
Ironicamente, o território belga foi palco de grandes batalhas em que a Europa se dilacerou, desde Waterloo, onde Napoleão foi definitivamente derrotado em 1815, até Ypres, Passchendaele (Primeira Guerra Mundial) e Ardennas (Segunda).
A Bélgica se equilibrava sobre um pacto federativo que se imaginava duradouro, mas que agora, com a vitória do partido separatista N-VA, do flamengo Bart de Wever, pode chegar ao fim. E pior, se a Bélgica se "evaporar", mesmo pacificamente como defende De Wever, haverá reflexos graves na União Europeia. Afinal, a Bélgica foi pioneira, ao lado da França e Alemanha, do Plano Schumann-Jean Monnet, que há 60 anos criou as bases da unidade europeia como forma de ultrapassar os traumas das duas guerras mundiais. Como levar adiante essa ideia se, à grave crise econômica que ora assola a comunidade, se juntar a ameaça de um de seus membros-fundadores de implodir?
Não é por aca


A realidade acaba se impondo sobre as abstrações históricas, como sabiam Churchill, De Gaulle e Stálin, mais do que Roosevelt. E se tudo o que é sólido se desmancha no ar, imagine o que não é...
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