Desde o fim da ditadura militar, em 1985, os problemas da Defesa Nacional ficaram relegados ao esquecimento no Brasil. O trauma dos “anos de chumbo” fez com que muitos líderes políticos associassem preocupações com os militares a fantasmas do passado. Em função dessa visão estreita, a outrora pujante indústria bélica brasileira foi praticamente sucateada e as Forças Armadas ficaram completamente desaparelhadas. O governo FHC instalou o Sivam – não sem um escândalo mal-esclarecido – e fez um mimo à Marinha, comprando da França um navio-aeródromo (porta-aviões) usado – o Foch, atual São Paulo –, sem a preocupação em definir que tipo de Armada o país necessitava. No projeto FX, elaborado para substituir os velhos Mirage III da FAB, os tucanos iam comprar aviões de prateleira.
Depois de muitas hesitações, o governo Lula reverteu todo esse passivo. Elaborou um Plano Nacional de Defesa que redefine o papel das Forças Armadas brasileiras no século XXI – com prioridade à defesa da Amazônia e da costa brasileira – e cria condições para o desenvolvimento da uma indústria bélica nacional. O governo retomou o projeto do submarino de propulsão nuclear desenvolvido pela Marinha em Aramar, que estava moribundo e ameaçado por interesses escusos. O acordo com a França nos permitirá adquirir tecnologia para o casco; é o que necessitamos para concluir o projeto do submarino nuclear, uma vez que aprendemos a enriquecer o urânio e desenvolvemos um protótipo de reator nuclear. Já o FX, reformulado como FX-2, virou um modelo para a transferência de tecnologia: o governo exigiu, pressionou e agora o Brasil vai aprender como fabricar caças supersônicos seja quem for o vencedor da disputa para fornecer 36 caças à FAB – o Rafale, da Dassault, o F-18 Super Hornet da Boeing ou o Gripen NG, da Saab. Até os americanos tiveram que mudar sua postura tradicional de só entregar “caixas pretas” quando o assunto é a venda de equipamentos militares.
A ironia é que foi um presidente oriundo da esquerda, que lutou contra a ditadura, quem resgatou o tema da Defesa como uma das prioridades nacionais.
Depois de muitas hesitações, o governo Lula reverteu todo esse passivo. Elaborou um Plano Nacional de Defesa que redefine o papel das Forças Armadas brasileiras no século XXI – com prioridade à defesa da Amazônia e da costa brasileira – e cria condições para o desenvolvimento da uma indústria bélica nacional. O governo retomou o projeto do submarino de propulsão nuclear desenvolvido pela Marinha em Aramar, que estava moribundo e ameaçado por interesses escusos. O acordo com a França nos permitirá adquirir tecnologia para o casco; é o que necessitamos para concluir o projeto do submarino nuclear, uma vez que aprendemos a enriquecer o urânio e desenvolvemos um protótipo de reator nuclear. Já o FX, reformulado como FX-2, virou um modelo para a transferência de tecnologia: o governo exigiu, pressionou e agora o Brasil vai aprender como fabricar caças supersônicos seja quem for o vencedor da disputa para fornecer 36 caças à FAB – o Rafale, da Dassault, o F-18 Super Hornet da Boeing ou o Gripen NG, da Saab. Até os americanos tiveram que mudar sua postura tradicional de só entregar “caixas pretas” quando o assunto é a venda de equipamentos militares.
A ironia é que foi um presidente oriundo da esquerda, que lutou contra a ditadura, quem resgatou o tema da Defesa como uma das prioridades nacionais.
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