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segunda-feira, 9 de novembro de 2009

GUERRA E PAZ CONTRA A TIRANIA

Eles recorreram à violência armada para combater a opressão. Seus inimigos, que praticavam o terror de Estado contra a população, os tachavam de "terroristas". Mas apesar de serem guerrilheiros, não sucumbiram ao fascínio das armas nem ao temor de ser acusados de traidores quando as negociações se mostraram ser um caminho mais viável, embora difícil, para a conquista de seus objetivos. Um tombou vítima do extremismo sectário de seus próprios companheiros; o outro logrou neutralizar seus radicais, transformando-se num dos maiores estadistas do século XX.


Michael Collins - Participante da Rebelião da Páscoa em 1916 contra a ocupação britânica da Irlanda, ele se tornaria um dos líderes do IRA (Exército Republicano Irlandês), mestre nas táticas de sabotagem contra o ocupante. Mas como representante irlandês nas conversações de paz em 1921, apoiou a proposta britânica de conceder independência à Irlanda, excetuando-se o Ulster (Irlanda do Norte). Foi contestado por uma minoria dentro de seu partido, mas o Parlamento irlandês (Dáil Éireann) apoiou o acordo. Chefe de Estado da Irlanda, não hesitou em esmagar uma rebelião dos dissidentes do IRA. Acabou assassinado em 1922 numa emboscada armada por seus desafetos políticos.



Nelson Mandela - Militante do Congresso Nacional Africano (CNA), foi um dos fundadores do braço armado do partido, o Unkhonto We Sizwe (Lança da Nação), criado para lutar contra o apartheid (regime de supremacia branca) na África do Sul. Preso em 1962, foi condenado à prisão perpétua e tornou-se um símbolo da luta contra o regime. Em 1990 foi libertado pelo presidente Frederik De Klerk num processo de negociação para o fim do apartheid. Eleito presidente em 1994, buscou a reconciliação entre brancos e negros para construir uma nova nação. Apesar da enorme popularidade, não caiu na tentação de perpetuar-se no poder, permanecendo como a consciência moral da nação.


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