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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

CINEMA TRANSGRESSIVO


O Porteiro da Noite, de Cavani
Até 30 anos atrás, o cinemão, Hollywood incluído, se dirigia a um público adulto, esclarecido e liberal - no sentido americano da palavra. Mesmo sem a densidade dos filmes de Bergman, Godard, Truffaut e Buñuel, os diretores dos anos 1970 eram intelectualizados e apostavam na discussão de tabus ligados à sexualidade - que Freud chamava de o "mal-estar da civilização" - transgressões como incesto, sadomasoquismo e a tênue fronteira entre o prazer e a dor. Foi-se o tempo. Hoje, somos inundados por produções imbecilizantes, infantiloides, sagas de herois e arremedos de videogames. De olho no mercado, a indústria cinematográfica passou a ver o mundo com os olhos de adolescente mimado, consumista, conformista e bobalhão. É "estética de shopping center". Diretores remanescentes da velha escola, como Clint Eastwood, Woody Allen, Francis Ford Copolla, os irmãos Coen e Almodóvar, entre outros, são exceções que confirmam a regra.



Algumas das grandes produções polêmicas dos anos 1970:
O Porteiro da Noite (Liliana Cavani)


O Último Tango em Paris (Bernardo Bertolucci)

Sopro no Coração  (Louis Malle)


La Luna  (Bernardo Bertolucci)


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