Getúlio Vargas e os revolucionários de 1930 |
A Revolução de 1930, que completa 80 anos em 3 de outubro, foi na verdade um golpe militar contra a República Velha dominada pelas oligarquias cafeeiras de São Paulo e Minas Gerais. Foi a última rebelião do tenentismo, movimento da baixa oficialidade do Exército brasileiro que se insurgiu contra o domínio oligárquico-latifundiário com as revoltas em 1922 (18 do Forte de Copacabana) e 1924 (Revolução de São Paulo, que desembocou na formação da Coluna Miguel Costa-Luís Carlos Prestes, ou simplesmente Coluna Prestes). Há quem diga, no entanto, que a "intentona comunista" de 1935 foi a última rebelião tenentista...
Getúlio Vargas |
A nova ordem obteve o apoio dos trabalhadores ao definir direitos trabalhistas como férias, 13º, horas extras e direito de sindicalização e de greve na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). O universo dos eleitores foi ampliado com a legalização do voto feminino. Parte dessas conquistas democráticas foram suprimidas durante o Estado Novo (1937-1945), mas as bases da industrialização estavam lançadas.
Embora não tenham sido totalmente excluídos do novo bloco de poder, os barões do café jamais aceitaram inteiramente a nova ordem. A "Revolução Constitucionalista" de 1932 em São Paulo foi a tentativa da oligarquia agrário-exportadora de restabelecer o status quo pré-Revolução de 1930. A derrota militar da plutocracia paulista, no entanto, não redundou numa derrota política, pois Vargas se reconciliou com ela e concedeu-lhe parte do poder. Mas a elite quatrocentona bandeirante jamais esqueceria e jamais perdoaria, como a dinastia Bourbon na França...
A "vanguarda do atraso" paulistana tem saudades da sociedade patriarcal onde eles davam as cartas e a questão social era "caso de polícia". Isso explica o ódio aos "marmiteiros" e aos torneiros mecânicos.
kkkkkkkkkkkkkkk esses paulistas kkkkkkkkkkkkkkk
ResponderExcluir