Mailson e Míriam Leitão: porta-vozes do fim do mundo |
Quem ainda aguenta ler ou ouvir os comentários econômicos da Miriam Leitão, do Carlos Alberto Sardenberg e do Mailson da Nóbrega (a maior empulhação nacional, que arrota “sabedoria” mercadológica, mas, quando foi ministro da Economia do Sarney – imposto pelo Roberto Marinho – deixou o país com 85% de inflação), entre outros? Inconformados, eles sempre entoam a mesmo discurso catastrofista contra o governo, claramente porque este deixou de seguir a cartilha ortodoxa e os ditames da banca. Seriam eles porta-vozes da “mão invisível” dos mercados? Ou dos senhores de Wall Street? Ou talvez meros pretendentes a Bourbons dos trópicos, já que eles não perdoam, não aprendem e também não se enxergam?
O Brasil resiste
Paulo Moreira Leite, em seu blog
Passamos os últimos dias ouvindo
advertências em tom sisudo sobre a economia brasileira. Comentei ontem que não
faltam consultores ligados à oposição que enxergam uma catástrofe do tamanho de
seus interesses e não da realidade. Erraram de novo.
Os dados divulgados pelo IBGE mostram
que o desemprego em abril ficou em 6%, uma taxa um pouco menor do que março e
uma das menores da história.
Já a renda média do trabalhador sofreu
uma contração de 0,4% em um mês, mas chegou a um patamar 6,2% superior ao de
abril de 2011.
Estes dados mostram um país que
resiste e não quer entrar em
recessão. São números que devem ser levados em conta pelo
governo, pela oposição e pela população em geral.
Embora num ritmo menor, o crescimento
continua. Se há um consenso de que no início de 2011 o governo exagerou nas
medidas macro prudenciais de combate à inflação e esfriou a economia sem
necessidade, os números do IBGE mostram uma recuperação.
Nesse ambiente, as medidas de estímulo
que vem sido anunciadas nos últimos dias têm chances de funcionar, para
decepção dos comentaristas que se tornaram especialistas em ironizar os 4,5% de
crescimento anunciados por Guido Mantega no início do ano.
Parece cada vez mais difícil que o
país consiga crescer 4,5% em 2012. Mas a insistência dos adversários do governo
em apresentar qualquer número abaixo deste como uma derrota tem outra finalidade.
O objetivo é pressionar o governo para
afastar-se dos compromissos que garantiram a aprovação popular de Lula e Dilma:
crescimento e melhora na renda.
Em relação aos salários, nas seis
maiores regiões metropolitanas a alta foi de 8%. O vencimento de empregadas
domésticas subiu 11%, os chamados “outros serviços” cresceu 10% e no comércio a
alta foi de 9%.
Quem acompanha o debate entre
empresários, economistas e analistas em geral, já ouviu o argumento de que a
situação chegou a um limite e que não é possível manter a mesma política. Acham
que cederam demais. Já falam em mudar a legislação trabalhista sem oferecer
contrapartidas aceitáveis para os assalariados.
Podemos aguardar pela nova fase do
debate. Com sua popularidade recorde, Dilma será acusada de não tomar medidas
impopulares para não perder apoio.
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