"De certa forma, as tecnologias avançadas nos devolvem à pré-história do jornalismo. Na sociedade de informação, os canards parisienses e os menanti ou gazzetanti venezianos agiam livremente. Na rede, as notícias se misturam a boatos, enganos e fantasias, custam menos que uma gazzeta, pois são oferecidas gratuitamente e buscam apoio econômico em práticas da antiguidade clássica. Como Horácio, aspiram ao mecenato de algum imperador, mesmo que tenha a aparência de uma garrafa de Coca-Cola. Descobrimos também o retorno aos tempos épicos do jornalismo, nos quais um um único homem com uma pena e uma resma de papel se dispunha a desafiar o mundo [...] A rede permite a existência do jornal feito por um único redator e dirigido pessoal e especificamente a um único leitor, pois propicia a personalização da informação, a maximização da especialização, a convergência entre o produtor e o receptor da informação"
Juan Luis Cebrián, diretor do jornal espanhol El Pais
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
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