"A propaganda jamais apela à razão, mas sempre à emoção e ao instinto"
Joseph Goebbels, ministro da propaganda do III Reich
1) A Globo veiculou uma peça publicitária em comemoração aos 45 anos da emp
res
a com propaganda subliminar do slogan do candidato tucano José Serra, "O Brasil pode mais". No texto lido por atores e jornalistas globais repete-se a palavra "mais": "Todos queremos mais. Educação, saúde, e, claro, amor e paz. Brasil? Muito mais. É a sua escolha que nos satisfaz. É por você que a gente sempre faz mais". E, para terminar, aparece o logo da Globo com um
45 (referência ao aniversário) num tipo similar ao
45 dos tucanos. Desmascarada por blogs, a Globo retirou a peça do ar "para não ser acusada de tendenciosa" e disse que a peça foi feita em novembro passado, "quando não existiam nem candidaturas muito menos slogans". Mas o próprio site da Globo mostra artistas gravando os textos da peça no Projac em abril.
um vídeo interessante faz as conexões:
2) A Veja tentou transformar José Serra em Barack Obama, inclusive "se inspirando" numa capa da Time - a prática de clonar textos e fotos de revistas americanas, verdadeira praga que assola as semanais brasileiras, foi inventada pela revista dos Civita nos anos 80
3) O diretor do Datafolha, Mauro Paulino, afirmou ao site Terra Magazine que, de fato, a pesquisa feita no final de março em que Serra aparece com nove pontos percentuais à frente de Dilma, logo depois de se lançar candidato, tinha um peso desproporcional de eleitores paulistas, porque se tratava de uma pesquisa só sobre intenção de votos para o governo São Paulo. Estranhamente, nenhuma pesquisa sobre eleições paulistas foi publicada. A admissão de Paulino só veio depois de ter sido revelado que, ao contrário do que o Datafolha informou ao TSE, o instituto não fez a seleção de amostras com base no IBGE (censo 2000 e estimativas 2009), dando muito mais peso à região Sudeste, principalmente São Paulo, reduto serrista. E o TSE, que autorizou o PSDB a ter acesso à pesquisa do Sensus que dava Serra e Dilma empatados, será que vai se manifestar?
leia a entrevista de Paulino:
4) O "erramos" da Folha de 11 de abril:
"BRASIL 11.abr. (PÁG. A7): Em parte dos exemplares, foi publicado erroneamente que a pré-candidata do PT à Presidência disse, em evento em São Bernardo no último sábado: 'Eu não fugi da luta e não deixei o Brasil'. A declaração correta, publicada na maior parte dos exemplares, é: “Eu nunca fugi da luta ou me submeti. E, sobretudo, nunca abandonei o barco”.
Isso depois de o jornalão da Barão de Limeira ter repercutido amplamente, por três dias, a declaração falseada, "publicada em parte dos exemplares", inclusive com vários depoimentos de ex-exilados que ficaram possessos com a suposta bravata da candidata. A retratação veio neste erramos minúsculo, para poucos lerem.
Primeiro, teve a matéria da Folha sobre a "terrorista" Dilma Rousseff baseada numa ficha falsa dos órgãos de repressão. Agora, essa manipulação grosseira. Qual será a próxima cartada?
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