O Super Tucano A-29, da Embraer |
Como lembrou o deputado Brizola Neto em seu blog, é o bom e velho protecionismo em ação. “A Embraer cumpriu todas as regras: associou-se a uma empresa americana, ia produzir lá 80% da aeronave – aqui, nossas exigências de conteúdo nacional raramente superam os 65% - e não havia questões de tecnologia a transferir”, diz Brizola.
“Ao contrário, aliás, o fato de o avião da Embraer contar com sistema inercial de voo, computador de bordo, motor, hélice, e outros sistemas de origem norte-americana foi a razão para aquele país impedir-nos de vendê-lo à Venezuela. Mas na hora de ceder à pressão do lobby da Beechcraft e da Lockheed, aí os aviões não são ‘suficientemente americanos’”.
O F-18 Super Hornet: os gringos vão transfeir tecnologia? |
Será interessante acompanhar agora que atitude tomará o governo brasileiro em relação ao programa FX-2, de compra de 36 caças multiuso para a FAB, cuja decisão deve sair ainda neste semestre, depois de 15 anos de proteções e adiamentos. Estão na disputa o francês Rafale, o americano F-18 Super Hornet e o sueco-britânico Gripen. Inicialmente, os EUA estavam fora, mas pressionaram – dizem que até ameaçando canabalizar a Embraer, vendendo as ações que eles têm – e acabaram entrando, com a exclusão dos russos e de seu Sukhoi. O “x” da questão é a transferência de tecnologia. Até o reino mineral sabe que os americanos nunca transferiram tecnologia militar a ninguém – chegaram a vender caças F-16 para o Chile sem os mísseis ar-ar. Mas agora, de olho no mercado brasileiro, juram que o farão.
É ver para crer...
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