


Sobre este tema, ele escreveu um artigo no Estadão de quinta-feira revelando que um estudo, Farms Here, Forest There (Fazendas aqui, florestas lá), patrocinado pela Associação Nacional dos Fazendeiros (americanos), diz claramente que o agronegócio americano perde bilhões de dólares por ano pela competição de países tropicais, principalmente o Brasil. A tese do estudo, diz Aldo Rebelo, é que a única forma de conter essa perda de competividade dos EUA é por meio da redução do aumento da oferta mundial de produtos agropecuários. Como? Restringindo a expansão da área agrícola de países como o Brasil pela promoção de políticas ambientais internacionais mais rigorosas. "A agricultura e a indústria de produtos florestais dos Estados Unidos podem beneficiar-se financeiramente da conservação das florestas tropicais por meio de políticas climáticas", diz o relatório, textual e cinicamente.
"Países como o Brasil deveriam, na opinião deles, cumprir um novo papel: tornar-se uma espécie de 'área de preservação permanente global'.
Com isso, se resolveriam dois problemas: o comercial, pois sua produção agrícola ineficiente se viabilizaria pela redução da oferta e aumento dos preços internacionais; e o ambiental, porque garantiriamos a compensação necessária para que eles continuem a manter seu atual padrão de consumo, que exige a exploração dos recursos naturais globais acima da capacidade que a natureza tem de repô-los", diz o deputado.

Explica-se, dessa maneira, a defesa "altruísta" dos povos da floresta (alguém ouviu o nome Marina Silva?). E o que fazer com os quase 200 milhões de pessoas que não vivem na floresta e precisam comer e ter um padrão de vida digno, indaga o deputado? "Para estes eles têm a solução que já aplicam na África, depois de arruinarem a produção local de algodão, milho, tomate e outros alimentos, com os subsídios milionários que dão aos seus próprios fazendeiros: a chamada 'ajuda humanitária'".
O imperialismo, definitivamente, não é um tigre de papel. Talvez seja um urso...
De facto há que ser equilibrado no tocante a este tipo de questões. Os fundamentalismos são perniciosos. Até no domínio dos ambientalistas...
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