Trata-se de um blog despretensioso de um jornalista dublê de sociólogo que deixou as grandes redações depois de ter acumulado décadas de experiência e, em função disso, acredita que tenha algo a transmitir a eventuais leitores... além de, claro, cumprir o dever de ofício de ajudar a "desafinar o coro dos contentes", como dizia Torquato Neto, e de "consolar os aflitos e afligir os consolados", como pregava Joseph Pulitzer.
"Quando o presidente Franklin Roosevelt, frente à "Grande Depressão" dos anos 30, proclamou o seu empenho em fazer respeitar os new human rights, enunciou "direitos" que eram incompatíveis com o liberalismo clássico, fundado na livre disposição da propriedade: direito ao pleno emprego, direito a um salário constante, direito de os produtores venderem quantidades estáveis a um preço estável... Entre estes new human rights, que nenhum Estado responsável pode ignorar, e as liberdades dos liberais, é preciso escolher. Ninguém pode ser favorável à Previdência Social e ao salário-desemprego e, ao mesmo tempo, continuar professando um ideal minimalista de Estado" [...] "Citando Leo Strauss: 'Para Hobbes, o erro fundamental da filosofia política tradicional foi haver postulado que o homem é um animal político e social... Rejeitando tal postulado, Hobbes admite que o homem é, naturalmente, um animal apolítico, e até mesmo a-social...' Devemos partir deste ponto, se quisermos compreender por que o poder político não pode ser mera instância de gestão e organização, mas sim o detentor permanente de uma força absoluta, sem a qual sequer seria possível falar em 'societas'" Gerard Lebrun,O que é o poder
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