHTB8ocotoQqIFhDpcoEsCQmg7Wf4/s1600/coreia+IV.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgpb6wWnHALq7lakiM9vz-sOg58Gtyi9_S4BddaM_MISLVzUSUCkWi4fuCRLwj_8QFbUwDQka5sLmygTuyDhukNln4ERKNnHoDbKMqlvt6dZPGKpIQHTB8ocotoQqIFhDpcoEsCQmg7Wf4/s400/coreia+IV.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Treinamento militar na Coréia do Sul: jogos de guerra</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Assim, ainda segundo a
análise de Buruma, há somente uma maneira de desviar a atenção dessa situação
humilhante: “fazer propaganda da autoconfiança do país e transformar num
discurso histérico uma iminente ameaça dos imperialistas americanos e seus
lacaios sul-coreanos”. Os ziguezagues em relação à questão nuclear fazem parte
desse jogo. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O drama, no entanto, é que
uma mudança do <i>status quo</i> da região não
interessa a nenhum dos <i>players</i> da região. “A China quer manter o país como um
Estado-tampão e teme que milhões de refugiados fujam para o território chinês no caso de um colapso norte-coreano; os sul-coreanos jamais poderiam se
permitir absorver a Coréia do Norte da mesma maneira como a Alemanha Ocidental
incorporou a República Democrática da Alemanha; e nem o Japão, nem os Estados
Unidos mostram-se dispostos a pagar pela limpeza depois de uma implosão
norte-coreana”, diz o professor Buruma. </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-88434146868410490332013-04-04T14:17:00.000-07:002013-04-05T04:06:13.854-07:00VOVÔ NÃO IRIA GOSTAR...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM1NgM963fJLyPeoTM3K54eVVSYUEWn7Lu84tjHErPWQpjUmS5H6hyc4JYrlfr5_OW7H458vYuRSsxTctx10hA-to09iEfKlZcer03ql57soaUNG-E8CYlweunvKSYumULfbAPoBOSRqM/s1600/aecio.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgM1NgM963fJLyPeoTM3K54eVVSYUEWn7Lu84tjHErPWQpjUmS5H6hyc4JYrlfr5_OW7H458vYuRSsxTctx10hA-to09iEfKlZcer03ql57soaUNG-E8CYlweunvKSYumULfbAPoBOSRqM/s320/aecio.jpg" width="307" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Aécio Neves, muito menor que o avô </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O senador Aécio Neves
(PSDB-MG), provável candidato tucano à Presidência da República em 2014,
tropeçou na língua e chamou o golpe cívico-militar de 1964 de “revolução”, como
os militares e seus acólitos costumavam se referir à ruptura da legalidade e
instalação </span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">da ditadura. A expressão foi usada em um encontro do senador mineiro
com prefeitos na cidade de Santos. Defendendo as reivindicações dos prefeitos,
Aécio fez um relato de episódios históricos que teriam levado à centralização
do Estado brasileiro. Em determinado momento, o senador disse que esse fenômeno
advém da proclamação da República. “Veio a revolução de 64, novo período
de grande concentração de poder nas mãos da União, apesar de ter sido um
período em que foram criadas políticas compensatórias para determinadas regiões
menos desenvolvidas”, disse o tucano. Indagado por jornalistas sobre a razão de
ter usado tal expressão, Aécio tergiversou: “ditadura, revolução, como
quiserem”. Depois, talvez arrependido, arrematou: “ditadura, regime autoritário,
que todos nós lutamos para que fosse vencido”. Então, tá...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A linguagem, todos sabemos,
não é inocente. Aécio deve ter sido traído pelas práticas de seu partido, cada
vez mais uma caricatura da velha UDN. Vide o que aconteceu com o secretário particular
de Alckmin, esse janotinha direitista chamado Ricardo Salles. As bobagens
reacionárias que ele disse (questionou, por exemplo, a existência de crimes
cometidos pelos militares durante a ditadura) provocaram reações de antigos
militantes esquerdistas que hoje estão no ninho tucano, como o senador Aloysio Nunes
Ferreira (ex-ALN) e o ex-vice-governador Alberto Goldman (ex-PCB).<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWWDXof2u5zKKnKsJ3RMX3fwfAJdFtBHRKbUXYUW-usjR3r6nUw2AD980oAf2YUV1FIzGRML13Kx-8LWdA3RhKdA62X2Krf9TIQ1uUfWiZEYglfyifuHWdOFZwjXboYrAUVO2BhrlLAog/s1600/tancre.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhWWDXof2u5zKKnKsJ3RMX3fwfAJdFtBHRKbUXYUW-usjR3r6nUw2AD980oAf2YUV1FIzGRML13Kx-8LWdA3RhKdA62X2Krf9TIQ1uUfWiZEYglfyifuHWdOFZwjXboYrAUVO2BhrlLAog/s400/tancre.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Tancredo não votou em Castello, mas Ulysses sim</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Quem deve estar se revirando
no túmulo é o avô de Aécio, Tancredo Neves, que morreu presidente sem ter
conseguido tomar posse. Tido como uma das raposas conservadoras do velho PSD,
Tancredo, no entanto, jamais traiu suas origens e convicções. Era ministro da Justiça de
Getúlio Vargas em 1954 quando os brigadeiros se amotinaram na “República do Galeão”,
no episódio do atentado ao jornalista Carlos Lacerda que resultou na morte do major
da Aeronáutica Rubens Vaz. Tancredo foi o único do gabinete a sugerir que
Getúlio prendesse os revoltosos. Quando Jango foi deposto, Tancredo o
acompanhou até o aeroporto para o voo que o levaria ao exílio. E quando os
militares reabriram o Congresso mutilado pelas cassações para que fosse
encenada a farsa da “eleição” do marechal Castello Branco à Presidência,
Tancredo foi o único parlamentar do PSD a votar contra. O ex-presidente
Juscelino Kubitschek e o deputado Ulysses Guimarães - futuro "Senhor Diretas" - votaram <st1:personname productid="em Castello. Tancredo" w:st="on">em Castello. Tancredo</st1:personname>
era um conservador esclarecido, ao contrário do neto. </span><span style="font-size: 14.0pt;"> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-17416746656535943042013-04-02T14:44:00.002-07:002013-04-02T14:48:33.806-07:00NASCIMENTO E MORTE DO SOCIALISMO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNhG85-c_NFRjbL-N05ND8FEmrUu3tpbg9EWxj7hNF76c2sk7pe87vHeRQj7NCzULtDdsrdZ4da_t_wLqhNV19M1KvRUtuVNIUG77IQ0BATK3LhOkiyuL54t9J74Uaq5iWzuU5ikbEV2o/s1600/revolu%C3%A7ao.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="312" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgNhG85-c_NFRjbL-N05ND8FEmrUu3tpbg9EWxj7hNF76c2sk7pe87vHeRQj7NCzULtDdsrdZ4da_t_wLqhNV19M1KvRUtuVNIUG77IQ0BATK3LhOkiyuL54t9J74Uaq5iWzuU5ikbEV2o/s400/revolu%C3%A7ao.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Revoluções de 1848 na Europa, o berço do socialismo </td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O socialismo, como força política s</span><span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">ignificativa, surgiu na Europa em meados do século XIX, depois da grande vaga
revolucionária de 1848 e da Comuna de Paris de 1871. O movimento se armou com
as teorias comunistas elaboradas por Karl Marx e Friedrich Engels,
organizando-se em sindicatos e partidos operários, principalmente na Alemanha e
na França, onde se forjaram atuando a duras penas, sob a repressão implacável de
Otto von Bismarck e Napoleão III, respectivamente. O programa original dos
socialistas europeus – já então conhecidos como social-democratas – era revolucionário:
na esteira de Marx e Engels, previa que as contradições internas do capitalismo
abririam o caminho para uma revolução do proletariado e a implantação do
socialismo. Para a social-democracia nascente, a democracia representativa era apenas
um meio de se fortalecer para denunciar o capitalismo.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB00hqb5RwZ7mDpyAdicRjkI3Yr6Gpv_PS6JT3Bt1w4Nj6aBLaKUAy07mJHe5Ujy5cs5B5GXlz2FgSACrp8T1U7D-uXnH9-aB-mGMmBflRBB_BEH-e21myGSH1QVaGgtqJP_-RcSe_uTg/s1600/marx.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="350" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjB00hqb5RwZ7mDpyAdicRjkI3Yr6Gpv_PS6JT3Bt1w4Nj6aBLaKUAy07mJHe5Ujy5cs5B5GXlz2FgSACrp8T1U7D-uXnH9-aB-mGMmBflRBB_BEH-e21myGSH1QVaGgtqJP_-RcSe_uTg/s400/marx.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Karl Marx e Friedrich Engels</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas no final do século XIX, ao
perceber que a crise final do capitalismo não acontecia e que as condições
materiais da classe operária melhoravam, principalmente por causa da ação dos
socialistas, teóricos e políticos como Edward Bernstein (Alemanha) e Alexandre Millerand
(França) começaram a pensar que a revolução se tornara impossível e que agora a
tarefa dos socialistas era lutar para reformar o capitalismo, tornando-o mais
humano. Essas teses, chamadas de “revisionistas” e “possibilistas” foram
atacadas pela nata da II Internacional, de Karl Kautsky a Rosa Luxemburgo, passando
por Georg Plekânov e August Bebel. Mas a II Internacional só racharia mesmo com
a Primeira Guerra Mundial, quando seus principais dirigentes decidiram apoiar
seus governos nacionais. Líderes como Rosa Luxemburgo, Karl Liebknecht e Vladimir
Lênin denunciaram o “chauvinismo” das lideranças da organização e romperam com ela.
<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kvp3lL1nbtfhcUUWeUxBLHBp26XTl_cJDbuq4JUwE9A4V9QIReuVWMGZ0E28qeKj7Dfod3x7vmHzhqVQYtKMfvr7Fcw4MWGFKkcsu96LDKoN80BkMf9ncSOD1UNjO7gw-TJezHIeftI/s1600/revolu%C3%A7%C3%A3o+bolchevique.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="275" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh3kvp3lL1nbtfhcUUWeUxBLHBp26XTl_cJDbuq4JUwE9A4V9QIReuVWMGZ0E28qeKj7Dfod3x7vmHzhqVQYtKMfvr7Fcw4MWGFKkcsu96LDKoN80BkMf9ncSOD1UNjO7gw-TJezHIeftI/s400/revolu%C3%A7%C3%A3o+bolchevique.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">A Revolução Bolchevique de Outubro de 1917</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O racha se tornaria
definitivo em 1917, quando Lênin e Trotsky lideraram a revolução bolcheviue (comunista)
na Rússia czarista. A partir de então, o movimento operário se dividiu em duas
alas inconciliáveis: de um lado os social-democratas ou socialistas, que
acabaram adotando as teorias de Bernstein/Millerand, embora, num primeiro
momento, sem abandonar o discurso marxista; de outro, os comunistas, que diziam
que apenas resgatavam a tradição revolucionária abandonada pela II
Internacional. A III Internacional (ou Komintern), com sede em Moscou, surgia
como a sede da revolução socialista internacional, esperando pelo despertar do proletariado
ocidental.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDgNd9nblUEk6SRzycRNRb39mEs-1qTMYqAFaxHc3AQpdWuBOzjRqrd2WxWH5qm2i24QWgsi5Bs8L3SmisBAqt8VeTM2cgcFxYbpKfGKJSLegPLobrqkbMoDV2HXzd3EFAt3FdSq42Los/s1600/stalin.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhDgNd9nblUEk6SRzycRNRb39mEs-1qTMYqAFaxHc3AQpdWuBOzjRqrd2WxWH5qm2i24QWgsi5Bs8L3SmisBAqt8VeTM2cgcFxYbpKfGKJSLegPLobrqkbMoDV2HXzd3EFAt3FdSq42Los/s400/stalin.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Stálin na Praça Vermelha</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas a revolução mundial
faltou ao encontro. Fracassou na Alemanha, na Hungria, na Polônia e na Itália. Os
soviéticos então recuaram a adotaram a ideia – até então estranha ao marxismo –
de “socialismo num só país”. A partir de então, o experimento comunista na União
Soviética, com a perenização de uma ditadura de partido único, parecia indicar
o único caminho possível à esquerda revolucionária mundial – dissidências como
o trotskismo eram marginais. Mesmo com a coletivização forçada entre <st1:phone o:ls="trans" w:st="on">1929-1934</st1:phone>, a derrota dos republicanos na
guerra civil espanhola de 1936; os sangrentos expurgos de <st1:phone o:ls="trans" w:st="on">1936-1938</st1:phone> no PC soviético e o colossal erro de avaliação da
III Internacional, cuja subestimação do perigo nazista na Alemanha impediu a
formação de uma aliança entre comunistas e socialistas. Mas o decisivo
envolvimento do Exército Vermelho na II Guerra na derrota do nazi-fascismo, bem
como a formação de inúmeras guerrilhas comunistas contra os alemães em vários
p</span><span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">aíses europeus (Itália, França, Iugoslávia) levou o prestígio da URSS aos píncaros.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEKF3O7EFeaqpM7Bzvi321woCled7XZ3-Z7L4MAXc_dUBhcFJi-USjPfP2BsPldB8xsHNNme4Mw7OFysS_OEL3VwIfpE1B2a0bHZZN6P5nXlQGwdjqCfJgROsB_X_lGnd0R4OnWb0SyQs/s1600/brandt.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEKF3O7EFeaqpM7Bzvi321woCled7XZ3-Z7L4MAXc_dUBhcFJi-USjPfP2BsPldB8xsHNNme4Mw7OFysS_OEL3VwIfpE1B2a0bHZZN6P5nXlQGwdjqCfJgROsB_X_lGnd0R4OnWb0SyQs/s400/brandt.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Willy Brandt no Congresso de Bad Godsberg (1959)</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O fim do conflito mundial
trouxe a bipolaridade EUA/URSS e a Guerra Fria. Regimes pró-soviéticos dominaram
o Leste Europeu. E a social-democracia finalmente deu adeus ao marxismo em
1959, quando o Partido Social Democrata Alemão, no Congresso de Bad Godsberg,
abandonou a referência à luta de classes, ao proletariado e à revolução socialista.
Por outro lado, o congresso mudou a relação do partido com a democracia representativa:
de tática para tomar o poder ela virou “valor universal”. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">O período de <st1:metricconverter productid="1950 a" w:st="on">1950 a</st1:metricconverter> 1979 foram os “anos
dourados” da social-democracia europeia. Com ajuda do Plano Marshall, do
keynesianismo e, às vezes, até dos partidos conservadores, a social-democracia construiu
o <i>welfare state</i> na Europa, com pleno
emprego, ampla rede de proteção social e garantias individuais. O preço foi se
alinhar aos Estados Unidos e à OTAN (aliança militar ocidental) contra a União
Soviética. Já esta última, apesar de experimentar grande desenvolvimento econômico
e tecnológico, enfrentou muitas rebeliões em seus satélites do Leste: Belgrado
(1947); Berlim (1953); Budapeste e Varsóvia (1956) e Praga (1968) – todas, à
exceção de Belgrado e Varsóvia, sufocadas com tanques do Pacto de Varsóvia. Mesmo
a vitória dos comunistas na China, em 1949, se revelaria fonte de permanentes
dores de cabeça para Moscou, até o rompimento, em 1961.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig4vIwcxKEzMAnjh_ZK11b9AK-RQI-3EFZMkK1FPc4Y1OqjTJ1E5W18WNrG6n8CcjH9xbkbIH_alshW7pC0YStxt9Y3SKDP5Iv9QDyOMxHXiTT3rajoChZBBrg3xY3HOFCwSDNdmrjqFc/s1600/euro.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="293" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEig4vIwcxKEzMAnjh_ZK11b9AK-RQI-3EFZMkK1FPc4Y1OqjTJ1E5W18WNrG6n8CcjH9xbkbIH_alshW7pC0YStxt9Y3SKDP5Iv9QDyOMxHXiTT3rajoChZBBrg3xY3HOFCwSDNdmrjqFc/s400/euro.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Berlinguer, Carrillo e Marchais, os pais do Eurocomunismo</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Os anos 1970 e 1980 trouxeram
mudanças significativas para os grandes partidos comunistas e socialistas da
Europa ocidental. Em primeiro lugar, os maiores PCs do Ocidente (Itália, França
e Espanha) romperam com a tutela de Moscou e fundaram o “Eurocomunismo”, uma tendência
que, de certa maneira, fez o caminho de volta e abraçou as teses reformistas que
o SPD adotara <st1:personname productid="em Bad Godsberb. Entre" w:st="on"><st1:personname productid="em Bad Godsberb." w:st="on">em Bad Godsberb.</st1:personname> Entre</st1:personname>
as mudanças, a mais decisiva para os comunistas foi a admissão de que a
democracia deixara de ser expediente tático para se tornar “valor universal”,
como para os social-democratas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZFaK0uI5UGc7QCJhzCUL78sIoIHvn293X3uq5q-pBEMfK5TMvxT6KMp_-BZB2fo1fqakDy5FS5d918-i3pK9QF15XBCWuomg2Qff4yIejr43QfwgZB7_36eSqreg2jFIlgCsF-mCfpqk/s1600/estatua.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiZFaK0uI5UGc7QCJhzCUL78sIoIHvn293X3uq5q-pBEMfK5TMvxT6KMp_-BZB2fo1fqakDy5FS5d918-i3pK9QF15XBCWuomg2Qff4yIejr43QfwgZB7_36eSqreg2jFIlgCsF-mCfpqk/s400/estatua.jpg" width="265" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Estátua de Lênin retirada</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Estes, por sua vez, viveriam uma
espécie de “reação termidoriana”. Acossados pelos conservadores, que adotaram o
receituário neoliberal para desmantelar o <i>welfare
state</i>, os social-democratas capitularam, copiando a fórmula de seus
inimigos. Começaram na Espanha, com Felipe González; depois na França, com
François Mitterrand; no Reino Unido, com Tony Blair; e finalmente na Alemanha,
com Gerhard Schröder. Ao aplicarem as mesmas políticas de austeridade, arrocho,
corte de impostos e aumento do desemprego de Thatcher e Ronald Reagan, os
social-democratas jogaram a última pá de cal no <i>welfare state</i>, talvez o melhor experimento social da humanidade. A
queda do Muro de Berlim (1989) e a implosão da União Soviética (1991) acabaram
por completar esse desmonte. O resultado é que hoje não apenas a utopia
comunista foi derrotada; também a ideia do capitalismo com face humana morreu. Ficamos
à mercê das teorias liberticidas de Milton Friedman e Friedrich Hayek,
irremediavelmente fadados a viver no mundo hobbesiano do homem como lobo do
homem. </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-83657207562137438802013-04-01T15:01:00.002-07:002013-04-01T15:01:18.648-07:001º DE ABRIL DE 1964: O DIA DA INFÂMIA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj54uswqtLZaWmfW91dJe_QBxyy-vSj0wHgeYr32SNQcV_DrQ79YlfWSSvRLPUY9K_nfE0tMbox0QEqzGDzqVCOi_mpsoQtertBthYtFXiM8XO_FTnXQd-1acTGfZ-s7bdVOSqADNY_WeQ/s1600/jango.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="292" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj54uswqtLZaWmfW91dJe_QBxyy-vSj0wHgeYr32SNQcV_DrQ79YlfWSSvRLPUY9K_nfE0tMbox0QEqzGDzqVCOi_mpsoQtertBthYtFXiM8XO_FTnXQd-1acTGfZ-s7bdVOSqADNY_WeQ/s400/jango.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">João Goulart (ao lado da mulher, Maria Thereza): opção pela não-resistência </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">Há 49 anos, no dia da
mentira, as mesmas forças econômicas e políticas que hoje fazem feroz oposição
ao governo de Dilma Rousseff e ao ex-presidente Lula se articularam com a
grande mídia (como hoje...), setores de direita das Forças Armadas e a cúpula
da Igreja Católica para desfechar um golpe de Estado contra o presidente João
Goulart. Esses setores estavam inconformados com as “reformas de base”, prometidas
por Jango, e com a ascensão ao primeiro plano da vida política do país dos segmentos
historicamente excluídos: operários, camponeses e soldados. Para ganhar a
classe média, os conservadores manipularam habilmente o temor do “perigo
comunista” e da instalação de uma “república sindical” no país.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9_O_9g5sNfjd1G24rZm1sZncqo7Apw2a44Qdyw4Dtx82ujnUTp12TZ6Km8nimYAqwF4U49NIlkmuYZ2OUX7xW3iHLNCij6ai59FSGFBI8dOIXVu2d0Rb8UEhzGidehHfxoaYlNQ39p4/s1600/mour%C3%A3o.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiF9_O_9g5sNfjd1G24rZm1sZncqo7Apw2a44Qdyw4Dtx82ujnUTp12TZ6Km8nimYAqwF4U49NIlkmuYZ2OUX7xW3iHLNCij6ai59FSGFBI8dOIXVu2d0Rb8UEhzGidehHfxoaYlNQ39p4/s400/mour%C3%A3o.jpg" width="240" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">General Olympio Mourão, a "vaca fardada" </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Mas, articulado desde 1954
contra Getúlio Vargas, o golpe só saiu porque um general de três estrelas tresloucado,
Olympio Mourão Filho – que mais tarde se autodenominaria uma “vaca fardada” –
se precipitaria fazendo seus recrutas, sediados <st1:personname productid="em Minas Gerais" w:st="on">em Minas Gerais</st1:personname>,
marcharem contra o Rio de Janeiro, então a sede do poder central. Dois ou três caças
da FAB teriam resolvido o problema, se o presidente Goulart estivesse disposto
a resistir, como fizera Leonel Brizola em 1961, quando os comandantes militares
tentaram impedir a posse de Jango depois da renúncia de Jânio Quadros. Mas
Jango preferiu deixar o poder para evitar uma guerra civil, que provocaria,
segundo ele, “derramamento de sangue de brasileiros”. No entanto, é certo que,
se houvesse resistência, o golpe seria apenas adiado, já que a ruptura entre Jango
e a cúpula militar se tornara irreversível desde que o presidente prestou sua
solidariedade aos marinheiros amotinados e aos sargentos reunidos no Automóvel
Clube às vésperas da quartelada. De qualquer forma, a resistência tornaria as
coisas bem mais difíceis para os golpistas.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A ausência de resistência
teve conseqüências trágicas. Em primeiro lugar, levou parte da esquerda que
antes orbitava em torno do Partido Comunista Brasileiro (PCB) a optar pela luta
armada contra o regime, num momento de ampla desmobilização e desorganização
dos trabalhadores e dos camponeses. O resultado foi uma repressão brutal e
feroz, particularmente depois do AI-5, que transformou a tortura em instrumento
de Estado e provocou centenas de mortos e “desaparecidos” políticos. Em segundo
lugar, a ausência de resistência ao golpe permitiu que, quando o regime
finalmente se exauriu, tivesse condições de promover a transição controlada – a
tal “abertura lenta, segura e gradual” – na qual os militares bloquearam toda
possibilidade de investigação dos crimes da ditadura.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ2UCxN02y7sGEiywPyqxs4vGY40gdadaQFhHPMTlVsygdgobqGK4rX5fj3rJKeVKpWdZcCMHZKPxID94T_wHrxKNfVnK_eSldchSPAdyrJ6KDXOiKMSyE0nmYHIVUfXe63TRCSQBEdmE/s1600/golpe+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="287" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJ2UCxN02y7sGEiywPyqxs4vGY40gdadaQFhHPMTlVsygdgobqGK4rX5fj3rJKeVKpWdZcCMHZKPxID94T_wHrxKNfVnK_eSldchSPAdyrJ6KDXOiKMSyE0nmYHIVUfXe63TRCSQBEdmE/s400/golpe+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Os chefes da ditadura e da repressão: Castello, Costa e Silva e Geisel </td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Agora, com a Comissão da
Verdade, teremos condições de começar a escrever essa história, apesar do
pessimismo de muito na esquerda. Estão vindo à tona as circunstâncias da prisão
e morte de Rubens Paiva e Vladimir Herzog, entre outros, bem como as ligações
perigosas entre os empresários e os porões da ditadura, e entre os diplomatas
americanos e os generais brasileiros. Essa discussão está se tornando pública.
É o primeiro passo para incriminar os responsáveis pelos crimes da ditadura, apesar
da decisão do STF contra a punição aos repressores. Temos que criar condições
para responsabilizar os chefões, e não apenas a parte inferior da cadeia de
comando. Brilhante Ustra; Carlinhos Metralha; o capitão Albernaz; Fleury; o
brigadeiro Burnier, mas também Médici, Costa e Silva, Geisel, Castello e
Figueiredo. Que sejam postumamente expulsos do Exército e desonrados, como
aconteceu com Jorge Videla ainda em vida. </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14pt;"> </span><span style="font-size: 14pt;"> </span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-49663312333448157632013-03-27T15:28:00.002-07:002013-03-27T15:28:46.742-07:00CÁMPORA, O BREVE<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrQ8mcascDmPbQH3w2SUbXG5CzjOGNWN7q3zdQsEXz93Qk95ManBSwR3O5PpA0GeybfZ77b0pMI2kt-PAtPX8Y0-cDh5qm0XU6KvCpzXjTLQVUhboyMVeaFxt7kLy1q3tdLZ6upu-3cUo/s1600/campora.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrQ8mcascDmPbQH3w2SUbXG5CzjOGNWN7q3zdQsEXz93Qk95ManBSwR3O5PpA0GeybfZ77b0pMI2kt-PAtPX8Y0-cDh5qm0XU6KvCpzXjTLQVUhboyMVeaFxt7kLy1q3tdLZ6upu-3cUo/s400/campora.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Héctor Cámpora toma posse como presidente em 1973</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large; line-height: 17.25pt;">Continuo
meu trabalho de resgate de personagens históricos esquecidos ou mais ou menos
esquecidos. Hoje é a vez de Héctor Cámpora que, há exatos 40 anos, foi eleito presidente
da Argentina, tendo governado por menos de dois meses. Cámpora se candidatou
por uma frente peronista, a Frente Justicialista de Libertação (FreJuLi) porque
a ditadura do general Alejandro Augustín Lanusse proibira o general Juan
Domingo Perón, exilado na Espanha desde 1955, de concorrer à Casa Rosada.</span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Perón preparava
sua volta triunfal. O slogan da campanha era: “Cámpora no governo; Perón no
poder”. Perón o escolhera por sua lealdade, a qual vários companheiros
ridicularizavam. Na época circulava <st1:personname productid="em Buenos Aires" w:st="on">em Buenos Aires</st1:personname> uma piada; Perón se dirige a Cámpora:
“Que horas são?”, pergunta. “A hora que o senhor quiser, meu general”, responde
Cámpora. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Tudo
correu bem até que Cámpora vestiu a faixa presidencial, em <st1:date day="25" ls="trans" month="5" w:st="on" year="1973">25 de maio de 1973</st1:date>. Os
problemas com Perón começaram na mesma noite, quando manifestantes Montoneros –
a esquerda peronista – abriram as prisões e libertaram presos políticos que
estavam condenados ou sendo julgados por tribunais militares. A iniciativa
atropelou inclusive a anistia política que tinha sido acordada por Cámpora com
as forças políticas argentinas, mas precisava de 48 horas para ser transformada
em lei. <o:p></o:p></span></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZotXT1bAu2N-guyI7fsvRXISIRS5Jn7-gC_kYSg6d_C6mlmdf7mhsK7Oy-j53yYgloalJCQ4q2ThxLqzEOm6x2rNRRshtfGssl75dowIAkkdupT2hu-pS3gHtkGN9x_7GKjtmg8CNOX0/s1600/PERON+Y+CAMPORA.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="295" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZotXT1bAu2N-guyI7fsvRXISIRS5Jn7-gC_kYSg6d_C6mlmdf7mhsK7Oy-j53yYgloalJCQ4q2ThxLqzEOm6x2rNRRshtfGssl75dowIAkkdupT2hu-pS3gHtkGN9x_7GKjtmg8CNOX0/s400/PERON+Y+CAMPORA.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cámpora (esq.) e Perón</td></tr>
</tbody></table>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">A
incapacidade de Cámpora em controlar a situação irritou o velho caudilho, que do
exílio madrilenho pôde ver os montoneros ocuparem edifícios públicos e
privados. O general antecipou seu regresso e forçou Cámpora a renunciar 49 dias
depois de ter assumido. O flerte de Cámpora com a esquerda fez com que ele caísse
definitivamente em desgraça com Perón. Ele ficou completamente isolado dentro
do peronismo. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Nas
novas eleições, em <st1:date day="23" ls="trans" month="9" w:st="on" year="1973">23
de setembro de 1973</st1:date>, Juan Perón e sua mulher Isabelita, candidata a
vice, tiveram 61% dos votos. Aquelas eleições não seriam da Juventude Peronista
e dos Montoneros, mas de seus rivais, a direita peronista e os sindicatos. O tempo
daqueles jovens e o do próprio Cámpora tinha passado. O rompimento final se deu
no dia 1º de maio de 1974, quando, num comício no balcão da Casa Rosada, Perón
chamou os militantes esquerdistas de “imberbes e estúpidos” e os expulsou da
Praça de Mayo. Dois meses depois, o próprio Perón estava morto. E a Argentina,
sob Isabelita e López Rega, iniciava a descida aos infernos. <o:p></o:p></span></div>
<div style="background: white; line-height: 17.25pt; margin-bottom: 11.25pt; margin-left: 0cm; margin-right: 7.5pt; margin-top: 0cm;">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Hoje,
a esquerda peronista identificada com o governo Kirchner formou uma organização
denominada <st1:personname productid="La Cámpora" w:st="on">La Cámpora</st1:personname>,
em homenagem ao velho líder falecido em <st1:metricconverter productid="1980. A" w:st="on">1980. A</st1:metricconverter> organização é chefiada pelo filho de
Nestor e Cristina, Máximo Kirchner.</span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-78571640097279995632013-03-26T15:33:00.002-07:002013-03-26T15:33:50.589-07:00UMA EPOPÉIA SOVIÉTICA<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMBPIf0nmpjKRJ278zOHD7Z8pPskn-DQj4ylp-IiMOkBo3qSqs3cE796KvS7wGxtgHmGNsz6oYHQ2A87B5JFq_T-O-Nh7Q2ADvNg_HkJz-qwepRotbCAbnaA6jkPEzT3pOww0WbuZuwo/s1600/soviet+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="263" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgSMBPIf0nmpjKRJ278zOHD7Z8pPskn-DQj4ylp-IiMOkBo3qSqs3cE796KvS7wGxtgHmGNsz6oYHQ2A87B5JFq_T-O-Nh7Q2ADvNg_HkJz-qwepRotbCAbnaA6jkPEzT3pOww0WbuZuwo/s400/soviet+II.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Guerrilheiras soviéticas</td></tr>
</tbody></table>
<br />
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Há 70 anos ocorreu na Ucrânia
uma das maiores expedições punitivas realizadas pelos nazistas durante a II
Guerra Mundial. O episódio, estranhamente esquecido, ficaria conhecido como <i>Massacre de Koriukivka</i>, vilarejo
da Ucrânia onde as tropas SS assassinaram 6.700 habitantes e queimaram suas
casas, em represália às ações dos <i>partisans
</i>soviéticos liderados por Oleksiy Federovych Fedorov (1901-1989). A ironia é
que os invasores alemães tinham sido inicialmente bem recebidos por parte dos
ucranianos oprimidos pelo stalinismo, mas a política de terra arrasada dos
nazistas fez crescer rapidamente o apoio à resistência. O vilarejo de Koriukivka
foi libertado pelo Exército Vermelho dias depois, em 19 de março. Para<b> </b>se
ter uma ideia da tragédia em Koriukivka, o massacre da cidade de Lídice (Tchecoslováquia)
no ano anterior, em represália ao assassinato do general SS Reinhard Heydrich,
custou a vida de 340 pessoas (1.500 em toda a Tchecoslováquia). Já no episódio
das Fossas Ardeatinas, que teve lugar em <st1:date day="24" ls="trans" month="3" w:st="on" year="19">24 de março de 19</st1:date>44 em Roma, 335 italianos foram mortos pelos nazistas em represália ao assassinato 33 soldados alemães pelos <i>partigiani</i>.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3sD2jZbbUdCGtzaxYjjxFiXN6Z7AFfjZaL2bkSiSM6WatPRi10tEePvNMqigO7PEujmz81A9yYF_k4QB4ZrFOMJoV3qVOo8-kR7oJszG025qtGzTaQ4xvlBtt-R6oQbW8Yzx3yjyWI90/s1600/Fyodorov_1977.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3sD2jZbbUdCGtzaxYjjxFiXN6Z7AFfjZaL2bkSiSM6WatPRi10tEePvNMqigO7PEujmz81A9yYF_k4QB4ZrFOMJoV3qVOo8-kR7oJszG025qtGzTaQ4xvlBtt-R6oQbW8Yzx3yjyWI90/s400/Fyodorov_1977.JPG" width="238" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Oleksiy Fedorov</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Já
Oleksiy Fedorov se tornaria um dos maiores ícones da resistência soviética. Ele
havia lutado em 1920 na Guerra Civil russa nas fileiras do Exército Vermelho e
entrado para o Partido Comunista em 1927. Quando a Alemanha Nazista invadiu a
União Soviética, ele se tornou um dos principais organizadores da resistência
armada. Entre <st1:phone o:ls="trans" w:st="on">1941-1942</st1:phone> Fedorov
comandou unidades guerrilheiras que mataram cerca de mil soldados alemães. Suas
unidades guerrilheiras ainda participaram da libertação de outras regiões da
União Soviética. Durante a operação na Central Ferroviária de Kovel, em 1943, seus
<i>partisans</i> destruíram cerca de 500 vagões
de suprimentos alemães, com munição, combustível e equipamentos. Por sua atuação
na resistência antinazista, Fedorov recebeu o título de Heroi da União Soviética
e a Ordem de Lênin.</span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-70127142917898223112013-03-25T13:44:00.001-07:002013-03-25T18:50:45.933-07:00O CERCO RELIGIOSO AO ESTADO LAICO<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]-->
<br />
<blockquote class="tr_bq">
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;"><span class="apple-style-span"><i><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">"Quando se legisla sob bases
religiosas, abre-se o caminho para todo tipo de intolerância e perseguição
religiosa" (W.B Yeats)</span></i></span></span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;"><span class="apple-style-span"><i><span style="background: none repeat scroll 0% 0% white;">“Perseguição não é uma característica
original em nenhuma religião, mas é sempre a característica marcante de toda
lei baseada em religião, ou religião estabelecida pela lei” (Thomas Paine)</span></i></span></span></span></div>
</blockquote>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivPEEq0Q8prGUgvDlQrb8Ky2It0JmTVWWCbZiFUw4KBRk99G1ESduLjAv-K3S3hLWotK4P1CdRCA970McBl0gkr0KWjE2n1q1pAlufvjRFvPJvqKXfVV2f5WnIt8ctNx4aBOdXxTrM88Q/s1600/laico+I.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="243" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivPEEq0Q8prGUgvDlQrb8Ky2It0JmTVWWCbZiFUw4KBRk99G1ESduLjAv-K3S3hLWotK4P1CdRCA970McBl0gkr0KWjE2n1q1pAlufvjRFvPJvqKXfVV2f5WnIt8ctNx4aBOdXxTrM88Q/s640/laico+I.jpg" width="640" /></a><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Desde
que se tornou República, há 123 anos, o Brasil é um Estado laico ou secular, o
que significa que é um Estado que não adota uma religião oficial, nem se
confunde com nenhuma confissão religiosa, permite a ampla liberdade de crença e
descrença, com igualdade de direitos entre as diversas crenças e “descrenças”. E,
acima de tudo, não aceita fundamentações religiosas para definir os rumos
políticos e jurídicos do país. </span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Diferimos,
pois, de Estados confessionais, que são aqueles que, embora não se confundam
com a religião da maioria, adotam-na como religião oficial, permitindo que ela influa nos rumos do país, além de lhe concederem privilégios. Foi o que
aconteceu com o Brasil Imperial e é o que acontece ainda hoje com países como a
Argentina, o Paraguai e a Costa Rica, entre outros. E ainda existem as
teocracias, nas quais o Estado se confunde com a religião e esta decide os
rumos da nação e de seus cidadãos, com os dogmas religiosos pautando as políticas
estatais e as relações privadas. É o caso da maioria dos Estados islâmicos,
como a Arábia Saudita e o Irã. </span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-tcbmmNPdzaYul2zbb4N0W0UI4hBnoFl878pGNtSvryqgFhsZtLixkVqp8kMlbG4fQE4_0LL_xeT7bAt2CFYnjfc7tB-Amb0z0P17Bt5Eq55D3BgdLnqnfov99heptNPDSWn6h7wMBWo/s1600/laico+II.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="306" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-tcbmmNPdzaYul2zbb4N0W0UI4hBnoFl878pGNtSvryqgFhsZtLixkVqp8kMlbG4fQE4_0LL_xeT7bAt2CFYnjfc7tB-Amb0z0P17Bt5Eq55D3BgdLnqnfov99heptNPDSWn6h7wMBWo/s400/laico+II.jpg" width="400" /></a><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Mas,
apesar disso, o laicismo ainda não criou raízes no Brasil. A presença de
crucifixos em repartições públicas e instituições escolares, os feriados
religiosos, a assinatura, há alguns anos, de uma concordata entre o Brasil e o
Estado do Vaticano, na qual se concede privilégios à Igreja Católica e, mais recentemente, a aprovação, no Rio de Janeiro, de uma lei que estabelece o ensino religioso na grade
curricular obrigatória das escolas de ensino fundamental da rede municipal são
exemplos disso. </span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Agora,
segundo matéria do jornal <i>O Globo</i> de
domingo, mais da metade das escolas públicas brasileiras subvertem a
Constituição ao obrigar os alunos a assistir aulas de religião e mesmo a fazer
orações. Segundo levantamento feito pelo portal Qedu.org.br, a partir dos dados
do questionário da Prova Brasil 2011, em 51% dos colégios há o costume de se
fazer orações ou cantar músicas religiosas. De acordo com a reportagem, nas
escolas públicas de ensino fundamental que oferecem aulas de ensino religioso
(dois terços do total), 49% dos diretores admitiram que a presença nessas aulas
é obrigatória. A maior incidência dessas práticas ocorre no Tocantins, onde 73,9%
dos diretores admitiram ser comum a prática de cânticos e orações nas escolas.
Na sequência, estão os estados de Goiás (67,4%) e Espírito Santo (65,8). Os
estados de menor ocorrência são Amapá (35,4%); Rio Grande do Sul (35,1%) e
Santa Catarina (34,5%). </span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; margin: 0cm 0cm 15pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSaRngOzZd8quRFmaBIzQd_Ca1RaNKfgmbdo6uSiS9AyGUG8pEwU4Qt0Q4dOv1bKt4XA06fEpddvK_BpRcBUV1UGUbB4lb39nkd4WGkWrD04ExpEC3bfpUnSuMvzoqp5VuPd-tIPQjrPw/s1600/laico.png" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiSaRngOzZd8quRFmaBIzQd_Ca1RaNKfgmbdo6uSiS9AyGUG8pEwU4Qt0Q4dOv1bKt4XA06fEpddvK_BpRcBUV1UGUbB4lb39nkd4WGkWrD04ExpEC3bfpUnSuMvzoqp5VuPd-tIPQjrPw/s400/laico.png" width="398" /></a><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">A
prática contraria frontalmente a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB),
segundo a qual a religião é uma disciplina facultativa. Como se não bastasse,
em 80% dessas escolas não há atividades alternativas para estudantes que não
queiram assistir aulas de religião. E a reportagem relata ainda casos de <i>bullying</i> contra alunos praticantes do
candomblé ou sem confissão religiosa, levados a cabo inclusive por professores.
</span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal">
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhssyjOjgcquaVehvNKCDnP5h90wBrZxhPfbkD4LnpE43C_Rinuxfajv0fLY7iUxJpJYQrfvsYsfdGQrqQOmQqYe371b08xLzVRBUKPMsKFNrMcZU4R9ASKG6grvRrVFsuByrdRaTfM85o/s1600/cris.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhssyjOjgcquaVehvNKCDnP5h90wBrZxhPfbkD4LnpE43C_Rinuxfajv0fLY7iUxJpJYQrfvsYsfdGQrqQOmQqYe371b08xLzVRBUKPMsKFNrMcZU4R9ASKG6grvRrVFsuByrdRaTfM85o/s400/cris.jpg" width="400" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Cristina Kirchner e o papa Francisco</td></tr>
</tbody></table>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Por essas e por outras é que podemos
considerar “uma benção” para o Brasil o fato de o Conclave não ter elegido um
papa brasileiro. Vocês já imaginaram a pressão que a santa madre igreja
católica iria fazer sobre o governo federal para tentar impor sua agenda medieval –
combate ao aborto, veto à pesquisa de células-tronco, à camisinha, aos direitos
das mulheres, dos homossexuais e de outros “desviantes” – caso isso acontecesse?
Para quem duvida, convém prestar atenção nos movimentos da Santa Sé em relação à Argentina. Principalmente agora que Cristina Kirchner disse que o papa Francisco é peronista... </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 14.0pt;"> </span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-77848918033797722372013-03-22T14:35:00.004-07:002013-03-22T14:53:11.670-07:00E POR FALAR EM FELICIANO...<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAes-63DrqFnInZZD1lzmaIquC6Cf_d0Kj9WvWX1JD54ISEhVPy8r0hsVnfIswxW1b0vSIIOPkcIEMWlxurqoF26GOS5GVNXdKnSjw2P8KNM5liFYm0fiTt7LKa-Wpl6QX1y0HWpuzUvk/s1600/amina.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAes-63DrqFnInZZD1lzmaIquC6Cf_d0Kj9WvWX1JD54ISEhVPy8r0hsVnfIswxW1b0vSIIOPkcIEMWlxurqoF26GOS5GVNXdKnSjw2P8KNM5liFYm0fiTt7LKa-Wpl6QX1y0HWpuzUvk/s400/amina.jpg" width="266" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">Amina, protesto de peito aberto</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Um clérigo muçulmano da Tunísia
condenou à morte por lapidação (pedradas) uma jovem de 19 anos que difundiu nas
redes sociais uma foto sua fazendo topless com a frase em árabe: “Meu corpo me
pertence e não representa a honra de ninguém”. Amina – cujo sobrenome não foi
divulgado – é integrante das Femen, organização feminista que se celebrizou pelas táticas provocativas, com mulheres seminuas protestando contra diversas formas de
machismo e autoritarismo em vários países.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="color: magenta; font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Adel Almi, o clérigo que
emitiu a <i>fatwa </i>– sentença islâmica –
disse que a jovem deveria receber entre 80 e 100 chibatadas e depois ser apedrejada
até a morte. O pior é que a própria família de Amina concordou com a sentença. “Nossa
filha é vítima de manipulação mental, de lavagem cerebral. Devemos lutar contra
este flagelo para salvar nossas meninas”, disse a mãe da jovem, sem se importar
com o fato de que, para “salvar” a filha, era preciso matá-la. Além dela, o pai,
tios e primos da jovem apoiaram a <i>fatwa</i>.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbqURjVM7Dmn8F9cmJuogey7bZKY-UhPzHK2dBeQEJltdlT08S524io1Lctdu24oL9igAW4nDesILlcq6W-ChUP3km_QCuhrLVlgDVemegJb58t86FFVt54CF9f-nY8MQhh39ZCmUhhT4/s1600/pascal.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><span style="color: magenta;"><img border="0" height="320" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbqURjVM7Dmn8F9cmJuogey7bZKY-UhPzHK2dBeQEJltdlT08S524io1Lctdu24oL9igAW4nDesILlcq6W-ChUP3km_QCuhrLVlgDVemegJb58t86FFVt54CF9f-nY8MQhh39ZCmUhhT4/s320/pascal.jpg" width="302" /></span></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;"><span style="color: magenta;">Blaise Pascal</span></td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="color: magenta;">A estupidez religiosa realmente não tem
limites. E não venham me falar que isso é coisa de muçulmanos. O “pastor” Marco
Feliciano, a bancada evangélica, os neopentecostais, os carismáticos e a direita religiosa americana estão aí para
desmentir essa asneira. </span></span><br />
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="color: magenta;"><i><br /></i></span></span>
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;"><span style="color: magenta;"><i>O Tempora, O
Mores!</i> Tomás de Aquino, o maior teólogo do catolicismo, dizia ter medo dos
homens de um livro só. O filósofo Blaise Pascal (século XVII), que era jansenista, afirmava
que os homens nunca fazem o mal de maneira tão completa quando o fazem por convicção
religiosa. Já o doutor Sigmund Freud sabia que nós poderíamos ser muito melhores se não
quiséssemos ser tão bons.</span> <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-25138673577154160312013-03-22T14:31:00.000-07:002013-03-22T14:31:19.209-07:00UMA PROPOSTA FASCISTA... E BURRA!<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: right; margin-left: 1em; text-align: right;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6iQjNeWBWDrgcvoXFnKp-92TLTSaRcIqnIblK0PQVsLAcdXLMMf21Gk3s2jTj6-GPgPy0EdwVCUTQVLsJQ77TBg24VEFe_2x3cniOWhgWnM6pSVrpjWSfDkXNKl4btV97g42QaSLdTLI/s1600/telhada.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh6iQjNeWBWDrgcvoXFnKp-92TLTSaRcIqnIblK0PQVsLAcdXLMMf21Gk3s2jTj6-GPgPy0EdwVCUTQVLsJQ77TBg24VEFe_2x3cniOWhgWnM6pSVrpjWSfDkXNKl4btV97g42QaSLdTLI/s400/telhada.jpg" width="346" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O coronel (hoje vereador) Paulo Telhada, do PSDB</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: 'Courier New', Courier, monospace; font-size: large;">A Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Câmara Municipal de São Paulo teve o desplante de aprovar a
concessão da Salva de Prata – homenagem da Casa por relevantes serviços prestados
à sociedade – ao Batalhão das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, mais
conhecido como “Rota”. O projeto, de autoria do coronel PM Paulo Telhada (PSDB), ex-comandante
do batalhão, justifica a homenagem, entre outras coisas, pelas “campanhas de
guerra” realizadas pela PM durante a ditadura militar, nas quais a Rota
participou da caçada de guerrilheiros de esquerda. Na justificativa, Telhada
destacou a repressão, em 1970, ao foco guerrilheiro instalado no Vale do
Ribeira, sob o comando do ex-capitão do Exército Carlos Lamarca.</span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Seria cômico se não fosse trágico.
Homenagear a Rota – unidade notória por realizar execuções extrajudiciais de
suspeitos – pelo seu papel na repressão política quando o país discute o que aconteceu
com os mortos e desaparecidos é um achincalhe. Não surpreende que o coronel
Telhada tenha feito essa proposta; a PM nunca negou suas origens. O brasão de
armas da corporação é composto por um escudo com 18 estrelas prateadas que
representam “marcos históricos” da PM. Um deles homenageia o golpe de 1964 e a
repressão de manifestações populares. O que me causa espécie é esse projeto ter
sido aprovado na CCJ da Câmara Municipal. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<table cellpadding="0" cellspacing="0" class="tr-caption-container" style="float: left; margin-right: 1em; text-align: left;"><tbody>
<tr><td style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQyEI_3E7FgiqsZmlH7YxwErQvtoJPLrWjeTLp3Zen4X_Ai6Lftz0n1o_2QxJFUITKKKEheAkpAXTvtbXq5u-vkAhIGExd-fL9jL_IJ3o1SjDxZ5vybwZxLNH_FLNLKIb_WXXxfFIvCk/s1600/lamarca.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-left: auto; margin-right: auto;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvQyEI_3E7FgiqsZmlH7YxwErQvtoJPLrWjeTLp3Zen4X_Ai6Lftz0n1o_2QxJFUITKKKEheAkpAXTvtbXq5u-vkAhIGExd-fL9jL_IJ3o1SjDxZ5vybwZxLNH_FLNLKIb_WXXxfFIvCk/s1600/lamarca.jpg" /></a></td></tr>
<tr><td class="tr-caption" style="text-align: center;">O ex-capitão Carlos Lamarca</td></tr>
</tbody></table>
<div class="MsoNormal">
<span style="font-family: Courier New, Courier, monospace; font-size: large;">Além disso, a referência à repressão
à guerrilha do Vale do Ribeira é estúpida. As forças de segurança mobilizaram
cerca de dois mil homens, sob o comando do famigerado coronel Erasmo Dias, para
cercar pouco mais de 30 guerrilheiros. Lamarca os fez de bobos, conseguindo
romper o cerco e fugir para São Paulo com mais quatro companheiros. O que esses
fascistas saudosistas da ditadura têm a comemorar neste episódio? </span><span style="font-size: medium;"><o:p></o:p></span></div>
</div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-2417350528110808966.post-8226015878231992972013-03-21T14:39:00.001-07:002013-03-21T14:45:23.493-07:00SHARPEVILLE REVELOU O APARTHEID <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:WordDocument>
<w:View>Normal</w:View>
<w:Zoom>0</w:Zoom>
<w:HyphenationZone>21</w:HyphenationZone>
<w:PunctuationKerning/>
<w:ValidateAgainstSchemas/>
<w:SaveIfXMLInvalid>false</w:SaveIfXMLInvalid>
<w:IgnoreMixedContent>false</w:IgnoreMixedContent>
<w:AlwaysShowPlaceholderText>false</w:AlwaysShowPlaceholderText>
<w:Compatibility>
<w:BreakWrappedTables/>
<w:SnapToGridInCell/>
<w:WrapTextWithPunct/>
<w:UseAsianBreakRules/>
<w:DontGrowAutofit/>
</w:Compatibility>
<w:BrowserLevel>MicrosoftInternetExplorer4</w:BrowserLevel>
</w:WordDocument>
</xml><![endif]--><br />
<!--[if gte mso 9]><xml>
<w:LatentStyles DefLockedState="false" LatentStyleCount="156">
</w:LatentStyles>
</xml><![endif]--><!--[if !mso]><img src="//img2.blogblog.com/img/video_object.png" style="background-color: #b2b2b2; " class="BLOGGER-object-element tr_noresize tr_placeholder" id="ieooui" data-original-id="ieooui" />
<style>
st1\:*{behavior:url(#ieooui) }
</style>
<![endif]--><!--[if gte mso 10]>
<style>
/* Style Definitions */
table.MsoNormalTable
{mso-style-name:"Tabela normal";
mso-tstyle-rowband-size:0;
mso-tstyle-colband-size:0;
mso-style-noshow:yes;
mso-style-parent:"";
mso-padding-alt:0cm 5.4pt 0cm 5.4pt;
mso-para-margin:0cm;
mso-para-margin-bottom:.0001pt;
mso-pagination:widow-orphan;
font-size:10.0pt;
font-family:"Times New Roman";
mso-ansi-language:#0400;
mso-fareast-language:#0400;
mso-bidi-language:#0400;}
</style>
<![endif]--><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;"></span></span><br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirTS_9L8dp_z_xHVfouJlGTnsiuD31UpAGl3wB14JXIgCoVV4sDG_gJgVXrLTtIh3hbrAKyt1XHMgQaoXbeZq8MByX20k-BZrNhCwv5q-CgLR3gDUNgxqOXo6xv4gJB-mVNgYYnNbt0co/s1600/as.JPG" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="409" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEirTS_9L8dp_z_xHVfouJlGTnsiuD31UpAGl3wB14JXIgCoVV4sDG_gJgVXrLTtIh3hbrAKyt1XHMgQaoXbeZq8MByX20k-BZrNhCwv5q-CgLR3gDUNgxqOXo6xv4gJB-mVNgYYnNbt0co/s640/as.JPG" width="640" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Hoje se comemora o Dia Internacional da Luta pela Eliminação
da Discriminação Racial. A data foi instituída pela ONU em 1969 para lembrar o
Massacre de Sharpeville, ocorrido em 21 de março de 1960 nas proximidades de Johannesburgo,
na África do Sul. Naquele dia, cerca de cinco mil estudantes e trabalhadores sul-africanos
realizaram uma passeata para protestar contra a “Lei do Passe”, que obrigava os
negros a portar uma caderneta, uma espécie de passaporte interno, que indicava os
locais onde eles poderiam se deslocar. A polícia abriu fogo contra os
manifestantes com metralhadoras, matando 69 pessoas – inclusive dez crianças –
e deixando 180 feridos. </span></span></div>
<div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">O episódio foi um <i>turning
point</i> na história da África do Sul, pois chamou a atenção mundial para o <i>apartheid</i>, o regime racista da minoria branca
que vigorava há décadas no país; levou o governo sul-africano a decretar a lei
marcial e a prender quase 20 mil pessoas e fez com que grupos oposicionistas, com
o Congresso Nacional Africano (CNA) à frente, abandonassem a tática de resistência
pacífica e partissem para a luta armada contra a opressão.</span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<br /></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div class="MsoNormal" style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">O <i>apartheid</i>,
na verdade, existia há muito tempo na África do Sul. A Lei da Terra, de 1913,
por exemplo, destinava aos negros – que representavam 2/3 da população – 7,5%
do território, enquanto os brancos, que eram um quinto dos sul-africanos,
ficaram com 92,5% das terras. A vitória do Partido Nacional, em 1948, acelerou
as leis discriminatórias, entre elas a de registro populacional, que obrigava a
população a se definir como branca, negra ou mestiça. O objetivo da minoria branca era separá-las espacialmente
e restringir ainda mais direitos aos negros. E o mais incrível de tudo é que os <i>bôers</i> – os sul-africanos descendentes de holandeses que
dominavam o país – justificam o <i>apartheid</i>
pela leitura da Bíblia feita pela Igreja Reformada Holandesa. </span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn9DUbdoJTGj4H_ShAFlBLcADDaHFSBzwOb-XVugmTFE0tOXoKbb8ijuAnL5igmBg3voklN08AR43rypzR-DfXe202a-gzO_2SVb_wQ7kqKaFliZNQZGI5iaHPv3sNDYivUav-uHeMwk0/s1600/as+II.gif" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="420" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhn9DUbdoJTGj4H_ShAFlBLcADDaHFSBzwOb-XVugmTFE0tOXoKbb8ijuAnL5igmBg3voklN08AR43rypzR-DfXe202a-gzO_2SVb_wQ7kqKaFliZNQZGI5iaHPv3sNDYivUav-uHeMwk0/s640/as+II.gif" width="640" /></a><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #333333;">Nelson Mandela, líder do Congresso Nacional Africano, foi preso
em 1963 e condenado à prisão perpétua em 1964. Ficaria 27 anos no cárcere, mas<span style="font-size: large;"> </span>se
tornaria o maior símbolo da luta contra o <i>apartheid</i>.
Nos anos 1970, uma nova onda de manifestações abalou o regime. Em 1974, o
governo decretou outra lei segregacionista contra a população negra, tornando
obrigatório o idioma <i>africâner</i> em
todas as escolas do país. Em 30 de abril de 1976, crianças das escolas primárias de
Orlando West, em Soweto, entraram em greve, se recusando ir às aulas. A medida
teve o apoio da maioria da população negra de Soweto, incluindo professores e
trabalhadores.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: none repeat scroll 0% 0% white; line-height: 21pt;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRTK85kPDDVi8qxbzasTgwR075Z3q1n0kbawvNq70FCxJqQ11_EF3pUENNjQbFwvrlZAvkharXWsGS7xvuITrAVZnpA4YgzQ1sEunL18U-ufi2IUXafrs2MvUCZ3hyphenhyphenyHBKYIBnPqkCd0/s1600/as+III.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEisRTK85kPDDVi8qxbzasTgwR075Z3q1n0kbawvNq70FCxJqQ11_EF3pUENNjQbFwvrlZAvkharXWsGS7xvuITrAVZnpA4YgzQ1sEunL18U-ufi2IUXafrs2MvUCZ3hyphenhyphenyHBKYIBnPqkCd0/s640/as+III.jpg" width="411" /></a><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;"><span style="color: #333333;">Os estudantes organizaram um protesto em 16 de junho de 1976, marchando
aos milhares pelas ruas de Johanesburgo. O protesto foi duramente reprimido
pela polícia sul-africana, que mais uma vez recebeu manifestantes à
bala. Calcula-se, desta vez, que mais de 700 pessoas tenham sido assassinadas.</span></span></span></div>
<span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">
</span></span><br />
<div style="background: white; line-height: 21.0pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 21.0pt;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Revoltados com a repressão, os negros intensificaram protestos em
todo o país. O regime prendeu, exilou, torturou e matou milhares de pessoas. Em 1977, o
militante Steve Biko, do Movimento de Consciência Negra, morreu em consequência das torturas infringidas pela polícia, provocando nova onda de manifestações.</span></span></span></div>
<div style="background: white; line-height: 21.0pt;">
<br /></div>
<div style="background: white; line-height: 21.0pt;">
<span style="color: #333333; font-size: 14.0pt;"><span style="font-family: "Courier New",Courier,monospace;"><span style="font-size: large;">Muito sangue correria
ainda até o fim do <i>apartheid</i>, em 1994,
quando Nelson Mandela foi eleito presidente da África do Sul e conduziu, sem sectarismos, a difícil
transição para um regime multirracial. </span></span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span><span style="mso-spacerun: yes;"> </span></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<span lang="EN-US" style="mso-ansi-language: EN-US;"><iframe allowfullscreen="" frameborder="0" height="315" src="http://www.youtube.com/embed/QewjEshKbuE" width="420"></iframe></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<span lang="EN-US" style="font-family: "Times New Roman"; font-size: 12.0pt; mso-ansi-language: EN-US; mso-bidi-language: AR-SA; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT-BR;"><iframe frameborder="0" height="315" span="" src="http://www.youtube.com/embed/Y9WB5nOnHIY" width="420">
</div>
</iframe></span></div>
Anonymoushttp://www.blogger.com/profile/00042795565473832183noreply@blogger.com1