Albert Camus (1913-1960) |
“O sentimento do absurdo,
quando dele se pretende, em primeiro lugar, tirar uma regra de ação, torna o
homicídio pelo menos indiferente e, por consequência, possível. Se não se
acredita em nada, se nada possui um sentido e se não podemos afirmar nenhum
valor, tudo se torna possível e tudo carece de importância. O pró e o contra
deixam de existir e o assassino não tem nem deixa de ter razão.”
(Camus, O Homem Revoltado, 1951)
“O absurdo só morre quando
dele nos afastamos. Uma das únicas posições filosóficas coerentes é, dessa
forma, a revolta. Ela é um confronto perpétuo do homem e de sua própria
obscuridade. É a exigência de uma possível transparência. E, a cada segundo, questiona
o mundo de novo. Assim como o perigo oferece ao homem possibilidades insubstituíveis
de tomada de consciência, assim a revolta metafísica dilata a consciência ao
longo da experiência. Ela é a presença constante do homem a si próprio. Essa
revolta não passa da certeza de um destino esmagador, mas sem a resignação que
deveria acompanhá-la” (Camus, O Mito de Sísifo,
1942)
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