Lembrai-vos de Dimitrov
Se Dilma optasse por fazer sua defesa no Senado, poderia tentar repetir a performance de seu conterrâneo George Dimitrov - o político dos anos 1930 e 1940, não o tenista atual. Acusado pelo Tribunal de Leipzig de ser o autor intelectual do incêndio no Reichstag em 1933, Dimitrov inverteu os papéis transformando-se de acusado em acusador e colocando seus algozes - inclusive o poderoso Hermann Goering - na defensiva. Mostrou que por trás do autor do atentado - Marinus Van der Lubbe - estavam os nazistas, que usaram o incêndio como pretexto para acabar com o que restava da democracia de Weimar. "Estou convencido de que Van der Lubbe não foi o Fausto que provocou o incêndio. Atrás dele se esconde, sem dúvida, algum Mefistófeles. O pobre Fausto se encontra agora no banco dos réus, mas o Mefistófeles desapareceu”, disse Dimitrov. Acabou absolvido, pois o nazismo ainda engatinhava. Ninguém espera que Dilma seja absolvida, mas se ela quiser denunciar o golpe, deveria aproveitar a oportunidade.
Se Dilma optasse por fazer sua defesa no Senado, poderia tentar repetir a performance de seu conterrâneo George Dimitrov - o político dos anos 1930 e 1940, não o tenista atual. Acusado pelo Tribunal de Leipzig de ser o autor intelectual do incêndio no Reichstag em 1933, Dimitrov inverteu os papéis transformando-se de acusado em acusador e colocando seus algozes - inclusive o poderoso Hermann Goering - na defensiva. Mostrou que por trás do autor do atentado - Marinus Van der Lubbe - estavam os nazistas, que usaram o incêndio como pretexto para acabar com o que restava da democracia de Weimar. "Estou convencido de que Van der Lubbe não foi o Fausto que provocou o incêndio. Atrás dele se esconde, sem dúvida, algum Mefistófeles. O pobre Fausto se encontra agora no banco dos réus, mas o Mefistófeles desapareceu”, disse Dimitrov. Acabou absolvido, pois o nazismo ainda engatinhava. Ninguém espera que Dilma seja absolvida, mas se ela quiser denunciar o golpe, deveria aproveitar a oportunidade.