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segunda-feira, 5 de março de 2012

TITÃS E PIGMEUS



O general Giraud, FDR, De Gaulle e Churchill: titãs 
George W. Bush, Silvio Berlusconi, Nicolas Sarkozy, David Cameron (ou Tony Blair, tanto faz), Angela Merkel, Hu Jintao e... quem mesmo é o premiê do Japão? Quem conhece um mínimo da história política mundial fica estarrecido ao comparar o nível dessa turma de pigmeus à estatura titânica de alguns de seus antecessores no século XX (Franklin Roosevelt, Winston Churchill, Charles De Gaulle, Konrad Adenauer, Willy Brandt, Alcide de Gasperi ou mesmo Deng Xiaoping, por exemplo). Como lembrou o Paulo Moreira Leite em seu blog, “as verdadeiras rédeas do mundo atual estão sendo retiradas do poder de Estado – que, bem ou mal, é submetido a controles democráticos – para se alojar nas grandes corporações privadas.” Essas grandes corporações romperam o monopólio da violência que, dizia Weber, deveria ser exercido pelo Estado; elas criaram empresas privadas de segurança e até serviços de espionagem que, sem os limites legais a que até a CIA está submetida, podem ser mais eficientes e muito mais perigosos. Essas empresas estão infiltradas nas Forças Armadas do mundo inteiro; fazem guerras terceirizadas e também podem quebrar o sigilo bancário e fiscal de quem lhes interessa.


Como já foi observado por muitos analistas, esta é uma diferença fundamental em relação às crises anteriores que ocorreram no mundo desenvolvido. Atualmente, as grandes corporações e as instituições financeiras cresceram demais e tornaram-se soberanas, colocando-se acima da lei e dos Estados nacionais. Hoje, a grande burguesia globalizada simplesmente não precisa de líderes de verdade, que conduzam os destinos do Estado tendo em vista a “conciliação” de interesses. A época do Leviatã, em que o Estado era um “compromisso” entre as classes sociais em luta, deu lugar ao mundo de todos contra todos, com os mais fortes no comando. Por isso, não lhes interessa mais estadistas, mas meros serviçais do capital. 

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