Balduína de Oliveira Sayão, a Bidu Sayão (11 de maio de 1902-13 de março de 1999), foi a maior soprano brasileira de todos os tempos, embora tenha sido pouco conhecida por aqui. Ela estreou aos 18 anos, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, na ópera Lucia de Lammermoor, de Gaetano Donizetti. Depois, estudou canto em Bucareste, na Romêni), com a soprano Elena Theodorini, e em Nice, com o tenor polonês Jean de Reszke.
Bidu Sayão estreoou oficialmente em Roma em 1926, no papel de Rosina, da ópera O Barbeiro de Sevilha, de Rossini. O sucesso a levou a cantar nas principais casas de ópera da Europa, inclusive o La Scala de Milão.
Em 1935 cantou no Carnegie Hall, onde, sob a regência do maestro Arturo Toscanini, atuou na ópera La Demoiselle Élue, de Claude Debussy. Em 1937 cantou pela primeira vez no Metropolitan Opera House de Nova York.
Bidu radicou-se nos EUA e fez brilhante carreira no Metropolitan. Em 1945, gravou em Nova York a versão mais conhecida da Bachiana Brasileira no 5, de Heitor Villa-Lobos. Era aclamada por causa da voz cristalina e da intensidade cênica. “Ela tem uma voz admirável, de encanto impregnante”, disse Mário de Andrade.
Em 1959, a convite de Villa-Lobos, gravou Floresta Amazônica. Em 1995, aos 95 anos, foi homenageada pela Escola de Samba Beija-Flor. Bidu Sayão morreria quatro anos depois nos EUA, onde viveu a maior parte de sua vida.
Entre as atuações de Bidu Sayão, Madama Butterfly é a minha preferida. Sua força, sua presença sua vitalidade nos faz ter uma ideia da "sicura fede" com a qual Cio-Cio-San esperava a volta do seu amado Pinkerton.
ResponderExcluirEterna Bidu Sayão!!