



Os marinheiros brasileiros tomaram os encouraçados Minas Gerais, São Paulo, Deodoro e o cruzador Bahia - os navios mais poderosos da esquadra -, que estavam estacionados na baía da Guanabara, e ameaçaram bombardear a cidade. Houve algumas escaramuças, mas o governo do marechal Hermes da Fonseca, tomado de surpresa, aceitou as reivindicações dos revoltosos: fim dos castigos físicos e anistia aos revoltosos. Depois que os marinheiros entregaram as embarcações, o governo prendeu quatro deles sob acusação de conspiração. Eclodiu então outra revolta, desta vez dos fuzileiros navais, na Ilha das Cobras. Eles foram bombardeados impiedosamente, mesmo depois de terem se rendido. Morreram 500 dos 600 amotinados. João Cândido, que não apoiara a segunda revolta, foi expulso da Marinha e, posteriormente, internado num asilo psiquiátrico. Só seria absolvido em 1912, mas ele jamais foi reintegrado à Força.
Sua memória começou a ser resgatada somente nos anos 70, quando João Bosco

http://www.youtube.com/watch?v=n6-i_XQsxCE - mas, por exigência da censura, os compositores tiveram que substituir "almirante negro" por "navegante negro". Em 2007, foi inagurada uma estátua de João Cândido no Museu da República (antigo palácio do Catete). Mas até hoje a Marinha torce o nariz para o episódio - como os turcos fazem em relação ao genocídio dos armênios. A anistia aos revoltosos só veio em 2008; agora, o presidente Lula batizou como "João Cândido" o primeiro navio fabricado num estaleiro nacional desde 1997.
Fico impressionada como a violência acontece. Punição dessa forma absurdo. Mas ainda acho um absurdo certos treinamento que sinceramente ao meu ver só formam pessoas neuróticas e isso acontece geralmente com jovens quando entram para as forças armadas.
ResponderExcluirÉ isso. Você já assistiu "Nascido para Matar", do Kubrick?
ResponderExcluirOlá, Claudio, depois de ler o teu texto não valeira a pena eu tentar reescrevê-lo por isso peço autorização para postá-lo em meu blog.
ResponderExcluirAbraços