O ex-ditador líbio Muammar Gaddafi foi preso e executado por rebeldes em Sirte, último bastião de sua resistência. Ele não teve a mesma sorte que Slobodan Milosevic, o dirigente sérvio responsável pelas guerras civis nos Bálcãs dos anos 1990, preso em seu país e entregue ao Tribunal Penal Internacional de Haia (Holanda), onde morreu de enfarte na prisão. Como entre os rebeldes estão muitos trânsfugas do regime de Gaddafi, sua eliminação parece mais queima de arquivo do que vingança.
Outros ditadores que tiveram a má sorte de ser capturados vivos:
Benito Mussolini, ditador fascista da Itália (1922-1943)
Depois de deposto em 1943, Mussolini foi preso pelos italianos e resgatado pelos nazistas. Sob a proteção da Wehrmacht, fundou a "República de Salò" até ser preso pelos partisans (guerrilheiros da Resistência Italiana ao nazi-fascismo)em 28 de abril de 1945 numa vila nas proximidades de Bonzanigo-Giulino di Mezzegra, ao norte de Azzano, às margens do Lago de Como. Foi fuzilado no dia seguinte, junto com sua amante, Clara Petacci. Seus corpos foram expostos à execração pública, pendurados de ponta cabeça na Praça Loreto, em Milão.
Rafael Leônidas Trujillo, ditador da República Dominicana (1939-1961)
Foi assassinado em 30 de maio de 1961 quando seu carro foi metralhado por um grupo numa rua deserta na periferia da capital, Santo Domingo. O atentado teve o apoio da CIA, que temia que o sanguinário Trujillo fosse derrubado por uma revolução comunista, como Batista fora em Cuba em 1959. O filho de Trujillo, Ramfis, assumiu o comando do país e, recrudesceu a repressão e mandou matar todos os que participaram do assassinato do pai.
Ngo Dinh Diem, presidente do Vietnã do Sul (1955-1963)
Primeiro presidente do Vietnã do Sul, Diem era um católico fanático que liderava um governo ditatorial, nepotista e corrupto e que encontrou forte oposição dos monges budistas. Ao ser informado que os militares dariam um golpe de Estado, o governo americano deu carta branca. O golpe ocorreu a 1º de novembro e Diem fugiu, recusando a oferta de asilo. Foi preso e executado a tiros dentro do próprio blindado que o transportava.
Nicolae Ceaucescu, ditador comunista da Romênia (1965-1989)
O veterano ditador stalinista foi deposto na última das revoluções que varreram o bloco soviético do Leste europeu em 1989. Uma guerra civil eclodiu às vésperas do Natal daquele ano, com o Exército lutando contra a Securitate (a polícia política). Preso quando fugia de helicóptero com sua mulher Elena, Ceaucescu foi submetido a um “julgamento” sumário por seus pares do PC e do Exército e fuzilado em 25 de dezembro daquele ano.
Saddam Hussein, ditador do Iraque (1979-2003)
Todo poderoso ditador do Iraque, foi incensado pelo Ocidente quando entrou em guerra com o Irã dos aiatolás em 1980. A Europa e os EUA fecharam os olhos ao uso de armas químicas por Saddam. Mas quando ele invadiu o Kuait, em 1990, os EUA despacharam uma coalizão para tirá-lo de lá. Em 2003, Bush júnior inventou a história das “armas de destruição em massa” para invadir o Iraque e depor Saddam. Encontrado no mesmo ano pelas forças americanos, foi entregue aos iraquianos, “julgado” sumariamente e executado na forca em 2006.
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